quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

UMA FLOR PARA O MEU AMOR





Meu amor nasceu em Janeiro,
lá longe, em dia de Reis,
quando passava o dia seis,
a romper o mês primeiro;
Este ano dei-lhe uma flor,
uma rosa cor de sangue,
do meu coração exangue,
suspirei o meu ardor;
Neste gesto singular,
que deveria ser normal,
quase que me sinto mal,
por ter sido a titubear;
Nunca lhe digo que a amo,
a frase fica presa na mente,
desculpo-me que ela sente,
sou passarinho, ela o ramo;
Às vezes me interrogo,
porque não sou expressivo,
sou acanhado, intuitivo,
quase que não dialogo;
Quem me dera ser poeta,
escrever o meu sentir,
dizer tudo sem ferir,
como se fosse um asceta;
Mas eu amo a minha querida,
como nunca amei alguém,
é a minha estrela de Belém
que me guia nesta vida.

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