segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A COLUNA DO JORGE....

(IMAGEM DA WEB)



 
Buracos e mais buracos. Esta é a realidade da Rua do Ramal de Chelo, que liga a Rebordosa a Lorvão, no concelho de Penacova. Para quem não sabe um pouco da história do mosteiro e da importância que a Rua do Ramal de Chelo tem para o mesmo, tenho o prazer de informar que a vila do Lorvão é a localidade onde se encontra O Mosteiro de Lorvão. Um dos mais antigos da Europa, já que a sua fundação remonta a meados do século sexto, de acordo com as memórias relatadas pelos cronistas monásticos e corroboradas por uma pedra de ornato visigótico que se encontra incrustada na Torre dos Sinos. O ramal de Chelo é uma das ligações que provém da primeira estrada verde de Portugal.
A estrada, com nome de Rua do Ramal de Chelo, encontra-se em obras há mais de 16 meses. Está com valas abertas, algumas com bastante profundidade, dificultando a passagem dos peões, bem como da centena de veículos que por ali passam diariamente, incluindo os transportes escolares. Nem as camadas de terra e de “entulho”, que alguns populares colocam nas referidas aberturas para minimizar os saltos que os veículos dão ao passar, resistem mais do que meia dúzia de horas. Para já não falar nas “novas” tampas de saneamento que se encontram alguns centímetros abaixo do nível da estrada, dos buracos com diâmetro bastante considerável que colocam em risco quem por lá circula. O que ainda vai resistindo é alguma sinalização que por lá ficou desde que o empreiteiro deixou de dar sinal e a obra se encontra abandonada. 
O ramal de Chelo está a dar cabo dos nervos e do “alforge” dos automobilistas. Tanto a nível dos danos que provoca nas viaturas, como financeiros e pessoais.
O Senhor Presidente da Câmara Municipal de Penacova, há cerca de 3 meses, afirmou a um jornal, em resposta a um artigo que escrevi, que a obra estava concluída em duas semanas e que tinha conhecimento de que a empresa se encontrava na falência. 
Pois bem, nem obra concluída nem sinais do empreiteiro a quem a obra foi adjudicada. Ou seja, o Sr. Presidente da Câmara Municipal não falou a verdade.
Dói bastante quando temos de passar por lá; algumas centenas de viaturas circulam diariamente mais do que uma vez naquela estrada abandonada de forma “criminosa”
Chega de mentiras e de buracos!

 
Atenciosamente
Jorge Neves

Blogue:
http://independentepelafregueia.blogspot.com/

VÍDEO DO DIA...PARA NÃO SE ESQUECER DE QUE HÁ GENTE QUE QUER O QUE LHE É DEVIDO

O VÍDEO DO DIA... PARA QUE A MEMÓRIA NÃO SE APAGUE

A ACTIVIDADE POLÍTICA.... ...VISTA DE DENTRO

(IMAGEM DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)




  Nota-se pelo porte, é certamente um homem assertivo. Bastou falar com ele um minuto para ver que era um aglutinador de consensos. É alto bem parecido. Veste com modéstia, como de modéstia é a vestimenta das pessoas do interior. Fala pausadamente e com certeza no que diz. As suas cerca de sete décadas de idade, muitas passadas do outro lado do mar, nas ex-colónias, deram-lhe uma grande experiência de vida. Aprendeu a respeitar os homens em função da sua valia e jamais pelo papel da “albarda” de investidura. Nunca a cor de pele ou etnia teve qualquer influência no seu trato.
Vamos chamar-lhe Manuel. É presidente de uma junta de freguesia já há três mandatos ali para os lados do interior. Lá para o horizonte, onde o sol se esconde e faz namoro com os vales escondidos pelos montes da serra. “É uma freguesia muito grande em extensão geográfica -diz-me em começo de conversa- mas em eleitores nem por isso”. Tem 1060 inscritos nos cadernos eleitorais. Interessa-se por tudo o que seja cultura, teatro, música e outras actividades que possam desenvolver a capacidade mental dos jovens. Chegou a ter uma tuna lá na sede de freguesia. Progressivamente, pela falta de crianças e também desinteresse teve de acabar com esta iniciativa. “Os jovens de hoje têm demasiadas opções, então debruçam-se sobre o que der menos trabalho…veja a Internet. Está lá tudo…nem é preciso pensar. Claro que, um dia, então adultos, vão fazer-lhes faltas não terem feito esse esforço na infância, mas, nessa altura, já é tarde”.
Agora está a tentar formar um grupo de teatro. Peças simples para iniciados e que o povo compreenda bem. Nada de grandes autores consagrados. Os livros que adquire têm de ser baratinhos…é ele mesmo que paga do seu próprio bolso. “É uma junta de freguesia que não tem dinheiro. O executivo não usa telemóveis pagos pelo erário público. É tudo à nossa custa”, faz questão de me dizer.
“Até o carro em que me desloco é meu e sou eu que pago o gasóleo. Olhe que adquiri, de propósito, uma viatura de dois lugares para poder viajar lá para o interior da serra, lá para as aldeias já quase sem ninguém. Mas, sabe, é uma tristeza, os fregueses não colaboram, não querem saber se a junta de freguesia tem ou não dinheiro. Olhe que ainda há dias, antes do Natal, me ligou lá para a assembleia um morador daquela aldeia de xisto, está a ver onde é? Então, pelo telefone, disse-me que as ruas da povoação, quando chovia eram um mar imenso. Ficava tudo alagado. Tratei de contactar dois velhotes que nos fazem este serviço de antigos cantoneiros –porque agora, mesmo no interior, sobretudo os mais novos, ninguém quer trabalhar com a enxada na mão- e lá foram eles, no pequeno tractor que a junta adquiriu, para o lugarejo que dista mais de vinte quilómetros da sede de freguesia. Chegaram, e lá foram falar com o reclamante. Em meia-hora resolveram o problema. Olhe que era um entupimento no “boeiro” mesmo em frente à sua habitação. Tinha uma grade de ferro e estava coberto com caruma, aquelas agulhas dos pinheiros, está ver o que é? Diga-me lá, então o homem não poderia perder um pouco do seu tempo a limpar aquilo? E mandei eu dois homens e um tractor mais de vinte quilómetros para limpar uma coisa que lhe deveria caber por obrigação? É tudo assim! Ainda há pouco tempo, também, um madeireiro lá da zona, passou numa estrada municipal com a sua camioneta e deparou-se com um pinheiro atravessado na estrada. Esta árvore era pouco mais grossa do que a minha perna. Pois apesar de levar até motosserra ligou para os bombeiros para estes fazerem o serviço. E eles foram, claro. Com este tipo de mentalidade como é que se pode exercer um cargo político. Estou cansado, sabe? Saturado, de, quase diariamente, encontrar este tipo de gente que estão sempre à espera que o Estado faça o que é da estrita responsabilidade deles. Vou estar mais uns meses e vou-me embora. Já tenho 70 anos…já estou aposentado há muito. E mais agora com esta lei de não se poder acumular pensões com o ordenado da função pública que se exerce…você pensa que o Estado vai poupar alguma coisa? Isto é apenas folclore, mas no pior que a palavra tem…você entende o que quero dizer? Esta medida é apenas para enganar os tolos e as pessoas que não pensam. Diga-me lá, no meu caso e de outros tantos e tantos por esse Portugal fora, o ser presidente de junta é apenas para lá colocar dinheiro do nosso bolso. Eu não tiro nada da junta para as despesas que tenho no exercício do cargo. Então, diga-me, estará certo retirar o pouco ordenado que, no fundo, servia para tapar esses buracos? Não sei se estou a ser claro, mas, para não colocar mais dinheiro, vou ter mesmo de abdicar. E é aqui que a medida não surte qualquer efeito. Repare, pedindo eu a demissão, quem vai para o meu lugar será o segundo da lista, que, por acaso, até é empresário. Refiro a sua ocupação, porquê? Porque se ele assumir vai receber o que eu não recebo e, pior, como mal tem tempo, devido à sua profissão particular, os eleitores irão ficar muito pior ainda. É que esta actividade política, sobretudo no interior, exige completa entrega e disponibilidade que só um reformado pode dar. Esta medida governamental de poupança não tem nada. Pode ter a certeza é pior a emenda que o soneto. Lembre-se do que eu lhe digo hoje, toda a gente se queixa dos políticos, mas o futuro vai ser muito pior. A qualidade, daqueles que pugnam pela defesa da coisa pública, vai diminuir e muito. Num futuro próximo, só teremos a ralé nos eleitos e na política partidária. Os competentes e bons –pode crer que não me estou a referir a mim-, com este sistema vigente, não quererão saber. Acredite no que lhe digo…”

A ACTIVIDADE DE TAXISTA...VISTA POR QUEM SENTE E SABE

(IMAGEM DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO



Marco deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 

  
  Amigo Jorge, estou quase totalmente de acordo consigo. Sinto vergonha pelos apáticos. É verdade a «propriedade» da zona -o facto de ser controlada por determinado clã-, e finalmente a passividade não se deve generalizar (aqui então a concordância é total).
Agora, acerca de serem ou não profissionais, depende do sentido que queira dar à palavra profissional. Se quer dizer que é a profissão, o sustento do indivíduo… é verdade que alguns não o são exclusivamente. É apenas um “part-time”, uma forma de rentabilizar algum tempo disponível. 
Creio que está a dar à palavra “profissional” outro sentido, como seja, ser um trabalhador dedicado, idóneo e honesto, educado e responsável, um exemplo para os outros condutores, em resumo, um trabalhador com princípios e ética. Se a sua intenção, ao usar a palavra “profissional” era esta, tenho a dizer que infelizmente existem alguns sem estas qualidades essenciais para se ser um bom profissional.
Por outro lado, pense nesta situação: já estive horas, muitas horas, estacionado na praça de táxis da Estação Velha. Sozinho, de madrugada, com pouca iluminação. Por vezes apanhando sustos com a aproximação de alguns indivíduos, a assistir ao corrupio de carros atrás das prostitutas, a ver outros a tentar arrombar carros estacionados debaixo do viaduto, etc., etc. Carros da polícia? De hora a hora, sempre no mesmo horário -até os marginais sabem a que horas passam. Digo-lhe, não é nada agradável ser motorista de táxi em Coimbra, sobretudo em certos horários e em determinados locais. Principalmente na Estação Velha , na Rodoviária e na Fernão de  Magalhães. Depois o facto de Coimbra ser uma  “aldeia grande”, qualquer reconhecimento ou denúncia nunca é anónima.
Ainda na segunda-feira um colega teve de ir à Polícia Judiciária reconhecer um casal de assaltantes, um deles “arrumador” no Terreiro da Erva. É claro que anda receoso a trabalhar e não responde a chamadas telefónicas com medo de ser o casal meliante. Pois, como é habitual, o tribunal mandou-os em liberdade com termo de identidade e residência.


Marco

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




Marco deixou um novo comentário na sua mensagem "COIMBRA CIDADE CINZENTA": 


 De certeza que as possíveis testemunhas não serão só taxistas. Para haver condutores de carros de aluguer no local é porque estariam alguns potencias passageiros no local.
Marco 

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)

(IMAGEM DA WEB)

Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 


 Mesmo não sendo utilizador do ramal da Lousã estou na vossa luta a 100%. Não faço parte dos sem palavra que se aproveitaram para dar entrevista a favor do ramal da Lousã e depois foi o que se viu e leu.
Serpins é Portugal!
Queremos o METRO no Ramal!!

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




SDaVeiga deixou um novo comentário na sua mensagem "METRO: SERPINS É UMA LIÇÃO": 


 Reclamo com vossa mercê que, além de me ter dito que seria à tarde, me assegurou o envio de um convite!
Ora, como eu até estava a contar com isso e, nas vindas aqui ao estaminé, os assuntos eram outros, fiquei algo surpresa quando, ao ler o jornal de ontem antes do almoço de hoje, vi lá que o vídeo já tinha sido filmado às 10h!
Ora diga lá se custava muito ter posto referência no seu estado no Facebook ou mandar uma mensagem aos amigos?!? 
Ao menos sempre seriam 4 em Coimbra!!! E de certeza que o resto das "estações" haveriam de perdoar a chuva advinda da nossa cantoria!

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NOTA DO EDITOR:
 Certamente fez confusão, Sónia. Eu não poderia ter dito -pelo menos não me lembro- que seria de tarde...se foi tudo programado ao pormenor. Na Sexta fiz um grande texto com tudo explicadinho e publiquei-o aqui no blogue. Para além disso, como no sábado veio publicada a notícia nos dois diários, e no Facebook também -para além das rádios-, sempre confiei que as pessoas compareceriam.
Lá do convite e pedido de publicação nos seus dois blogues...confesso: esqueci-me.
Abraço e obrigada.

P.S. -Para a compensar, quando receber o disco de platina vai estar na primeira fila. Ó larilas!






domingo, 30 de janeiro de 2011

METRO: SERPINS É UMA LIÇÃO





 Ontem, sábado, o Diário as Beiras, pela pena de Paulo Marques, e o Diário de Coimbra, pela responsabilidade da Susana Ramos –devo salientar este excelente trabalho de quase dois terços de página e com foto- em títulos de primeira página, chamavam a atenção de que hoje, domingo iria ser filmado um videoclip sobre a paragem das obras do Metro e para colocar no YouTube.
Ali, nos dois diários, era explicado tudo o que se iria passar, incluindo o horário e o convite à população para estar presente. Para além destas notícias, também na página do Movimento Cívico de Lousã e Miranda, no Facebook, foram publicados várias referências a esta realização.
Mais ainda: os presidentes de junta, de Ceira –na pessoa da secretária Elisabete Amado- e Serpins foram contactados telefonicamente. Os presidentes de junta de freguesia de Miranda do Corvo e Lousã foram contactados pela Dr.ª Sónia Sousa Mendes.
Chamo também a atenção que esta iniciativa foi transmitida em vários blogues e ainda na Rádio Dueça, de Miranda do Corvo, e aos microfones da Rádio Regional do Centro, de Coimbra.
Ora, perante toda esta informação, seria de supor que os interessados nesta causa teriam tomado conhecimento. E, sendo assim, está de ver que em todas as estações de caminho-de-ferro, agora desactivadas, estaria um grande exército de cidadãos para mostrar a união em torno de todos os prejudicados pela paragem das obras e participar. Seria assim?
Às 10h00, conforme o anunciado anteriormente, o Luís Filipe Perdigão, o realizador do videoclip, e os “artistas” estavam na estação do Parque da cidade de Coimbra. Certamente seria de entender estar muita gente. Por vários motivos, mas, focando alguns, no dia anterior, acompanhados por um frio e chuva invernosos, uma comitiva de deputados do PSD visitou vários pontos das agora paradas obras do metro mondego. Conforme se pode ler na imprensa, para além de toda a máquina do maior partido da oposição, vários populares se associaram e também os presidentes camarários de Coimbra, Miranda e Lousã. Mais uma vez chamo a atenção que estava um dia cinzento e pouco agradável.
Como São Pedro não vai em políticas partidárias, não fez mais nada: neste domingo dá um dia de sol primaveril aos proponentes do videoclip. Por aqui já se vê que a estação do Parque da cidade deveria estar cheiinha de cidadãos colaborantes com a causa. Até porque tendo em conta que a cidade tem 31 freguesias, tem várias associações patronais e, sobretudo, estas, penso, devem estar muito preocupadas pelo que está acontecer. Mesmo que verdadeiramente não estejam, estando presentes, é uma forma de mostrarem ao milhão de utilizadores do comboio da Lousã que estão solidários com este cataclismo humano –sim, porque, embora não pareça, a política é uma arte. E sendo a toda a arte um desempenho cénico, um tocar pelos sentidos, muitas vezes a representar, é mais que certo que todos os representantes das associações deveriam estar presentes.
Pois…acontece que nem uma única pessoa compareceu na estação do Parque da cidade. Ainda esperámos até às 10h30, mas nem que fosse até à meia-noite não teria aparecido ninguém.
Às 11h00 estávamos na estação de Ceira. Dezenas de pessoas estavam disponíveis para colaborar. Um bom desempenho o desta terra, vizinha de Coimbra.
Ao meio-dia estávamos nos Moinhos. Presentes… ninguém. Tivemos de andar a convidar pessoas junto ao café da aldeia. Muito a custo, de um grupo, lá foi uma. Depois apareceu um casal com dois filhos pequenos e, mais uma promessa de rebuçados, lá conseguimos juntar meia dúzia de utilizadores do ramal.
Às 14h30, depois de um bom almoço na Quinta da Paiva –pago à nossa custa, para que não se duvide que todo o trabalho foi desinteressado-, chegámos então à estação de Miranda do Corvo. Esta vila não esteve mal, mas tinha obrigação de ser melhor. Lá se juntaram cerca de duas dezenas de pessoas. Saliento a presença de Jaime Ramos, líder do movimento, e Fernando Araújo, presidente da junta de freguesia. Tenho a certeza que foi graças à sua presença e esforço de Sónia Mendes que foi possível juntar aquela vintena de moradores.
Às 15h30 estávamos na estação da Lousã. Menos de uma dezena de pessoas esperava-nos. Depois de rogar a quem passava que se juntasse ao molhe, lá conseguimos aprontar, com esforço, quase uma vintena de pessoas. Esteve presente o presidente da junta de freguesia da Lousã.
À nossa espera já estava um cidadão de Serpins para nos conduzir até aquela terra última paragem de um comboio que já partiu.
Chegámos a Serpins à hora combinada: 16h30. Junto à estação, agora de não caminhantes-de-ferro, estava o João Pereira, o presidente da junta de freguesia e largas dezenas de pessoas. Pela organização da concentração, a todas elas foi distribuída um pequeno papel com a letra da canção para que todos entoassem a sua indignação. E todos cantaram…e encantaram pela força que se sentia viva no coração daquelas gentes.
Dos presidentes camarários de Coimbra, Miranda e Lousã, nesta história, pela sua não participação, não reza a história. Mas fica uma pergunta: se estes senhores, que estou em crer não acreditar na vitória, não dão o exemplo aos seus munícipes como é que estes haviam de comparecer?
A gravação do videoclip é uma acção menor? Aquilo é parolo? Pois escrevam aí, meus senhores, isto vai dar que falar. Mais ainda, e só para estes três edis: esta gente, “este povo humilde e trabalhador” –assim reza a canção- vai vencer!

sábado, 29 de janeiro de 2011

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)





Rui Eduardo Costa deixou um novo comentário na sua mensagem "VOCÊ QUER SER SOLIDÁRIO PARA A CAUSA DA REPOSIÇÃO ...": 


Caro Luís, 

Nós aqui em Serpins já começámos a treinar!

Na ida a Lisboa levámos um cd a tocar no nosso autocarro.

Não sei como está a pensar pôr as pessoas a cantar; nós aqui vamos ter uma letra para cada um que apareça.

Cá estaremos à vossa espera. 

Parabéns e obrigado!!

Serpins é Portugal, 
Queremos o METRO no Ramal!!

Rui Eduardo Costa 

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NOTA DO EDITOR:

 Obrigado, Rui. É isso mesmo. O que interessa é a onda de solidariedade manifestada. A meu ver, o desempenho vocal é pouco importante. Posso dizer-lhe no entanto, e segundo o Perdigão, que se está a pensar em fazer mais do que um vídeo. Ora imagine que Serpins, de todas as localidades, era aquela que se salientava mais a cantar, não era giro? E, cá para mim, nem me admiro nada. O exemplo da população no dia das eleições diz tudo.
Um grande abraço e até amanhã.

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "COIMBRA CIDADE CINZENTA": 


 O tipo de crime é da competência da PSP.
A central de táxis de certeza que sabe quais os carros e os respectivos motoristas que estavam de serviço nesse dia e a essa hora e quase que garanto que sabe quais os condutores que se encontravam naquela praça. 

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NOTA DO EDITOR:

Obrigado Jorge pela rectificação.
Todos sabem, todos viram, todos contam em surdina, mas testemunhar... está bem!, está quieto ó mau! E levar testemunhas forçadas a depor em tribunal é quase a mesma coisa que não levar.
Sem os tais "tomates pretos"...meu amigo, nada feito!

COIMBRA CIDADE CINZENTA



 É sábado já da parte da tarde. O tempo está sem brilho, como ofuscadas estão as ruas. Embora não chova, nota-se que o clima está anémico, como se lhe faltasse ânimo para chamar o sol. Meia dúzia de lojas comerciais estão abertas ao público, embora sem clientes porque os poucos transeuntes que calcorreiam as ruas, para além de serem poucos, ora são velhos de pouco poder económico, ora são residentes também de redobrada idade e que olham para as montras apenas para distrair os olhos. Não estão minimamente interessados no que está exposto. Tanto se lhes faz como se fez. Se conhecerem o dono da loja, e se tiverem a sorte de estar aberta, então entram, mas apenas e só para conversar, porque, dos poucos amigos que lhes restam, já ninguém cavaqueia. Destes, poucos já saem de casa. Mantém-se nas suas quatro paredes da mesma forma que o antigo guerreiro permanecia no seu castelo, enquanto fortaleza contra invasores bárbaros.
Nestes poucos caminhantes que percorrem becos e ruelas com prédios sem cor nem brilho, fantasmas de tempos passados, há um factor comum a todos, os seus rostos parecem as antigas chaimites do exército colonial. Ninguém ri. É como se os elementos vida e coisa se confundissem em metamorfose de batido de frutos silvestres.
Dou por mim a pensar que se as cidades têm ânimo, o espírito de Coimbra parece o de uma alma penada que divaga no éter, passando de ente em ente, na sua mensagem de agonia e à procura da redenção. Fosse lá por isso ou não, é natural que o fado ou canção de Coimbra se colou tão bem à identidade triste desta urbe sempre invernosa na forma de estar.
Bem sei que exagero a descrever a cidade, armando-me em psicólogo social de pacotilha, leitor de sensibilidades colectivas, mas, a meu ver, esta terra necessita de, com urgência, ir ao psiquiatra. É uma polis fechada sobre si mesma, não partilha, não se solidariza –veja-se a completa apatia em relação à suspensão do metro ligeiro de superfície. Por aqui ninguém quer saber. É como se “essa coisa” fosse dos outros, do outro lado da fronteira. Eu não sei se há umas cidades mais medricas do que outras. Mas tenho cá para mim que esta não intervenção, esta negação de ajuda, é sobretudo por medo. Medo de quem manda em Lisboa, medo de quem manda em Coimbra, medo de quem manda no clube, medo do chefe, medo até mesmo de si próprio e medo do medo. O temor é isto mesmo, é como nuvem tóxica que invade tudo, até a nossa casa.
O que se passou há dias na Estação Velha –em que perante várias pessoas a presenciar foi agredido Manuel Rocha, director do Conservatório de Música, e um seu acompanhante, também músico estrangeiro- demonstra bem a “nossa” forma de estar perante a desgraça alheia. É evidente que a Polícia de Segurança Pública vai apanhar os agressores e até vai levá-los a tribunal. Mas dificilmente irão ser condenados…por falta de testemunhas. Só se entre os taxistas, que presenciaram a agressão, houver um de tomates pretos. Mas devido aos transgénicos, às misturas constantes de genes, onde é que se vai encontrar um homem de tomates pretos como antigamente?
Pode até parecer que, assim a escrever tão mal da cidade, provavelmente nem gosto dela. Gosto, tenho a certeza que gosto. Se ela fosse mulher não casaria com ela, mas gosto, pronto. Limitar-me-ia a ir com ela para a cama, mais nada. É muito fingida. Que me desculpe a senhora dona Lili Caneças, mas faço uma completa analogia em compará-la com a cidade dos estudantes. Vou passar a explicar melhor, Coimbra é uma dama que, lá fora, passa uma imagem que não tem. É uma urbe com uma folia muito própria –mentira!-, é de conhecimento –mentira!- é museu –mentira!- é da saúde –mentira!. Ora digam-me lá se não parece uma mulher já velhinha, mas que fez um “lifting” ao rosto, uns implantes de silicone aos seios, uma extracção de gordura na barriga, e, nas pernas, aparentemente esbeltas, usa meias elásticas para não se ver as varizes, é ou não é?
A meu ver, talvez fruto do desenvolvimento, esta terra perdeu completamente uma certa “ruralidade”, uma certa forma simples de estar naquele ambiente natural e próprio do interior. Até na segurança interna se perdeu.
Não é que em meados do século anterior não fosse também bipolar. Isto é, de um lado o “Senhor Doutor” -em que a subserviência era tenebrosa, logo a começar no primeiro ano de um estudante entrado na Universidade- e do outro o trabalhador, o futrica. Mas onde quero chegar é que apesar da hipocrisia reinante na época, apesar de tudo, a classe trabalhadora –na maioria a viver na Baixa ou em bairros pobres periféricos- era unida e ai de quem ofendesse um dos seus. Hoje tudo isso desapareceu. A dissimulação, como pandemia, estendeu-se da Alta à Baixa e a todas as zonas circundantes.
É evidente que poderemos sempre arranjar desculpas para tudo. Poderemos defender que é transversal a todo o país e a toda a Europa. Que o individualismo, nos últimos vinte anos, resultado de várias premissas, cresceu assustadoramente em detrimento do colectivismo, isto também, naturalmente, por força de várias acções intencionais ou não.
E já agora, para tentar sair da melhor maneira desta embrulhada em que me meti, porque fica sempre bem escrever sobre o futuro, o que irá acontecer? Ah…você queria saber, não era? Pois, também eu! Mas, se quer mesmo saber, o melhor é ir à Maya…que fez há dias uns implantes nas mamocas que até mandam ventarolas. Se você procura o tédio venha aqui.


PASSOU HÁ DIAS NA TVI (3)

PASSOU HÁ DIAS NA TVI (2)

PASSOU HÁ DIAS NA TVI (1)

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)

(IMAGEM DA WEB)

Marco deixou um novo comentário na sua mensagem "A NOTÍCIA QUE RESSALTA... ...NAS BEIRAS E NO "CALI...": 


  Só hoje soube através do jornal Diário as Beiras do sucedido. Não presenciei a situação e ainda não falei com nenhum colega presente na altura. Se confirmar que ninguém fez nada para tentar evitar as agressões, como motorista de táxi estou envergonhado. Mas atenção, deviam estar mais pessoas presentes, concerteza que naquele espaço não estariam apenas condutores de carros de aluguer. Estes não têm, pela profissão que exercem, mais obrigações morais e cívicas do que qualquer cidadão.

Concluindo, estou envergonhado e desiludido por ninguém (motorista ou não) ter intervindo e feito algo para evitar o sucedido.
Marco

 
P.S. -Pergunta bem Luís, seria por causa da etnia? Ou da nova cultura de indiferença? Mas, perdoe-me, as suas questões são poucas. As dúvidas não se esclarecem apenas com estas duas perguntas.



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Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 


 Antes de mais bem vindo novamente aos comentários aqui na "tasca" do amigo Luís.
Também sinto vergonha pelo que aconteceu ao Manuel Rocha e ao seu amigo e pela cobardia de quem assistiu e ficou de braços cruzados.
É sabido que aquela zona é "controlada" por certo e determinado clã.
Em relação aos taxistas, e não vou generalizar a todos, muitos deles, segundo se consta, não são profissionais do "volante", principalmente os que trabalham de noite. 

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)

(IMAGEM DA WEB)

paixão por coimbra deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 


  Este senhor jorge Neves parece um revoltado com a sua própria vida; porque os comentários são vagos e não deixam um valor acrescido e positivo à notícia, trata-se de senso comum.
Penso que os comentários têm de ser objectivos, sensatos e que tragam valores e ideias positivas para toda a área crítica de Coimbra
bem haja 



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Jorge Neves deixou um novo comentário na sua mensagem "UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)": 

  
  Caro(a) "paixão por Coimbra" ou amor por Coimbra que é simplesmente a mesma coisa. Não sou revoltado com a minha vida mas sim pela vida que estes políticos nos últimos 30 anos nos obrigam a ter. Existe aproveitamento da situação por alguns destes profissionais e em alguns casos de seus familiares.
Neste caso em concreto, os valores e ideias estão escritos no contrato, simplesmente têm de os fazer cumprir.

Posso ser revoltado com a sociedade mas não sou cobarde dou a cara, e, em nome, não me escondo atrás de “amores e paixões”.
Portugal está farto de gente que não dá a cara. 

UM PEDIDO DE SUBSCRIÇÃO ATRAVÉS DE PETIÇÃO PÙBLICA

(IMAGEM DA WEB)


  Recebi esta petição pública para subscrição e pedido de divulgação. Achei-a justa e subscrevi. Se assim o entender também, subscreva-a. Eis aqui o endereço. É só clicar em cima.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A NOTÍCIA QUE RESSALTA... ...NAS BEIRAS





 Hoje é o próprio mensageiro que faz a notícia. Com um novo formato, bem ao género do jornal I, que é do mesmo grupo, o Diário as Beiras apresentou-se à cidade com uma nova imagem. Como uma mulher que já era bela, mas que se produziu completamente, mostrando um promissor decote, com um colo de ressuscitar um morto, e, subindo um pouco a saia, mostrando uma perna bem torneada, até apetece assobiar: “iiiiiiiuuuuuuuuuuuu!”.
Deixando cair a metáfora, na minha opinião, o jornal está muito bom. Com um novo grafismo, com o logótipo em cor vermelha para se fazer notar na banca e junto de outros títulos. Ligeiramente mais curto, de tamanho A3, assim a meio caminho entre a revista semanal e o jornal clássico, está mais convidativo a levar para casa –entre o anterior tamanho  e o actual é natural que choque numa primeira fase, mas, com a continuação, tenho a certeza, será como a Coca-Cola: “no princípio estranha-se e depois entranha-se”. É agrafado, o que, no meio “artístico” é uma inovação, e, sem elogios balofos, para mim, está realmente muito bom.
E então não vou meter nem uma farpazita? Interroga você, leitor. Não, não vou mesmo. Seria de mau tom, por um lado. Por outro, não se deve, logo no dia do renascimento –voltar a nascer- dizer isto e aquilo. Deixemos lá crescer o “menino”, que, a seu tempo, cá estaremos para dizer bem ou mal quando calhar.
Gosto muito dos principais jornais da cidade, não há um único dia que não leia todos os que se publicam cá. Como diários, refiro o Diário de Coimbra e o Diário as Beiras. No concernente às Beiras quase que o vi nascer por volta de 1993, ainda era semanário. Quase todas as semanas escrevia na página do leitor. Era, na altura, o chefe de redacção o Diamantino Cabanas. Depois passou a diário e, progressivamente, na minha opinião, foi-se afastando do leitor-colaborador. Ora não eram publicadas as cartas ou, muitas vezes, tardiamente e perdiam completamente a actualidade.
Com alguma pena, há muito tempo que não escrevo para o Diário as Beiras. Reparei que no “novo” diário lá está uma coluna dedicada aos “leitores, gente da nossa terra”, o que pode fazer adivinhar um debruçar sobre quem escreve por gosto e quer intervir na cidadania de forma activa.
Por outro lado, ainda, cheguei também a tecer algumas críticas à anterior direcção do jornal por noticiar pouco o que se passava no Centro Histórico, sobretudo a pequena história, a crónica quase básica de gente anónima que, na maioria das vezes, vive, ou sobrevive, feliz com muitas lágrimas. Gente que precisa, tantas vezes, de gritar e, no mínimo, ter alguém que faça ampliar os seus anseios de revolta e os levem a quem devem ser dirigidos. Era este, a meu ver, o jornalismo de antigamente. Hoje é quase tudo noticiado a correr. Hoje, abrimos um diário local e parece que estamos a ler um jornal nacional. No fim da notícia lá está: “Lusa”. E isto quer dizer o quê? Que, devido aos tempos de crise que se vive, o jornalismo está empobrecido. Não há dinheiro para ter jornalistas na rua. E então, este problema, isto, é uma “pescadinha de rabo na boca”. Por um lado o leitor diário exige mais e, como não tem, deixa de comprar o título. Por outro, o jornal, com cada vez menos leitores, cada vez terá possibilidades de fazer um jornalismo de qualidade e excelência.
Mas, agora reparo…quem é que me encomendou o sermão?
FELICIDADES PARA O “NOVO” DIÁRIO AS BEIRAS!

VOCÊ QUER SER SOLIDÁRIO PARA A CAUSA DA REPOSIÇÃO DA LINHA DA LOUSÃ?






  No próximo domingo vai ser filmado um videoclip com imagens e uma música para colocar no YouTube. A ideia é utilizar a música enquanto acção agregadora de massas e -se o objectivo for conseguido, acordadas e que se identifiquem com o Movimento Cívico Lousã e Miranda- colocar pessoas a cantar o refrão de uma canção que, quer na letra quer na música, é muito simples. A intenção é de certo modo fazer a mesma coisa que se fez na década de 1980, nos Estados Unidos, com a obra “We are the world”.

MAS PARA QUE SERVE ISTO?

O plano principal é conseguir congregar o máximo de simpatizantes para esta causa. Como se sabe, Em Janeiro de 2010, a linha da Lousã foi desmantelada com a promessa de ser requalificada e ser este troço inserido no trajecto do metro ligeiro de superfície.
Acontece que, já depois de inactivada toda a centenária linha ferroviária, veio o Governo anunciar a extinção da empresa Metro Mondego e não cumprir o que se tinha proposto anteriormente. Ou seja, destruiu-se uma linha, que embora velha ia servindo, para, em troca, receber um corredor de terra batida e uma mão cheia de nada.

E ONDE VÃO DECORRER AS FILMAGENS?

As filmagens, a cargo de Luís Filipe Perdigão, da  “TVCOIMBRA EUSEI”, decorrerão entre a Estação do Parque, em COIMBRA, na Estação de CEIRA, na Estação dos MOÍNHOS, na Estação de MIRANDA DO CORVO, na Estação de LOUSÃ e na Estação de SERPINS.

E A QUE HORAS IRÃO DECORRER?

ÀS 10h00 estaremos –quem puder estar- na Estação do Parque, onde começaremos os trabalhos;

Às 11h00 estaremos na Estação de Ceira;

Às 12h00 estaremos na Estação dos Moinhos;

Às 14h00 estaremos na Estação de Miranda do Corvo;

Às 15h30 estaremos na Estação de Lousã;

ÀS 16h30 estaremos na Estação de Serpins.

MAS, COMO É QUE É?

O que se pretende é que as pessoas de cada localidade estejam presentes na Estação da sua terra. No entanto, não obsta que se quiserem andar entre as várias estações o não possam fazer. Essa decisão ficará a cargo de cada um.

E DEVE-SE AGRADECER A ALGUÉM EM PARTICULAR?

Os agradecimentos começarão em Jaime Ramos, líder do movimento e que acreditou nesta e ideia, e a seguir serão para todos os que se disponibilizarem a estar presentes. Sem cair muito em particularismos, agradeço ao “ganda maluco” –de elevado bom senso em ajudar outros- do Luís Filipe Perdigão; à Sónia Sousa Mendes, que tratou de reunir o máximo de pessoas para Miranda e outras estações; à Elisabete Amado, a jovem presidente da freguesia de Ceira que, com toda a disponibilidade, se prontificou; ao Fernando Araújo, presidente da freguesia de Miranda do Corvo e ao João Pereira, presidente da freguesia de Serpins.

ENTÃO, VAMOS LÁ MINHA GENTE! VAMOS LÁ SOLIDARIZARMO-NOS COM O POVO DE ALÉM-PORTELA E ATÉ SERPINS E PARTICIPAR NESTA ACÇÃO COLECTIVA!




PALAVRAS SOLTAS





  Ontem, por gentil convite de Carlos Gaspar, radialista e director de vendas da Rádio Regional do Centro, comecei uma nova experiência, sobretudo em rádio: a de comentador.
O “Palavras Soltas”, nas palavras do Gaspar, é um projecto “tertuliano” onde três pessoas, num programa de rádio semanal de 40 minutos, não vinculadas ao sistema vigente de “opinion makers”, que poucos conhecem, que não andam habitualmente nas colunas dos jornais, mas que, como todos, têm opinião, vão debater temas locais, nacionais ou internacionais, com completa liberdade de pensamento e livre expressão, mas sempre, sempre, com responsabilidade. Se tiver pachorra leia esta crónica que escrevi em 2007 sobre este assunto.
Passo já a apresentar o painel de convidados pelo Carlos Gaspar: à minha esquerda, o Mário Martins, um jornalista de excelência que, para além de ter dirigido alguns projectos jornalísticos, durante muitos anos, foi chefe de redacção do Diário de Coimbra, onde, presentemente se encontra novamente a trabalhar –“o bom filho à casa volta”, diz o povo na sua eterna sabedoria. À minha direita, o José Cardoso, um jovem de 38 anos, comparativamente comigo e com o Mário, que temos 54, é um “motor” de “Start-up –é um novo conceito ou modelo de empresa jovem, embrionária, onde implementa novas ideias, nova organização, no desenvolvimento de novos mercados e áreas de intervenção. Em suma, o Cardoso é uma “força” a ter em conta.
No meu lugar…eu, obviamente, passando a redundância, serei o menos conhecido de todos. Escrevo muito, às vezes até demais, tenho opinião para tudo. Serei o protótipo do português que, vindo das catacumbas da pobreza, sobe a corda a pulso e tenta, ainda hoje, fazer tudo aquilo não lhe deixaram ou deram oportunidade. Enfim, o “self made man”, de camisa aberta a mostrar o peito forrado a pelugem negra, de sorriso fácil, sempre disposto a ajudar alguém, e de grande humildade, tão típico do “portuguesito” além-montes, além-fronteiras e além-mar.
Então, depois da apresentação, diria que este novo programa é patrocinado pela Orima, de Mário Miranda de Almeida, de Cantanhede. Diria ainda que aspira a ser um bom espaço participado –porque está prevista a inclusão de convidados sobre o tema versado, bem como perguntas de ouvintes-, onde a opinião de cada um flua, em jeito de tertúlia. Diria ainda, que evita de estar a pensar que, daqui para a frente, vou passar a vestir roupa de marca, não é verdade. Como a nossa participação é “pro bono”, gratuita, terei de continuar a vestir farpela “baratuxa”.
E pronto, creio que o essencial fica dito, falta apenas dizer-lhe que o programa irá para o éter às sextas-feiras, das 17 às 18h00. Se quiser ouvir as minhas parvoíces –só as minhas, porque os meus colegas sabem o que dizem- pode fazê-lo aqui.
Então, boas “Palavras Soltas. Espero que goste, que se divirta e, sobretudo, que as nossas palavras possam servir para o fazer pensar. 

CONVITE...DE JAIME RAMOS




27 de Janeiro de 2011 21:31



Convite

 
No Próximo sábado os Deputados do PSD vêm visitar o Ramal da Lousã/Metro Mondego.
Às 9h concentração na Câmara de Miranda, e depois junto á estação da CP de Miranda. Ás 10h na estação da Lousã. As 10 45 junto a estação de Carvalhosas/Parque Campismo Coimbra. As 11 20 na "baixinha" de Coimbra.
Todos podem participar, sejam ou não simpatizantes do PSD. Basta que sejam militantes pelo Ramal/Metro....
É importante que os Deputados do PSD não só visitem a obra como se comprometam sobre a sua execução futura do projecto.
Desejamos que proximamente outros deputados, de outros partidos, visitem as obras.
Cumprimentos
Jaime Ramos

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

UM COMENTÁRIO RECEBIDO (SOBRE...)




SDaVeiga deixou um novo comentário na sua mensagem "VAMOS LÁ VER SE NOS ENTENDEMOS!": 


Luís:

 Tem imenso jeito para o palavreado legal, o que já é meio caminho andado!!! 
Como, infelizmente, eu não tenho, vai a resposta em termos leigos...

Basta dizer que a li num ápice de tão interessante que é a história, além de bela e com "partes para fazer pensar"!
E desde já o aviso que, se não a enviar, vai estar a privar o júri de uma obra de gabarito. 

***************************************

NOTA DO EDITOR:

 ESTÁ BEM ABELHA! EVITA DE ESTAR A GABAR O CONTO…JÁ TINHA DECIDIDO NÃO A PROCESSAR. PRONTO, MAS ASSIM…FICO MAIS CONTENTINHO (ESTOU A PASSAR A MINHA MÃO PELA BARRIGA).

CAI NEVE...NA CIDADE!




 Roubei meio Título ao José Cid...só para dizer que hoje, em Coimbra, está um "frielas" do caraças.
Não se aguenta. Que diabo, inventa-se tudo, porque é que ainda não se imaginou um "solinho" amovível, que uma pessoa pudesse puxar para a nossa porta? Bom, e já agora, que trouxesse também um botãozinho onde se pudesse graduar a temperatura. Esta ideia nem é muito disparatada, pois não?Porque é que ainda ninguém se lembrou disto? Era sucesso garantido! Que grande engenheiro térmico que se está a perder...porra!

A NOTÍCIA QUE RESSALTA... ...NAS BEIRAS E NO "CALINAS"

(IMAGEM DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)



 Hoje, quer no Diário de Coimbra quer no Diário as Beiras, a notícia que dá nas vistas é a agressão, ontem, cerca das 20h00, na Estação Velha, a Manuel Rocha, director do Conservatório de Música de Coimbra e também elemento do agrupamento Brigada Vítor Jara. Este músico de Coimbra, demais conhecido na cidade, foi violentamente agredido junto à praça de táxis por vários indivíduos. Não se sabe bem com que intuito se realizou esta selvajaria, uma vez que nada foi surripiado ao músico. Referem também os dois diários que a investida “foi presenciada por vários taxistas que se limitaram a observar”, assim como outras testemunhas presentes no local”.
Ora não irei especular sobre a segurança pública na cidade, isso já todos sabemos que, como tristeza redobrada, anda pelas ruas da amargura. É a teoria do copo. Infelizmente, também sabemos que a violência, como vírus de pandemia, está a alastrar de Norte a Sul do país. Se bem que, comparativamente com dados de outras grandes cidades, Coimbra ainda é relativamente calma e pouco propensa a ataques perpetrados como o que trago aqui à colação.
O que gostaria de chamar a atenção, embora não deixe de salientar a agressão, é a forma apática e de não intervenção dos profissionais de carros de aluguer. Estes taxistas, habituados a lidar com assaltos, normalmente são interventivos. Então o que se passaria para, passivamente, assistirem a vários homens baterem num só e ninguém se importar? Seria o facto de serem de etnia cigana? Ou será esta nova cultura que se constata, no dia-a-dia, no país e no estrangeiro, de não assistência à vítima?
Ainda há pouco tempo, numa estação de metro de Roma, uma mulher foi agredida violentamente pelo namorado e, durante largos minutos, com os transeuntes a passarem ao lado, esteve inanimada sem que ninguém se dignasse ajoelhar para ajudar.
De autor desconhecido, tenho uma máxima que me conduz: “um homem sobe ao baixar-se para ajudar alguém!”.
ERA BOM QUE TODOS PENSÁSSEMOS NISTO!
PARA MANUEL ROCHA O NOSSO DESEJO DE MELHORAS RÁPIDAS.

VAMOS LÁ VER SE NOS ENTENDEMOS!

(IMAGEM DA WEB)


Ex.ª Senhora Doutora Sónia Veiga




Assunto: PARTICIPAÇÃO


 Como advogado de defesa de António Luís Fernandes Quintans, incumbe-me o meu cliente de participar a V. Ex.ª uma provável participação nos órgãos judiciais competentes.
Invoca o meu representado de que foi “aliciado” por V. Ex.ª a escrever um conto para o concurso de novos autores da FNAC.
Ora, em conformidade, sabendo todos, incluindo V. Senhoria, de que somos um país de grandes escritores, por parte do meu instruído, entende que está a haver uma intenção, neste caso com dolo, de “aliciamento” à prostituição literária.
Avoca ainda o meu constituinte de que o facto de ser virgem nestas andanças, e sendo constatável e mais que provada a “sedução”, Vosselência poderá também vir a ser acusada de tentativa de violação.
No entanto, e para que não pense que queremos mais querelas nos tribunais, já de si sobrecarregados com acções menores, entendemos que se V. Ex.ª ler o conto, que através deste meio e em anexo lhe enviamos, e se na resposta proclamar o devido encómio, assim no género: “ai, senhor Luís, gostei tanto! Está um espectáculo! Desde a primeira linha que nunca mais parei. Juro, senhor Luís, pela alminha do meu “canito” que, tratei e vi morrer de trombose, estou “banzada” com o seu conto!”, estou certo que, por vontade do meu comitente, uma vez que ficará com o ego completamente cheiinho que nem um odre, a coisa –gravíssima, como deve calcular, mas que só a boa vontade de um coração de alma grande consegue perdoar- ficará por aqui.

Segue em anexo o conto (pede-se a V. Eminência que não divulgue esta grandessíssma, compridíissima, vastíssima, amorosíssima, obra literária a mais ninguém).
Faça o favor de começar a ler.


Luís Fernandes
(advogado, sem o ser, mas que gostava de vir a ser e um dia, se Deus quiser, mesmo sendo agnóstico, será)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O VÍDEO DO DIA...PARA NÃO ESQUECER QUE É PRECISO ATRIBUIR A ESTA GENTE O QUE É SEU

A ABSTENÇÃO... ...VISTA DO OUTRO LADO

(FOTO DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)



 Tenho reparado que para a maioria esta extraordinária percentagem de abstencionistas representou um completo alheamento de participação na direcção da coisa pública.
Tirando os analistas políticos, quase todos acham que esta não intervenção no sufrágio universal, que tanto custou a conquistar, se deve a uma apatia, a um desinteresse crescente dos eleitores. Segundo alguns comentários que vou recolhendo aqui e ali, para uns, trata-se mesmo de cobardia. Para outros, é simplesmente o não se importar, o deixar correr, e que os outros decidam por eles. Lá se vão inventando desculpas, isto já mais por parte dos actores políticos, de que “estava muito frio”, de que “esta eleição estava decidida à partida”. Para outros ainda, de que, nos moldes actuais, “a eleição presidencial por voto directo já não se justifica –deveria ser feita por eleição indirecta através do parlamento-, daí todo este desinteresse, cuja consequência é a não inscrição no acto de votar”. Para outra parte ainda, há quem defenda que a actividade política, hoje, não motiva candidatos de grande qualidade, levando ao não aparecimento de promitentes de reconhecido mérito, e, os que se candidatam, sendo de segunda escolha, porque ou não têm passado abonatório ou a sua história pessoal que apresentam é de conluio em situações que levaram o país para a desgraça nas últimas décadas.
Portanto, os que se apresentam à luta, não oferecem nem confiança nem credibilidade. Daí, do conjunto de todas estas premissas, este alheamento no processo decisório de cargos importantes para o futuro da Nação.
Para mim, permitindo-me a minha análise não encomendada, creio que neste desligamento está um pouco de tudo o que se invoca. Porém, não estou de acordo que quem não vota, escusando-se a ajudar a decidir na escolha, maioritariamente, o faça simplesmente por comodismo. E aqui, neste universo de eleitores não activos, faria já uma cisão. De um lado estarão os que não votam porque até agora, até ao momento em que deixaram de o fazer, o processo democrático não lhes trouxe uma vida melhor, antes pelo contrário. Os políticos em quem anteriormente votaram enganaram-nos com promessas de coração cheio e que se vieram a revelar em mãos cheias de coisa nenhuma. Para estas pessoas, os políticos, mentirosos e enganadores, tornaram-se em seres execráveis e a evitar. Como não têm outra forma de manifestação, o único figurino de protesto encontrado para esta situação crescente é a não participação no acto eleitoral.
Aqui, se for considerada a minha argumentação, já se vê que esta não acção –porque se trata de um protesto silencioso- é, afinal, uma acção. Dizer que estas pessoas não participam por alheamento ou descoragem é o mesmo que achar que um indivíduo que faz greve de fome contra uma determinada instituição é tempo perdido e que é um contestar sem consequências. Acontece, como sabemos, que toda a acção gera reacção, logo é fácil de concluir que, mesmo que a sensibilização na comunidade seja mínima, tal reivindicação, faz sempre mossa e leva o visado no contesto a reanalisar o seu comportamento futuro.
Depois, ainda nesta divisão dos que se recusam a exercer o seu direito de voto, vêm os que sempre votaram por militância, sobretudo aqueles que encaram o sufrágio como um dever cívico, mas por razões que pesam mais forte neste imperativo categórico, por amor, por lealdade a uma causa, decidem não o fazer. Acredito que é uma decisão difícil para estas pessoas. Só mesmo uma grande imposição moral os fez desviar do seu caminho. Aposto que hoje, passados três dias do acto eleitoral, ainda sentem uma ressaca, um conflito entre o direito e o dever. Sim, porque o votar é um direito e um dever. E qual destas injunções terá mais peso? O direito e o dever serão iguais? Isto é conjugam-se num resultado de acção? Ou para além destes dois campos, considerando que se complementam, existe um outro cinzento, contrário, que implica a redução do dever e do direito, enquanto imposição “maxime” à comunidade? Claro que há outro sentimento interior, que é o sentir a justiça como lei divina saída do âmago, da alma, do não votante. Sentir que para além do DIREITO e do DEVER, pode haver uma faixa mesclada de injustiça que urge pôr cobro e que só o protesto em não acção, curiosamente contra o DIREITO e o DEVER, premissas essenciais à paz social e extraída do Direito enquanto linha condutora de atribuir a cada um o que é seu –só para exemplificar, relembro quem não votou por incumprimento na linha da Lousã.
E depois, por último, em fatia menor, virão então aqueles que não votam mesmo por desleixo, porque não lhes interessa mesmo nada o que se passa à sua volta. Tanto lhes faz como fez e nem, creio, o facto de tornar o acto de votar obrigatório resolveria a falta de participação cívica destas pessoas. Em talhe de foice, refiro que transformar o voto obrigado em ordenação é pura tontice. Há actos de decisão que cabem a cada um de nós. A sua regulação apenas transforma o resultado final de verdade possível em aparência de verdade. Ou seja, a soma da obrigatoriedade é nula.
Já agora, caindo um pouco na filosofia, considerar que quem não votou, pela sua não acção, é um acto cobarde, é o mesmo que acreditar que alguém não respondendo a uma agressão o faz simplesmente por medo. Colocando as religiões de lado, a não retribuição de uma agressão –neste caso reiteradamente continuada por políticos- não poderá ser uma decisão de grande sabedoria?
Onde começa a acção? Não será na reflexão, no estádio, da não acção?
A yoga será um estádio de não acção ou, pelo contrário, um campo de, através do silêncio, da quietude, elevando a mente ao conhecimento supremo, atingir a acção enquanto plenitude?
Mais ainda, sabendo todos que tudo no universo é dinâmico, que tudo está em constante mutação, poderemos considerar o acto de não votar uma negação? Ou, em antítese, porque se trata de uma decisão/imposição subjectiva, uma declaração pessoal de não acção, e, portanto, uma afirmação?
Porque sei que está suficientemente confuso, vou deixá-lo a pensar.