Segundo o Jornal de Notícias, o Parlamento aprovou hoje o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Pelos vistos, e ainda segundo o jornal, a começar pelo primeiro-ministro, José Sócrates, que afirmou que é um momento histórico para a Assembleia da República no combate à discriminação e injustiça, e muitas pessoas presentes nas galerias do hemiciclo se abraçaram após a aprovação do projecto do governo.
Não se sabe ainda se a lei vai ser promulgada pelo Presidente da República. Perante as dúvidas de constitucionalidade levantadas por alguns eminentes constitucionalistas sobre a adopção, é de prever que o Chefe de Estado remeta o diploma para o Tribunal Constitucional (TC). Se assim não acontecer, no mínimo, penso, e apesar da alteração de proposta, irá vetá-lo com base no espírito do artigo 1577º do Código Civil, pela Assembleia da República, que diz o seguinte: “O casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma comunhão de vida”.
São demasiados clamores, tanto dos partidos de esquerda como da direita, para Cavaco Silva deixar passar a lei, assim sem mais nem menos. Para possível reeleição, o presidente não se pode dar ao luxo de afrontar nenhuma das convicções, portanto, o mais provável é mesmo remeter a lei para o TC, porque assim fica desonerado de alinhar quer com uns, quer com outros.
Por outro lado, Cavaco sabe que, quer se queira quer não, institucionalmente, representa uma parte da sociedade portuguesa mais conservadora. Foi esta facção que o ajudou a eleger. Ora, por conseguinte, tendo em conta todas estas premissas, o Chefe de Estado não vai passar um cheque em branco ao governo.
É uma opinião...que nada vale, evidentemente.
Mas, uma coisa é certa, ainda é cedo para deitar os foguetes…
2 comentários:
Os meus não preconceitos
A nossa sociedade está cada vez mais multifacetada, devido à interacção com outras culturas. Surgem novas maneiras de pensar, de agir, de vestir. Inicialmente e em todas as épocas, manifesta-se nos indivíduos uma certa relutância em conhecer novas realidades.
Todas as pessoas têm tendência de seguir um determinado estilo de vida, e isto é evidente tanto no aspecto, como nos seus ideais e tento compreender e encarar com uma atitude mais aberta e natural.
Muitos dos preconceitos que existem na nossa sociedade, é devido ao facto de não aceitarem muito bem um estilo de vida diferente, como no caso das pessoas com orientações sexuais diferentes. Nada me afecta ver dois indivíduos do mesmo sexo a passear de mão dada ou a beijarem-se. Nada tenho a favor ou contra, pois considero que cada um é que sabe quem ama, independentemente do sexo. Considero que estar a esconder e a reprimir os sentimentos de amor é muito penoso. Até concordo com o casamento de homossexuais, pois não deixam de ser um "casal" e devem ser respeitados tal e qual como os outros. É complexo referir medidas que façam atenuar os preconceitos, mas nada que o tempo não resolva.
Jorge Neves
jmfncriativo@gmail.com
O Jornal de Notícias dá conta da aprovação "daquela coisa", entre homosexuais.
A generalidade dos comentários reprovam tal atitude da AR, neste jornal como noutros, Público, etc..
Há comentários engraçados, a aprovação desta lei, não irá alterar o comportamento dos portugueses, eu direi que a lei está muito à frente da mentalidade da população, os homosexuais irão recatar-se para evitarem o gozo, a chacota,a marginalização. A sociedade não perdoa, a AR não pode decretar a revolução das mentalidades.
Há também outra questão, a duma certa esquerda ter a mania que a liberdade é fazer e aceitar tudo, pobre esquerda...os valores morais, são fundamentais na construção duma sociedade mais justa, mais fraterna.
Em tudo, Portugal está mal classificado, neste particular, vamos no pelotão da frente...somos o máximo.
L. Pereira
Enviar um comentário