quinta-feira, 30 de junho de 2011

UMA RESPOSTA DA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA



 Sobre o texto com o título "Incêndio nas fangas", recebi da Câmara Municipal de Coimbra a seguinte informação:

Exmo. Sr. Luís Fernandes:

Agradecemos desde já o seu contacto.
No dia útil seguinte à ocorrência do incêndio foi feito um teste às bocas-de-incêndio na presença do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, do Sr. Comandante dos Bombeiros Sapadores e do representante das Águas de Coimbra, E.M., e todas elas tinham água e pressão suficientes.
Eventualmente, pela intensidade das chamas, causada pelo facto dos edifícios terem grande carga térmica (normalmente nos sótãos), terá havido alguma precipitação.
No centro histórico há bocas de incêndio tal como é previsto na legislação em vigor e estão em funcionamento, exceptuando os carreteis que se encontram nas zonas com acesso por escadaria em que as mangueiras são constantemente vandalizadas.
Com os melhores cumprimentos.
Liliana Azevedo

AHBVC: CONTRA O OSTRACISMO MARCHAR, MARCHAR




 Cerca das 11h00 da manhã, na sede da Avenida Fernão de Magalhães, o presidente da direcção dos Bombeiros Voluntários de Coimbra, João Silva, para além da assinatura de um protocolo de colaboração com a empresa Alves Bandeira, apresentou também a “Newsletter” O, ou seja, o embrião de muitas outras que se lhe irão seguir, e o “Guia de Benefícios a Sócios 2011”.
Perante vários jornalistas e amigos –como é o meu caso e de Armindo Gaspar, presidente da APBC, Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, e também presente- João Silva explanou um pouco o que pretende fazer para o futuro e em prol daquele corpo de voluntários. “Estamos a desenvolver um grande esforço para ultrapassar as nossas dificuldades, que são muitas, tendo em conta as instalações envelhecidas e que todos conhecem. Estamos a tentar que as pessoas venham até nós, ganhem gosto pelos bombeiros. Precisamos do apoio de todos e, sobretudo, do comércio tradicional.”
A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coimbra tem mais de 8 mil sócios. Para apoiar todo o seu Centro Histórico, foi lema desta nova direcção manter o seu quartel nesta zona da cidade. A Baixa é irmã dos Bombeiros e estes pertencem a esta zona histórica. É aqui que devem estar. Por isto mesmo, em reconhecimento, é obrigação de quem aqui trabalha e mora colaborar com esta associação fundada em 07 de Abril de 1889.

O QUE É ISSO DE “NEWSLETTER”?

Segundo João Silva, “hoje que estamos a apresentar a “Newsletter” número zero, gostaria de dizer que se trata de uma pequena folha A4 com informação muito simples para levar ao conhecimento de todos os sócios e cidadãos de Coimbra tudo o que aqui se faz. Não é fácil ser Bombeiro Voluntário nestas condições. As pessoas têm de saber que temos, por exemplo, um Fiat de 1918. Teremos muito gosto que venham visitá-lo e tragam as crianças. Estamos a pensar numa pequena comparticipação pecuniária para estas visitas, mas nada de doloroso. Será sempre uma forma de todos ajudarmos nas nossas dificuldades. Temos tanto para fazer! Temos a fanfarra, mas falta muita coisa. Felizmente, estamos a ter pequenas ajudas. Com estes gestos altruístas, estamos a tentar que melhore. Já no próximo sábado iremos colaborar com a Junta de freguesia de São Bartolomeu, e, sempre que possível, iremos procurar que se façam muitos espectáculos nas ruas da Baixa.”

GUIA DE BENEFÍCIOS A SÓCIOS... QUÊ?

Segundo a introdução no guia, é uma listagem de “múltiplos acordos de cooperação, com estabelecimentos comerciais e empresas, para o fornecimento de bens e serviços em condições mais favoráveis, tendo presente que os sócios dos Bombeiros Voluntários de Coimbra podem recorrer directamente aos seus serviços, concretamente para transporte em ambulância e fornecimento de água por autotanque, em condições especiais.”
O desconto nos artigos a adquirir é variável, mas está impresso no guia. São 74 empresas que aderiram a esta iniciativa. Deste total, 34 estabelecimentos são da Baixa e foram indicados pela APBC.
Remata João Silva, a propósito da apresentação deste guia: “estamos todos muito agradecidos a todos os empresários que contribuíram para concretizar esta ideia, também um agradecimento à APBC, aqui na pessoa do senhor Armindo Gaspar.”

E O QUE DISSE ARMINDO GASPAR?

“Em tempos lancei o repto ao Dr. João Silva para que os estabelecimentos aderissem como associados aos bombeiros. Era bom que os comerciantes, todos, se envolvessem na ajuda a esta iniciativa cívica.
O comércio está atravessar uma fase muito má. Muitos de nós não iremos resistir. Talvez por isso compreenda bem as dificuldades que este corpo de voluntários sente.
Vou propor, em reunião de direcção, que a agência se faça associada dos bombeiros. Faz todo sentido, até porque no último Natal os Bombeiros Voluntários colaboraram connosco, ao disponibilizarem gratuitamente uma viatura para animar o comércio. É nossa obrigação fazer o melhor por esta obra fantástica.”

O VÍDEO DO DIA...

O NÚMERO ZERO DA NOVA "NEWSLETTER" DOS BOMBEIROS



Caros sócios e amigos,

 Apresentámos esta manhã o número 0 da nossa "newsletter", que se anexa.
Esperamos que seja um contributo positivo para melhorar e incentivar a inter-relação desta Associação com os seus sócios e amigos.
Agradecemos sugestões, críticas e comentários à forma e ao conteúdo.
Pedimos a máxima divulgação.

A todos, muito obrigado,

João Silva
Presidente da Direcção

E SE EM COIMBRA FOSSE ASSIM?

A CÂMARA RESPONDE




 Sobre a comunicação à autarquia sobre o "CRISTO NEGRO DA MARACHA" recebi a seguinte informação:




Exm.º Senhor(a)

Acusamos a recepção da sugestão que deu entrada nesta Câmara Municipal no dia 27/06/2011, que mereceu a nossa melhor atenção e informamos que a mesma foi encaminhada para análise para A DIVISÃO DE ACÇÃO SOCIAL E FAMILIA, uma vez se trata da Unidade Orgânica desta Autarquia com competência nessa matéria.
Mais informamos que encetaremos todas as diligências no sentido de lhe proporcionarmos uma resposta, o mais brevemente possível.
Com os melhores cumprimentos,
A Chefe de Divisão Administrativa e de Atendimento,
Ana Malho

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)





Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "CLEMENTE ACUSA A CÂMARA DE PLÁGIO": 


 É a 1ª vez que o executivo da Junta de Freguesia São Bartolomeu, na voz do presidente Carlos Clemente e talvez o maior conhecedor da realidade da Baixa de Coimbra, divulga um evento através de uma conferência de imprensa com os órgãos de comunicação social. E claro, eu aqui no meu blogue e o amigo Luís Quintans no Blogue Questões Nacionais.
O dito evento organizado pela Junta de Freguesia, que tem como titulo “Feira de Artesanato e Sabores Tradicionais”, não registou a patente, mas não é necessário, toda a gente sabe que na Baixa feiras de artesanato e sabores tradicionais e culturais são de São Bartolomeu e organizados pela Junta de Freguesia. Este ano vai ser repartido pelo dia 2 e 3 de Julho e realiza-se em novos moldes de forma a trazer mais pessoas à Baixa da cidade e melhorar a oferta do evento.
A parte da gastronomia fica assegurada por 6 Grupos Folclóricos que trazem ao Centro Histórico o sabor das suas localidades, e vão estar presentes cerca de 20 artesãos. 
Esta pequena introdução desta festividade tem o objectivo de alertar os mais desatentos sobre o enorme esforço humano e financeiro que a Junta despendeu na organização. É inadmissível, e de mau gosto, que a Câmara Municipal de Coimbra resolvesse duplicar e plagiar -palavras do presidente Clemente- a feira organizada pela Junta e com conhecimento, autorização e deliberação da mesma e 4 de Abril e vá realizar um evento paralelo a poucos metros da Praça do Comércio. Acontecimento festivo que inicialmente era para ser um encontro de Confrarias e afinal é uma amostra cultural, de sabores e artesanato, conforme pude verificar no programa que estava disponível em papel para quem quisesse poder confirmar.
O presidente da Junta afirmou que a Câmara Municipal de Coimbra seria a “responsável” por qualquer insucesso que venha a ocorrer na Feira da Junta de Freguesia São Bartolomeu, “que chegou a hora de dizer basta e que o executivo da Junta estava indignado e que ninguém o ia silenciar.”
O presidente da Junta lançou um alerta a Coimbra, “que assim não voltam a contar com a Junta de Freguesia para realizar eventos na Baixa da cidade e que o arrastar destas situações se deve à falta de diálogo e cooperação da Câmara Municipal”. Ressalvou ainda que nada tem contra o evento que a Câmara Municipal vai organizar em simultâneo, mas sim pela duplicação da acção, e que já se encontra arrependido de ter organizado esta feira, porque envolveu muito investimento para se fazer mais e melhor e recebeu como resposta este tipo de atitude por parte da autarquia. 



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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "CLEMENTE ACUSA A CÂMARA DE PLÁGIO": 


 Esta gente da Câmara ao autorizar o evento no Parque da Cidade,desrespeitou a deliberação de 4 de Abril, conforme declarações do Presidente da Junta. Afinal em vez de apoiarem e acarinharem as Juntas de Freguesia que promovem estes e outros eventos, procedem exactamente ao contrário.
A meu ver, a Câmara não deveria autorizar a realização de outro evento semelhante, tendo em conta que a Junta de Freguesia de São Bartolomeu, já tinha o seu programado e aprovado.
Afinal para que servem as deliberações do Executivo da Câmara?
A meu ver nesta matéria, não servem de nada.
O Presidente da Junta, tem toda a razão e fez muito bem em denunciar estas atitudes que evidenciam desorganização da Câmara.
Estou certo que o Executivo da Junta, irá repensar a sua decisão. Se deixarem de efectuar eventos na Baixa, sai prejudicada a Baixa de Coimbra.
Acontecer, sinceramente lamento.
Carlos Clemente, terá que ter em boa conta que a Baixa necessita dos eventos da Junta de Freguesia e por isso, deverá e ser exigente e denunciar estas ingratidões.
Irei participar no vosso evento.
Parabéns pela coragem e força, porque o vosso trabalho será recompensado.
Manuel Alexandre



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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 


 Afinal o presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu tem mesmo razão.
Comigo seria bem pior.
E porquê?
Porque ao ler hoje um cartaz do outro evento verifiquei que um dos promotores é exactamente a Câmara Municipal de Coimbra.
Meus senhores, tenham de facto respeito por esta ou outra qualquer junta de freguesia. Francamente, conhecendo o Sr. Presidente da Câmara, me parece que algo vai errado e, por isso, terá que meter mão nesta gente.
Isto é uma vergonha!
Volto a escrever " espero que a junta de freguesia, não deixe de efectuar animação na Baixa de Coimbra". Porque se o fizer, meus senhores perdemos todos.
A Baixa precisa desta gente. Por isso, vamos convencer o Carlos Clemente a repensar. Creio que as suas declarações foram num acto de revolta e com muita razão.
A Câmara Municipal de Coimbra, na pessoa do seu Presidente, deveria chamar a junta e atenuar a situação para bem da Baixa e de Coimbra.
Esta é a minha simples opinião.
Manuel Alexandre 

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)



Vitor Borges deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 De maneira alguma se pode sentir felicidade com a morte de alguém, mas, neste momento, posso afirmar que sinto alguma alegria pelo facto de ter sido eu a encontrar o corpo do Luís, no domingo de manhã, e assim, contribuir para que pudesse ter um funeral com a decência que merecia.
Descansa em paz e até sempre. 


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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 Cruzei-me com ele poucas vezes e nunca em nenhuma das situações me faltou ao respeito ou me tratou mal. Pessoas como ele só tratam mal quem os trata mal primeiro, como a maioria das pessoas. Era a sua defesa. Na única vez que ele falou comigo eu dei-lhe o meu cigarro de boa vontade e ele só me disse: "Obrigado. Tu és prima, Coimbra não é prima, Coimbra não dá nada, eu vou para a Lua..." 

CARTA ABERTA AO DIRECTOR DO JORNAL DA MEALHADA







Bom dia, meu caro director.

 Como sabe, durante um tempo, escrevi para o Jornal da Mealhada (JM)… como colaborador. Confesso que não sei muito bem o quer dizer “colaborador”. Em princípio, pelo étimo, deve querer dizer “aquele que colabora”, “que participa”, “pessoa que escreve para um jornal ou revista sem pertencer ao quadro da empresa”.
Ora a ser assim, a meu ver, colaborar implica um respeito mútuo, uma reciprocidade na acção: “eu escrevo, tu director da publicação respeitas o meu trabalho”. Mais ainda, em reforço, quando este acto de participação é “pro bono”, gratuito. Isto é, sem qualquer contrapartida.
Acontece, meu caro, que, como disse em cima, durante uns tempos –dois anos?- fui enviando regularmente uns textos para o JM sob o mote “Histórias da minha aldeia”. O último texto saído à estampa foi há cerca de dois meses. Ou melhor, metade da minha história, porque o senhor anunciava no cabeçalho “primeira parte”. Acontece que a segunda metade nunca mais viu a luz. O que é que aconteceu? Interrogo eu. Não sei. Porém, no meu entender, digo que em nome do tal princípio de reciprocidade o meu caro tinha duas obrigações: uma para com os seus leitores –porque deixou a história a meio- e outra para comigo, que, sem passar cartão à tropa, como quem diz ao “militar”, pura e simplesmente, nem publicou nem exarou um pio.
Acontece também que o meu caro, há cerca de um ano, comprometeu-se comigo em fazer um trabalho sobre o estado físico da ponte de Várzeas –depois de um habitante daquela localidade vir ter comigo a Coimbra, de propósito, para que escrevesse sobre este assunto. Debalde. Até hoje o meu caro director esteve a marimbar-se para o assunto, e mesmo depois de eu, há tempos, aí me deslocar à sede do jornal para lembrar o assunto –porque estou em falta com o cidadão da pequena aldeia ao lado do Luso.
Certamente o meu caro director deve estar a pensar que estou muito aborrecido com o seu acto menos nobre, e no qual, pelo cargo que ocupa, está obrigado. Não, não estou, e sabe porquê? Porque já estou habituado a comportamentos iguais aos seus por parte de directores de jornais. Já ando há muitos anos nestas lides jornalísticas. E saberá o meu caro porque é que procedem assim? A meu ver, muito simplesmente porque não pagam essa dita colaboração e então, talvez inconscientemente, desvalorizam a obra. Faz lembrar aquele médico de aldeia “João semana”, que sendo tão boa pessoa, não levava nada aos seus pacientes pobres. Então, perante um resultado menos bom em função de uma consulta, o doente desventurado salta em direcção à cidade em busca de um clínico melhor. Ali, por uma opinião rápida, pagou uma fortuna. Quando saiu a porta do consultório, atirou à sua Maria: “isto é que é um médico a sério. Pagamos, mas somos bem tratados… até já me sinto melhor!”
Bom, meu caro director, tinha de lhe enviar o meu desabafo, porque, apesar da minha insignificância, tenho um orgulho do camano, e não gosto de encher com desaforo, ainda por cima de alguém que está em falta comigo e deveria dar uma explicação.
Naturalmente também já percebeu que a minha colaboração acabou… pelo menos nos mesmos moldes. A partir de agora, em analogia, passe a considerar-me um “médico” de cidade.
Muito obrigado e até á próxima, se Deus Nosso Senhor quiser.



RESPOSTA DO DIRECTOR DO JM



Exmo. Sr. Luís Fernandes



 Depois de consultar os seus artigos, percebi que, impossibilidade de publicar num jornal como o nosso o seu texto "O Onzeiro", de quatro páginas, o tínhamos dividido em partes e que só publicámos a primeira. O texto (o documento) foi classificado como publicado e nunca mais me lembrei dele. Sempre pensei que se houvesse uma falha desse tipo o senhor nos avisaria. Não avisou. A falha foi nossa. Peço desculpa.

Quanto ao caso da Ponte de Várzeas, o senhor deu-nos uma sugestão, e nós ouvimos a sugestão. Uma semana antes de nos ter falado no assunto tinhamos feito uma publicação sobre isso. Entendemos na altura que não fazia sentido publicar logo a seguir um texto sobre o assunto provavelmente a dizer a mesma coisa. O senhor de Várzeas dirigiu-se a si e o senhor Luis Fernandes ouvi-o. Não poderia ter-se comprometido, como certamente não se comprometeu. Se o senhor tivesse vindo à redacção teria tido exactamente a mesma resposta.
Passado algum tempo o senhor Luis Fernandes ligou para o jornal a perguntar pelo assunto e sugeriu ser o senhor a escrever o texto. Na altura - pelo menos tenho assim no meu apontamento sobre o assunto - dissemos-lhe que o escrevesse que nós publicá-lo-iamos. O texto nunca cá chegou e por isso não foi publicado. 

Já no que diz respeito aos nossos colaboradores, a comparação que faz com o João Semana é sua. Eu não me comparo ao utente insatisfeito. Nunca fui atrás de ninguém para escrever para o jornal, exactamente para não poder ser obrigado a escrever tudo o que me mandam e assim que mo mandam. A falta de publicação da continuação do seu texto foi uma falha - que o senhor só desculpa se quiser. Quanto às comparações com outros diretores, também aí a comparação é sua. Eu posso dizer-lhe que respeito tanto os que colaboram no jornal pro bono como os que recebem dinheiro (os funcionários e jornalistas). A única diferença é que aos que recebem dinheiro eu exijo competência, exijo qualidade, exijo cumprimento de prazos. Agradeço a uns e a outros e tanto uns como outros estão sempre à vontade para cessar a colaboração.

Se quisere continuar a mandar-nos textos nós publicá-los-emos. Se não quiser mandar, não mande.

Agradecia que me informasse, no entanto, se faz sentido continuar a publicar as restantes partes do "Onzeiro", ou não.

Com os melhores cumprimentos,
Nuno Castela Canilho

PARA AQUELES A QUEM MANDEI UM PONTAPÉ NO CU

(IMAGEM DA WEB)




 Não preciso dizer que poucos me conhecem –isto é mesmo La Palisse. Dizer também que não risco nada cá no burgo, é chover no molhado. Sinceramente também não procuro ser conhecido. Com franqueza, acho que não preciso e até me dá um certo gozo. Para os famosos cá da minha aldeia gigante que é Coimbra, sabem bem do que escrevo. É uma vantagem uma pessoa ir a qualquer lado e ninguém olhar duas vezes para nós. Em contrapartida, talvez por este vício de escrever e de ler jornais, que me há-de acompanhar até à sepultura, memorizo um rosto com uma facilidade de máquina fotográfica. Sem exagero, creio, conheço todas as pessoas que ocupam cargos de relevância política ou administrativa –desde que a sua foto passe nos jornais.
Não é que isto interesse muito a quem lê este apontamento, mas vou contar uma coisa interessante –ou talvez não. Já escrevo para os jornais há mais de 30 anos. O primeiro texto que assinei foi logo a seguir ao 25 de Abril de 1974. Tenho uma vaga ideia que era sobre uma qualquer obra pública que custava… (vejam lá bem!)… 12 mil contos, 60 mil euros hoje. Fosse lá porque fosse, sei que aquilo me indignou. Depois, sejamos sérios, escrever para um jornal e ver o nome no fim do texto é assim uma espécie de um clímax, uma masturbação plena. É como se nós, mentalmente, estivéssemos a fazer amor com aquela artista boazona…ai… como é que ela se chama?...Bom, não me lembro e também não interessa nada para o caso. Já viram bem onde quero chegar, que quem me lê é muito mais inteligente do que eu.
Bom, continuando, então dizia eu, que ver o meu nome lá no jornal era o máximo sonhado para um humilde campónio… que gostava de escrever… mas não sabia nada da poda. Talvez uma minoria não vislumbre, mas para se escrever bem tem de se treinar todos os dias. E, mesmo assim, de vez em quando é cada calinada na gramática que parece coisa má. Pelo menos é o que se passa comigo.
Dizia eu então, que nunca andei numa Faculdade de Letras, aprendi a escrever pelo gosto e pelo que lia nos outros, que nos primórdios das minhas escrituras assinava “Luís Fernandes”, que era um nome mais comum –já que, tirando outros nomes piores, me chamam António Luís Fernandes Quintans. Hoje, cá no meu bairro, felizmente ou infelizmente, a maioria sabe quem é o “Luís Fernandes” –mas não o conhece pessoalmente- e desconhece quem é o “Luís Quintans”. É giro isto, ou não é? Quer dizer a vulgaridade –do “Fernandes”- transcendeu a originalidade do “Quintans”, que é quase uma singularidade em Portugal. Pelo menos, parece-me, há poucos.
Espero que você, leitor, ainda não tivesse adormecido. O que me levou a deslizar neste meu rio da alma, a desfazer-se em afluentes de confissão, foi que, volta e meia, passando a imodéstia, escrevo textos de reflexão sobre a cidade –quer dizer, eu penso que são, mas não devem ser não. Eu é que ganho manias como o meu Silvano -é o meu jumento. E então o que faço a seguir? É assim, como todo o tipo importante que se preze, também tenho uma página no Facebook. Sem ofensa para ninguém, como qualquer idiota que vive de ilusões, igualmente, também tenho cerca de três centenas de amigos. Estes dividem-se em cerca de pouco mais de uma dúzia que conheço bem e os restantes são amigos que parecem ser mas não são. São conhecidos, pronto! Uma pessoa olha para as suas fotos lá no mural do Facebook e faz lembrar aquele produto azul que dá tusa… (ai, como é que se chama?)… um gajo toma um comprimido daqueles e fica à espera… e desespera, porque o efeito é igual. Quer dizer, nem aquece nem endireita, não sei se me faço entender. Depois lá vem a explicação: o tal comprimido só actua em quem não tem mesmo tusa nenhuma. É só mesmo para quem está carente. Pronto, e uma pessoa fica mais aliviada.
Então os amigos do Facebook, penso eu, deve ser a mesmíssima coisa: só são para quem não tiver mesmo nada, nada, nada e estiver numa profundíssima e altíssima solidão… não sei se estarei a ser claro.
Bom, continuando lá nos meus amigos do Facebook, eu sou um gajo muito bem relacionado, aliás, como manda a sapatilha… e a tolerância democrática, porque também é importante. Tenho amigos desde o PNR, passando pelo CDS/PP, pelo PSD, Bloco e até ao PCP. Umas vezes sou eu que peço amizade, noutras lá me aparece um a querer juntar-se ao meu grupo. Quem me solicita, deve olhar para o tal comprimido azul, aliás para os meus amigos, e deve pensar: “é pá! Este é dos meus!” E lá tenho eu mais um amigo –aqui confesso a minha falta de escolha: aceito toda a gente no meu grupo. Ou seja, deixo-os entrar, mas à mínima coisa que me chateei dou-lhes um pontapé no cu.
Ainda agora fiz mais uma limpeza cá no escritório. Eu vou explicar melhor para não me tomarem assim como um qualquer Valentim Loureiro, quando o major era mais novo e aparecia lá nos bonecos: “quantos são… quantos são?”
Então é assim, dizia eu que volta e meia escrevo uns textos de reflexão sobre a cidade e como tenho muitos amigos (faz de conta, é claro!) políticos cá no lugar, o que é que eu faço? Tentando-me enganar a mim próprio, coloco os textos que escrevi lá na página destes importantes personagens para eles lerem, e, quem sabe, com o seu poder de influência, até possam ajudar a resolver, sei lá?! E então o que é que acontece?! Não querem ver que estes meus amigos do peito –ou devo chamar-lhes asnos?-, passado um bocado, quando lá vou ver, já apagaram o que lá coloquei? Então isto não é para uma pessoa calmíssima, relacionadíssima, importantíssima como eu, ficar furibunda? Claro! E então o que é faço?! Interrogou? Olhe, dou-lhes um pontapé no cu! Faço bem, não faço? E o prazer que dá? Sabem lá? É pá! É fantástico! É assim, como hei-de explicar? O mesmo que vir de propósito a Coimbra o secretário-geral da ONU para me cumprimentar e eu não o receber.
Perceberam porque é que escrevi este texto? Não fui muito chato, pois não? Também me parece que não!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

CLEMENTE ACUSA A CÂMARA DE PLÁGIO




 Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu, na sede da Avenida Fernão de Magalhães, está indignado com a Câmara Municipal de Coimbra, e com a Empresa Municipal de Turismo.
Tudo começou quando a junta de freguesia, como normalmente faz todos os anos, planeou os vários eventos para a Baixa de Coimbra e deu conhecimento à autarquia para o necessário amparo e licenciamento. Entre eles estava a “Feira de Artesanato e Sabores Tradicionais” a ocorrer na Praça do Comércio nos próximos dias 2 e 3 de Julho.
Clemente, com tempo, contratou vários grupos de animação, como por exemplo o “Grupo Associacion “El Cribero-Espanha”; a Escola de Concertinistas da Lousã; o Grupo Danças e Cantares (Pedra Rija) Portunhos; o Grupo de Cantares da Anobra; e ainda um festival de folclore.
Contactou vários artesãos –que, nesta edição, serão colocados em módulos, contrariamente a outros anos em que era dentro de uma tenda gigante- e aguardou com naturalidade a data anunciada na autarquia. A deliberação de 4 de Abril da Câmara Municipal veio homologar e ratificar o apoio e o licenciamento do acontecimento festivo a levar a efeito na freguesia.

PRIMEIRO SOPAPO SEM MÃO

 Segundo Clemente, foi ao ler o Diário de Coimbra (DC) de há cerca de uns 15 dias que constatou a notícia, com foto de Pedro Machado, líder da Turismo Centro de Portugal, e Manuela Carrito, presidente da Confraria da Chanfana, de que nos dias 2 e 3 de Julho, no Parque Manuel Braga, se iria realizar um “Encontro de Confrarias na mostra de Sabores Tradicionais”.
“É claro que fiquei furioso. Isto é um desrespeito. Fará algum sentido a autarquia estar a criar eventos nos mesmos dias, nas mesmas horas, e sobre a mesma temática na Baixa? Isto é pura inconsciência e falta de respeito por quem planeia atempadamente os seus eventos. Não estamos contra a animação que se faz na Baixa. Estamos é contra a forma atabalhoada como são apresentados, de qualquer maneira, por cima de tudo e todos e uns em cima dos outros. Assim não dá!, enfatiza Carlos Clemente.

Ó BARBOSA ESTA DECISÃO É DUVIDOSA

 Continua Clemente, “na última Assembleia Municipal, perante este acontecimento anómalo, confrontei directamente o presidente da edilidade, João Barbosa de Melo. Disse-lhe que isto era inadmissível. Respondeu-me que foi uma excepção, uma vez que foi tudo em cima da hora e tinha sido proposto pela Turismo do Centro.
Acontece que o que se está a passar este ano não é excepção. Antes pelo contrário, é a regra. Isto está sempre a suceder. Ainda agora há dias, aquando do centenário do Foral de Coimbra de 1111, em que eu tinha uma alegoria a decorrer na Praça do Comércio, fui contactado por uma técnica municipal para baixar o som, porque a poucos metros mais acima, na Rua Ferreira Borges, estava a decorrer um festejo promovido pela autarquia e o ruído da praça estava a abafar o som do espectáculo da rua central.
Então do pelouro da Cultura nem se fala. Decidem as coisas à sua maneira sem olhar ao calendário do que está programado para o mesmo dia e hora. Até parece que querem fazer concorrência. Será que não vêem que estamos a enfraquecer-nos uns aos outros?
É certo que sempre foi assim. Só que… estou farto! Provavelmente não farei mais nada enquanto não prevalecer o bom senso e rigor nos gastos do erário público."

SALTA A TAMPA AO CLEMENTE

 Continua o presidente da freguesia de São Bartolomeu, “como se já fosse pouco fazerem nos mesmos dias eventos iguais na Baixa em completa concorrência, ainda por cima, hoje no DC, num anúncio de um quarto de página, vem anunciado pela Turismo do Centro de Portugal, pela Câmara Municipal de Coimbra e outros comparticipantes um título que me irritou completamente: “Mostra de Sabores Tradicionais”. Não fala lá de encontro de Confrarias Gastronómicas. Lembro que o evento a levar a efeito na freguesia é sob o mote “Feira de Artesanato e Sabores Tradicionais. Isto só pode ser plágio. Não chega copiar a festa, plagiam também o nome. Estará certo isto?
Estou farto… desta falta de respeito. Estou cheio!”


(PODE LER AQUI TAMBÉM ESTE MESMO ASSUNTO NO MEU COLEGA E AMIGO JORGE NEVES, NO SEU BLOGUE "IN"DEPENDENTE POR COIMBRA")



QUEM SALVA OS CORREIOS DO MERCADO DE ENCERRAR?




 Ao que tudo indica, amanhã será o último dia que os históricos correios do mercado estarão abertos ao público.
Saliento, segundo o Diário de Coimbra de hoje, a preocupação manifestada ontem na reunião do executivo municipal pelo vereador da habitação, Francisco Queirós. De sublinhar também a preocupação do PCP neste encerramento, com panfletos de alerta à população hoje distribuídos aqui na Baixa da cidade.
Fui então saber o que pensa quem está directamente em contacto diário com este serviço público-privado. Comecei por falar com alguém que ainda trabalha dentro deste importante edifício, quase irmão siamês do Mercado Municipal
-Como é que, trabalhando aqui há tantos anos, vê este encerramento?
-Com muita preocupação. Trata-se simplesmente de uma contenção de custos por parte da administração dos CTT e sem olhar ao necessário e obrigatório serviço de prestação pública.
-Não vai ser a única estação a encerrar em Coimbra, pois não?
-Não senhor. Vão fechar 6 estações. Esta,  daqui do Mercado; a da Universidade; a do Alto de São João; a de Santa Clara; a de Cernache; e a de Taveiro, se a junta de freguesia não lhe pegar, encerrará também.
-E a nível nacional?
-No universo nacional prevê-se encerrarem 150 estações no curto prazo.
-Voltando a este edifício centenário e de tão larga memória, não acha que se deveria rentabilizar melhor os serviços, de modo a abranger outras áreas?
-Claro que sim. Isso é óbvio. Isto é uma tristeza!
Haverá tantos serviços que poderiam ser aqui executados. Olhe, por exemplo… deixe ver… venda de passes para os transportes, venda de bilhetes para espectáculos, como faz a FNAC, lotaria, e tantos outros que agora não lembro.
-Quantos funcionários, ainda, estão aqui a trabalhar?
-Neste momento, somos 9.
-E o que vos irá acontecer, se de facto optarem pelo encerramento?
-Não sei bem. Provavelmente iremos ser distribuídos por outras estações… ou com rescisões à mistura, se calhar…
-E como é que se sente, perante a iminência de a espada de Dâmocles cair sobre este presente de rotina, que tem sido a sua ligação emocional a este serviço, e colocar em dúvida o seu futuro?
-É uma tristeza! Sinto-me muito triste. Não me apetece comer. Sinto um mau estar permanente. Ando a dormir mal. Acordo a meio da noite e não consigo mais pregar olho.
-Vê alguma saída para que este serviço se mantenha aqui próximo do Mercado Municipal?
-Se a administração persistir neste erro, a autarquia deveria abrir dentro da praça um departamento. Eles até ali instalações que pertencem ao Turismo e nem as utilizam. O serviço que prestamos aqui é muito importante sobretudo para os mais idosos, nos pagamentos de reformas, informações diversas. Sabe que há uma faixa da nossa sociedade, refiro os mais velhos, que precisam de quem fale com eles, os olhe nos olhos. Está a compreender? Essa gente que está nos gabinetes, que não contactam com o público em geral, pensa que todos têm acesso à Internet. Uma tristeza… meu senhor!

E O QUE PENSA UMA VENDEDEIRA DO MERCADO?

 Deolinda Santos, cujas rugas no rosto contam as passadas na vida, está a vender no Mercado Municipal produtos da horta há muitas décadas. Tantas que já lhe perdeu a conta. Quando lhe pergunto se sabe que os correios em frente irão encerrar neste fim de mês, abre os olhos de espanto.
-O quê? Não sabia! Mas não avisaram ninguém. Lá na porta não está nenhum aviso, pois não? Começaram por encerrar ao sábado. Agora isto?! Ai, não me diga tal!...
-Sabendo agora deste fecho iminente, a seu ver, que consequências pode trazer para o Mercado Municipal?
-Ó senhor, nem quero pensar! Isso é mesmo muito mau. Os CTT são assim uma espécie de âncora neste barco… que é o mercado. Muita gente deixará de vir. Sobretudo os mais velhos, vinham aqui aos correios pagar os recibos de água e luz, ou receber a reforma –como por exemplo o meu marido- e depois vinham às compras. Assim, se encerram esses serviços, é evidente que deixarão de vir.
Olhe lá, mas essa gente quer acabar com tudo isto? É isso que querem?
E até para a Baixa este encerramento será muito mau.
E a Câmara Municipal não vai fazer nada? Eles deveriam intervir…

E O QUE PENSA O VENDEDOR DO QUIOSQUE AO LADO?

 José Luís está há pouco tempo no quiosque ao lado dos CTT do Mercado. Quando lhe pergunto se já sabe que os correios irão encerrar no fim do mês, responde assim:
-Já sei sim. É muito mau para todos. Para o meu negócio, para a Baixa, para o próprio Mercado Municipal. Isto vai ter um grande impacto por aqui…
-Teme pelo futuro do seu negócio?
-Claro. Tenho muitos clientes que iam ali aos correios e, ao passar aqui, compravam o jornal ou uma revista.
O que vai ser dos velhinhos que vêm aqui receber as reformas?
A Câmara Municipal deveria fazer uma grande força para que este histórico serviço não fechasse. O Mercado Municipal está cada vez pior, com cada vez mais lojas a encerrarem, ainda por cima se acabarem com este serviço… não sei não!
-A seu ver o que espera da autarquia?
-O que eu espero e o que todos esperamos. É preciso que a Câmara se interesse verdadeiramente pelo futuro da Baixa, pelo nosso futuro. Quem aqui trabalha precisa de sentir que a edilidade está preocupada com esta situação de cada vez mais abandono. É preciso que a Câmara mostre trabalho de casa. Venha ao terreno, inteire-se dos nossos lamentos, das nossas angústias e a seguir é preciso que aja em prol do interesse de todos. É isto que espero da minha autarquia.

E O QUE PENSA UMA COMERCIANTE DA RUA MARTINS DE CARVALHO?

 Elvira Magalhães vende leite do dia na antiga Rua das Figueirinhas há meio século.
Quando a interrogo para saber de tem conhecimento do encerramento dos CTT ali próximo e um oásis emergente deste deserto comercial em que se transformou esta artéria nos últimos anos, responde:
- Então não sei?! Querem acabar com o resto. Quando retiraram os transportes dali de baixo –e aponta a Praça 8 de Maio-, foi a grande machadada neste outrora grande canal de vida comercial. A seguir foi a modificação do mercado. Realmente aquilo estava muito mau a nível de aspecto, mas, na transformação da obra, fizeram aquilo tão luxuoso que foi pior a emenda que o soneto. E esta rua, como leproso, foi caindo aos bocados. Agora é o encerramento dos CTT. Querem que eu me vá embora de vez, não é? Pois, podem crer, eu faço-lhes a vontade. Ai se faço?!
A Câmara Municipal, se os “tivesse no sítio”, nunca deveria deixar que encerrassem!

E O QUE PENSA UM COMERCIANTE DA BAIXA?

 Arménio Pratas um activo comerciante da Rua da Sofia, que anda sempre em luta para que a Baixa não morra afogada em solidão como morreu há dias uma reconhecida figura típica, não tem papas na língua: “nós andamos por aqui na luta –como doidinhos- para que venham mais comércios e mais serviços para o Centro Histórico e até a imaginar sempre mais iniciativas que possam revitalizar e para que a Baixa se mantenha à tona da água, e acontece uma coisa destas? Isto é uma vergonha. Escreve lá no blogue. É preciso indignação. A Câmara Municipal deveria ter neste processo de encerramento uma intervenção marcante. Bem sei que não está nas suas mãos esta decisão ultrajante para a nossa zona comercial, mas esperava muito mais da edilidade. Muito mais. Não se pode compreender este encerramento. É um absurdo fechar um espaço histórico desta envergadura,”

E O QUE PENSA O PRESIDENTE DA APBC?

 Armindo Gaspar é o presidente da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra. Perante este pontapé no traseiro de quem tem desenvolvido um bom trabalho na revivificação da Baixa, o que pensa o Armindo?
“É mais uma machadada na Baixa se forem, mesmo, ao cúmulo de encerrarem este espaço histórico. O que lamento é que há uns anos os CTT, conjuntamente com a Telecom, que é a proprietária do edifício, tiveram uma proposta para instalar ali uma Universidade, salvo erro a Miguel Torga, e não aceitaram. Agora vão encerrar. Quem é que pode compreender isto? Eu não!
A autarquia tem de se empenhar profundamente. Deve ter uma intervenção no sentido de entender que os correios do mercado são um pólo dinamizador de toda esta zona histórica.”

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)



TQ deixou um novo comentário na sua mensagem "O FURA-MUNDOS": 

 Tantos seres carismáticos que nos avistamos por Coimbra e o Furo-Mundos será um bom desses exemplos... Obrigado pela história que este blogue partilhou. 

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)



Gilberto Yanez deixou um novo comentário na sua mensagem "EMPRESÁRIOS: CUIDADO! MUITO CUIDADO! LEIAM ANTES D...":
 

 Tambem recebi uma carta desta entidade registo de comercio portugès.Penso que um contrato debe ter especificado a palavra "contrato", mais no è o caso, isto tamen foi signado peer nos pensando que era uma contribuciò a um arquivo de datos mais aconteceu o mesmo que a o resto. recebimos a fatura mais no penso de facer ningum pago, estou a consultar con o meu abogado. a cantidade que está escrita no "contrato" e invertida de miran na web do dicho rgistro 879Euros, eles dicen que no foi atualizado, mais penso que e uma burla. 

UMA RESPOSTA DA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA



 Ontem escrevi aqui um texto sobre um queixume que me chegou e remeti-o à Câmara Municipal de Coimbra (CMC). Quase de certeza que a anomalia estava a ocorrer por falta de atenção. Acontece com qualquer um de nós. Quantas vezes laboramos no erro continuado e não damos conta?
Hoje já tenho uma comunicação do serviço correspondente da autarquia.
Relevo que o que pretendo salientar é a resposta pronta do serviço da edilidade. Dá para entender que poderemos estar em face de duas pequenas revoluções. Uma por parte da CMC, que numa postura nunca até agora igual, responde com eficácia... e responde. Procedimento que, no meu entender, não acontecia até há uns tempos atrás.
Outra pequena revolução é a forma de comunicação e o sentir que quem está do outro lado do serviço público -tantas vezes odiado, com e sem razão- passou a olhar para este blogue e para outros como um aliado, um meio, alguém que, estando de boa fé, pode ajudar a comunidade. Ao mesmo tempo, servindo de modelo na cidadania, pode auxiliar como vaso comunicante, como ponte, entre o cidadão descrente  e o serviço público. Sem se gastar dinheiro em publicidade a mensagem chega directa ao destinatário com a nota implícita de que os serviços, tendo conhecimento dos factos, podem agir bem, indo ao encontro das reais necessidades individuais e colectivas. 
Naturalmente que se a entidade pública desconhece os factos anómalos como pode actuar? O ideal, e penso que com tempo lá chegaremos, é que, cada um, com um simples telefonema, dê a informação. Só assim, com este esforço conjunto, serviços e cidadãos, todos fazendo parte da solução, poderemos aspirar a um amanhã melhor.


"Ex.mo Senhor:

A missiva que V.Ex.ª nos dirigiu, mencionada em epígrafe, mereceu a nossa melhor atenção.

Nestes termos, cumpre-nos informar que, durante a noite passada, o Serviço Urbano de Higiene do Município de Coimbra realizou uma lavagem aprofundada da zona mencionada por V.Ex.ª.

Futuramente, serão tomadas as medidas necessárias para tentar reduzir e/ou eliminar a ocorrência de escorrências de lixiviados no local de transferência dos resíduos.

Com os melhores cumprimentos,

O Departamento de Ambiente e Qualidade de Vida.
(CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA)"

CONTINUAM A CHEGAR MANIFESTAÇÕES DE PESAR PELA MORTE DO "ASPIRANTE"



Rui Pratas deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 

 
 Esteve cá na loja, faz amanhã oito dias. Pediu-me “50” e eu respondi que lhe dava às cinco. Azar o meu, ele olhou para o relógio e já eram cinco e um quarto, pelo que respondeu: "Não pode.. “xão” mais de “xinco”!". Mas logo concluiu: "Às “xeis”, “mi dás às “xeis”. E saiu porta fora. Foi a última vez que o vi. Nunca lhe dei dinheiro porque sabia que o ia gastar nos “criminosos”que lhe vendiam álcool.
Que descanse em paz!

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Luís Bartolessi deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 Obrigado, ó Luís, pelas moedinhas de 20 cêntimos, pelos rebozinhos de mil colores com que enchias a funda do sax.

Obrigado pela florzinha vermelha, e pela branca, e pela amarela que um dia ou outro deixavas cair.
Obrigado pela companhia nos dias largos de tocar e tocar sem receber mais do que a tua amizade, essa tua “moeda” de ouro que sempre brilhava ao sol.
Obrigado pelos gritos que espalhavas pelas ruas fora em nome de todos nos.
Que será de Coimbra sem ti? 

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Lucília deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 Fiquei muito comovida quando hoje o meu irmão Daniel me telefonou para me dizer que o Luís Miguel tinha morrido. Conheço-o desde que começou a vaguear pela cidade -ia à minha loja pedir chicletes, sempre que passava. Outras vezes no café da loja do lado. Mas, mais do que as chicletes eu dava-lhe atenção e carinho. Era um menino grande. Os ignorantes riam-se dele e eu acalmei-o muitas vezes como se fosse a mãe -ele entendia e, dentro da sua loucura, dizia-me: "Tu és Deus… és tio e avô...avô morreu… está na Conchada" -e chorava muito.
Quando a mãe morreu, eu soube só um mês depois -fiquei impressionada. Quando ele me apareceu, magro e mais perdido ainda, perguntei-lhe: “então Luís, a mãe? Respondeu a chorar: "a mãe, de noite… “hopital”… morreu". A seguir deu-me um beijo de menino triste e disse de repente: "tu “hopital” não… eu vou contigo. Tu és do melhor… tu és Deus"!
Nunca mais pude esquecer-me. Querido e pobre Luís. Quem era capaz de se rir de ti? Até sempre, amigo.
Lucília Abrunheiro 

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Alexis deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 

good man!!! :(

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PAL deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 

RIP Luis.


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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "O "ASPIRANTE" NUNCA MAIS GRITARÁ NA BAIXA": 


 Conheço bem a família. Bem... de facto alguns relatos são verdadeiros, infelizmente outros nem por isso.
O Miguel era um rapaz vigoroso, atleta, de facto. Foi aspirante na tropa, mas não me recordo que tenha seguido. Sofreu um acidente de viação muito violento, numa daquelas aventuras desregradas onde o álcool predomina. Se bem me recordo o condutor não se safou. A bem ver, nem o Miguel, como era conhecido. Quero realçar que os pais receberam uma indemnização bastante avultada da seguradora, suficiente para uma correcta reabilitação e para um resto de vida tranquila. Acontece que o dinheiro serviu apenas para que a mãe (que realmente faleceu no ano passado, ou inicio deste, não sei bem precisar) se demitisse permanentemente da vida activa, recusando trabalhar mais.
O coitado apenas via uns tostões de vez em quando, um relogito dos chinocas, que ele tanto gostava. A mãe comprou um papa-reformas, e uns tarecos valentes lá prá casa.
E o pai? Sabem quem é? Pois esse também chupou umas notas valentes! Mais, AINDA É VIVO! É ex-militar, perdeu um pé na guerra colonial mas está perfeitamente válido e activo. Usa uma prótese que lhe confere total autonomia. Sei que aufere uma valente reforma pelo serviço militar e pelo acidente que sofreu.
O seguro de responsabilidade civil cumpriu a sua missão. Conheço muito boas IPSS's que tomariam bem conta do Miguel por esse dinheiro. Mas o português típico (preguiçoso, indolente, irresponsável) contribuiu para este desenrolar...
No entanto, é uma vida que se perdeu, mas não agora, perdeu-se há muito tempo...