segunda-feira, 29 de novembro de 2021

MEALHADA: HOJE HOUVE REUNIÃO DE CÂMARA TRANSMITIDA VIA ZOOM





Hoje, com início às 9h00, realizou-se a última reunião de Câmara do mês. Divulgada com os prévios cinco dias de lei como evento presencial, um dia depois, sem qualquer explicação de suporte, seria anunciado que o plenário seria transmitido através da Internet, via ZOOM.

Por falta de oportunidade, hoje, comecei a visionar a cerca de trinta minutos do fim. Deu para perceber que, segundo declarações do próprio, o agora vereador e ex-presidente da autarquia mealhadense Rui Marqueiro teria sido aconselhado a não sair de casa e efectuar um teste de Covid – teria sido esta a razão da transferência do encontro de presencial para a via online? É bem provável. Do nosso cantinho, desejamos rápidas melhoras, e que o maldito vírus não o toque, ao nosso economista rezingão (resmungão) que governou a Mealhada nos últimos oito anos seguidos. Pode até parecer o contrário, mas continuamos a respeitar o seu trabalho no Executivo em prol do Concelho e em representação do Partido Socialista.

Apesar do pouco tempo que tive para visionar, deu para ver que o som e a imagem, por vezes, sem se vislumbrar e perceber patavina, esteve longe do suficiente. Para tentar entender o que era dito de casa dos vereadores, a pedido de António Franco, foi preciso acorrer ao telemóvel.

Embora no “Ancien Regime”, durante o período mais crítico da pandemia, por várias vezes, se recorresse a este método para transmitir algumas destas reuniões, em boa verdade, a meu ver, este sistema de transmissão fica muito longe dos mínimos de eficácia requeridos. Sobretudo se não permitir gravação para posterior consulta. Não sei se pode ser gravado. Penso que não, mas se consente o vídeo já devia estar online na página do município, para que os cidadãos o possam visionar.

Penso que está na altura da edilidade adquirir um sistema próprio de gravação áudio e de imagem para memória futura. Mais que certo, a ideia já estará em marcha.

Acredito que o processo de consulta de preços – para obter o mais interessante no custo e na qualidade – leve o seu tempo, e também a forma de visionamento de acordo com o Regime Geral de Proteção de Dados, mas convinha não se perder demasiado tempo para que os munícipes não fiquem frustrados na sua ansiedade para um projecto que é novo. Em Coimbra, num cumprimento de uma promessa eleitoral do agora presidente, José Manuel Silva, mesmo com o voto contra da oposição, que é minoritária, com algumas pequenas falhas – o que será normal para algo pouco experimentado – suportando-se de autorização prévia escrita dos munícipes que se apresentem no tempo dedicado ao público, o sistema já está a rolar.


AZULEJOS DE EMBARGO


Na meia-hora que usufruí ainda deu para ouvir acerca de um projecto de remodelação de uma casa de habitação no Luso e cuja fachada está revestida de azulejos sem grande valor histórico.

Como se sabe, o Projecto SOS Azulejo é uma entidade sem fins lucrativos que, desde 2007, vem chamando a atenção para a delapidação e destruição de grandes e pequenos painéis de azulejos, uma riqueza nacional que está em risco de desaparecimento iminente.

Como muito bem foi apresentado o problema pelo presidente António Jorge Franco, é preciso muito bom-senso e equilibrado sentido de justiça para que um proprietário que detém um prédio revestido e precise de fazer obras no seu locado não venha a ser prejudicado, sobretudo quando os pequenos quadrados não forem detentores de reconhecido valor cultural, identificativo de um lugar e estético.

Como sugestão, por que não criar um grupo de especialistas em História de Arte para apoiar o Executivo em forma de consulta e parecer em casos análogos?


GOSTEI DE OUVIR, PÁ


Num dos pontos da Ordem de Trabalho relativo a Obras particulares foi apresentada uma determinada intervenção numa casa particular em que o proprietário, presumivelmente, não teria licenciamento para o efeito. Segundo foi dito pelo presidente, os serviços técnicos deram 60 dias para que fossem apresentados os documentos que visavam o licenciamento. Pelos vistos, o prevaricador não cumpriu o solicitado no prazo requerido.

Por proposta de António Franco, foi votada e aprovada uma recomendação para conceder mais 60 dias ao alegado infractor para fazer o estipulado.

Pode até ser uso corrente na Câmara Municipal há muitos anos esta forma de complacência. Não sei se é ou não. O que sei é que gostei da forma como o assunto foi superiormente tratado, com elevação e altruísmo. Este procedimento, pode parecer que não, mas dar mais uma oportunidade a quem falhou dignifica quem o faz. Parabéns!


sábado, 20 de novembro de 2021

BARRÔ: MEIAS-SOLAS PARA UM VELHO CAMINHO



 




Com início no passado dia 12 deste mês de Novembro, e com um prazo de execução de 45 dias, decorrem a bom ritmo os trabalhos de alcatroamento do caminho entre as aldeias de Barrô e Lameira de São Pedro, uma obra há muito reivindicada por o acesso se encontrar em mau estado de conservação.

Relembra-se que, ao que parece a nível cadastral, não há certeza absoluta se é considerado “caminho vicinal” (os caminhos “que normalmente se destinam ao trânsito rural, relativo aos campos e à vida rural) ou “caminho municipal(os que se destinam a permitir o trânsito automóvel). Ambos, um e outro, são considerados caminhos públicos. Isto é, são ligações, “viárias e/ou pedonais”, de interesse secundário e local, que se subdividem nas duas categorias distintas, consoante o tipo de trânsito.

Por outro lado, segundo o artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 34 593, de 11 de maio de 1945, “este diploma legal prevê que os «caminhos municipais» ficam a cargo das câmaras municipais e os «caminhos vicinais» ficam a cargo das juntas de freguesias”.

A verdade é que, aparentemente, de consenso difícil chegou-se ao bom-senso. Com a obra num custo global de 28,000.00 euros, a Câmara Municipal da Mealhada co-financiou com 20,000.00 euros, através do orçamento previsto para as freguesias para o ano 2021, e a Junta de Freguesia de Luso, em competência delegada, comparticipou com os restantes 8,000.00 euros.


RESOLUÇÕES PARA O EXECUTIVO DA JUNTA


Como se escreveu em cima, a repavimentação está correr bem e o caminho, outrora de “cabras”, já parece uma estrada. Tomo a liberdade de sugerir duas recomendações:

- A primeira, embora estejam consignados no Edital da Junta de Freguesia “os trabalhos de limpeza da plataforma, bermas e valetas”, convém lembrar que na maior parte do percurso não existem valetas. É de de entender que a alegada “limpeza de bermas e valetas” implicam o aprofundamento das bermas e construção das valetas?

- A segunda recomendação vai no sentido da Junta de Freguesia, com brevidade, intimar através de Edital os donos de árvores, sobretudo oliveiras de grande porte, para cortarem as ramagens que pendem sobre a via - chegando em alguns casos a ocupar o eixo da via. Relembra-se que, legalmente, a responsabilidade de poda é da inteira responsabilidade dos proprietários.

Recorda-se ainda que, durante vários dias da semana, este percurso é atravessado por um autocarro da Transdev para transporte de alunos. Logo, por inerência as ramagens impedem a sua passagem com desenvoltura.


(ENVIADO À JUNTA DE FREGUESIA DE LUSO)


TEXTOS RELACCIONADOS


"BARRÔ: QUEREM VER QUE A ESTRADA É MINHA?"

"BARRÔ: OBRIGADO, PRESIDENTE DA JFL, PELO XANATO, MAS..."

" BARRÔ: UMA VIA PROFUNDAMENTE DEPRIMIDA"

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

FALECEU JOSÉ PIRES, O GRANDE EMPREENDEDOR DOS “TRÊS PINHEIROS”

(imagem retirada, com adevida vénia, do jornal digital Bairrada Informação)
 




Foi através do jornal digital Bairrada Informação que soubemos a triste notícia: Faleceu hoje José Pires, grande empresário e fundador do empreendimento “Três Pinheiros” em Sernadelo, Mealhada.

Durante os últimos vinte anos fui cliente assíduo dos “Três Pinheiros”; lá amei, lá sonhei, lá construi imaginários castelos com as pedras que me fizeram tropeçar no caminho. Ali, quase sem me aperceber, inconscientemente, fui envelhecendo paulatinamente, quase sem dar por isso.

Aquela casa de restauração, hotelaria e “dancing” foi para muitos como eu um paraíso de acalmia. Num qualquer Sábado à noite do mês, a alma, repercutida num rosto granítico e angustiado, depois de uma semana de trabalho, mostrando cansaço, rapidamente rejuvenescia. Como nevoeiro em manhã de Agosto, ao som da música de baile rapidamente desaparecia a fadiga e dava lugar a um brilhar metafísico de luz. Ali, na forma de aconchego, no desempenho cerimonioso e majestático como éramos recebidos, sentíamo-nos em nossa casa.

Frequentei esta empresa desde o período de maior glória desta organização turística, quando tinha uma orquestra com cerca de uma dezena de músicos, até ao seu progressivo declínio, quando um só executante animava o bailarico, onde foi exalado o último suspiro daquela que foi a maior catedral sociológica da Bairrada, há-de haver para aí uns três anos.

Foi nas suas três pistas de dança desta grande casa de inolvidável memória que, pelo menos duas vezes por mês, rodopiei com o meu par ao som das suas orquestras de cordas e metais.

Algumas vezes, eu e outros clientes, éramos recebidos pelo embaixador “honoris causa” José Pires. Com o seu sorriso envergonhado, a meio-sorrir num rosto arredondado, era a simpatia em pessoa.

Curiosamente, há muitos anos que éramos amigos no Facebook – estou convencido que ele teria lido qualquer texto meu que gostou e, na subsequência, pediu-me amizade – daquelas amizades que não passam de uma mera formalidade. Estou convencido que nem ele sabia dessa ligação platónica. Nunca falámos disso. As conversas que existiram entre nós foram sempre curtas e institucionais.

José Pires deixou-nos hoje. Para ele, que parte, uma lágrima de saudade. Paz à sua alma.

Para a sua família, em nome de tantos e tantos clientes “do Sábado nos Três Pinheiros” – se posso escrever assim – os nossos sentidos pêsames.


ENCERROU MAIS UMA LOJA NA MINHA RUA

 



Se as ruas chorassem, com certeza absoluta, esta minha artéria,

deixando cair em cascata como finos cabelos dourados

emergentes dos edifícios laterais, depositaria no chão mil

e uma lágrimas de angústia e depressão.”


Fechou hoje mais uma loja na minha rua. Durante os últimos três anos fez-nos companhia, na fase dita normal (AC, Antes do Covid), e depois, nesta considerada anormal (DC, Depois do Covid).

Como outra também encerrada há cerca de um mês, vai transferir o seu comércio para outra parte da cidade. Dá para perceber que a minha alameda, como ancião esclerosado, velho e cansado, perdeu o interesse dos mais novos. Sim, pode ser isso! Afinal, na idade cronológica, esta passagem que atravessa a baixa da cidade tem já centenas de anos a levar com os pés de milhares e milhares de transeuntes, assim, como assim dizer. Mas, atenção, em sua defesa, sempre vou aventando que já foi uma das mais, senão mais importantes de todas. Relembro, com saudade, a sua época áurea, nos anos de 1980/1990, em que como mulher bela, todos queriam fazer parte do seu colo. Se nos últimos séculos foi sempre muito respeitada, e até baptizada várias vezes com nomes diferentes, nos últimos vinte anos, com negócios sempre a abrir e a fechar, foi sendo desprezada por todos. Num calculismo individualista voraz, todos nós, os que ficam tentando resistir e os que partem constrangidos, sem dar nada em troca, esmifrámos, extorquimos, toda a sua riqueza até ao tutano. Nenhum de nós, por imaculado que se faça parecer, é inocente neste enterro anunciado.

Uma vereda, como aia leal que nasceu para servir, nunca se queixa, quer do tratamento social que lhe é concedido, quer pelo total abandono a que é votada. Quantos dramas, quantas histórias de amor foram vividas no seu seio. É a história individual dentro da história colectiva.

As vias de uma urbe, em metáfora, são as artérias de um corpo humano, que, em viagem de ida e volta, transportam o sangue, a vida ao coração. Logo, por inerência, se uma ou mais vias de comunicação fenecem, a cidade, inevitavelmente, mais tarde ou mais cedo, acabará por morrer.

Se as ruas chorassem, com certeza absoluta, esta minha artéria, deixando cair em cascata como finos cabelos dourados emergentes dos edifícios laterais, depositaria no chão mil e uma lágrimas de angústia e depressão.

Voltando à lojista que encerrou, mais uma vez, tal como outras, não se irá despedir de nenhum vizinho; tal como outros comerciantes que partiram por serem obrigados devido à conjuntura económica e ao desleixo político local, esta minha rua passará a ser para eles uma porção de terra amaldiçoada, uma memória traumática para esquecer; um sítio negro onde, ficando parte da alma estilhaçada, não foram felizes. Muitos anos passarão em que não voltarão a pisar este chão, que já foi sagrado e outrora tão desejado, agora indiferente. O curioso, sem graça, é que a culpa, como morresse solteira, cai por inteiro na minha rua.


quinta-feira, 18 de novembro de 2021

BARÓMETRO DE UM JORNAL EM PAPEL PUBLICADO NA BAIRRADA

 



Jornal da Mealhada (edição de 10 de Novembro)


POSITIVO


Começando pela capa, embora com poucos temas em “caixa alta”, o Jornal da Mealhada (JM) desta quinzena está agradável com uma panóplia de cores que chama a atenção do leitor menos atento.

O interior do caderno, ressalta o trabalho jornalístico sobre as seis Juntas de Freguesia que compõem o Concelho. Colocando a “falar” os presidentes das seis autarquias, é importante saber o que se propõem fazer no quadriénio que agora se inicia. Muito bem!

Com vários trabalhos jornalísticos sobre diversos assuntos concernentes ao Concelho, esta edição apresenta-se bem aos seus leitores.

Com uma nova rubrica “Mil Carateres”, da autoria de Nuno Canilho, ex-vereador, ex-jornalista e director, durante muitos anos, do JM, foi criado algo de novo. Trata-se de um texto com, tal como o título indica, 1000 caracteres. É acompanhado com um “cartoon” sem assinatura. Presume-se que seja da sua autoria.

A meu ver, conhecendo o talento do autor, parece-me uma coluna demasiado curta e sem ambição. No caso em análise, é uma sucinta crónica sobre a “Geringonça” e com o título “Habituem-se!”. Ou seja, parece-me que estamos perante um desperdício de espaço, de energia e de assunto sem contextualização com o Concelho. O que o jornal precisa é de um bom colunista a comentar a política local de quinze em quinze dias – na impossibilidade de ser semanalmente. Ora, Canilho, uma pessoa culta, um independente que abandonou (por agora) a vida política mas que está por dentro de tudo, é o homem indicado no lugar certo para criticar com imparcialidade o que se faz bem e mal a nível político por cá. Por que não o está já a fazer, podemos interrogar, quando o quinzenário precisa tanto de uma injecção de vitalidade? Bom, podemos especular que, em face de um qualquer projecto em que, porventura, estará envolvido, não quer aparecer a marcar a actualidade com agenda política e mediática.

Esta publicação deu à estampa também uma nova coluna sobre Cultura, agora a ocupar uma página, sobre tudo o que mexe com os sentidos no Concelho. Sim, senhor, está bem “esgalhada”.


MENOS BOM


Sendo o jornal direccionado para uma faixa etária de leitores seniores, não ajuda muito à leitura o fundo castanho com letras pretas impressas – como foi o caso das declarações dos presidentes de junta. Esta combinação binária, onde há pouca saliência do texto em contraste, cansa muito mais a vista, sobretudo a quem já a tem bastante fatigada.


De zero a vinte, atribuo a esta edição 14 valores



quarta-feira, 17 de novembro de 2021

ESTAÇÃO DA CP/MEALHADA: UM BILHETE TIRADO A FERROS

 





Para diminuir a minha pegada de carbono, por outras palavras, para tentar reduzir a quantidade de monóxido de carbono que produzo diariamente, em vez de levar o carro até Coimbra, esta semana, optei por utilizar o comboio, com ida e volta a partir da Mealhada.

Pouco interessa para aqui, mas, como se vê, sou mais ambientador calculista do que ambientalista de convicção. É certo que separo os lixos no Ecoponto e pouco mais.

Voltando à minha nova opção pela ferrovia, posso garantir que é uma viagem maravilhosa até à terra dos doutores. Rápida, cerca de vinte minutos, muito cómoda e com um preço módico, fica mais barato do que levar o carrinho.

Estava eu no meu deleite de viajante a dar graças à CP, Comboios de Portugal, a elogiar o seu prestimoso serviço, eis senão, como no melhor pano cai a nódoa, hoje a escrita ficou completamente borratada.

Para que os passageiros possam tomar o trem para a Lusa Atenas, que faz paragem na Mealhada às 12h57, naturalmente, é preciso adquirir o bilhete na Estação. Acontece que a bilheteira, com um único funcionário, abre às 12h30, isto é, cerca de meia hora antes.

Se nos primeiros dias desta semana não tive problemas, hoje a dificuldade em comprar o bilhete transbordou.

Cerca das 12h40, a sala onde se encontram as bilheteiras e o bar estava anormalmente frequentada. Mais ou menos vinte adolescentes, alunos da EPVL, Escola Profissional Vasconcelos Lebre, aglomeravam-se à espera que a “S’tora”, em frente ao “guichet”, adquirisse os bilhetes para rumarem a Aveiro numa visita de estudo promovida pelo estabelecimento de ensino.

Entre a identificação de cada miúdo menor de idade, mais uma moeda para aqui e mais uma nota para ali, a docente, sem descolar, parecia grudada ao balcão.

Atrás dela seis cidadãos, entre uma olhadela ao relógio, que não parava de avançar, e uma ruga de preocupação na fronte, faziam um esforço para tentarem compreender o que se passava ali à sua frente, em que a “bicha” nem andava nem desatava.

O funcionário da CP, como se estivesse num dos mundos mais normal, sem adiantar nem atrasar, continuava calmamente no seu rame-rame.

Faltavam poucos minutos para a entrada das carruagens na estação. É então que um dos mártires da fila atira para a professora: “vai desculpar, minha senhora, mas também precisamos de viajar. Porque não veio mais cedo, se sabia que iria ser assim, esta confusão?

A mestra, à laia de explicação, olhando o cidadão, replicou: “eu vim para aqui às 12h25, mas a bilheteira só abriu às 12h30…

Quando o comboio entrou na estação cinco pessoas ainda esperavam comprar bilhete. A toda a pressa quatro ainda conseguiram, uma jovem teve de entrar na locomotiva sem bilhete.


COMO É QUE VAMOS MELHORAR ISTO?


Expondo a situação ao revisor, por sinal simpatiquíssimo, logo à entrada, e perguntando o que iria acontecer à jovem sem bilhete, o profissional contemporizou: “esta situação, aqui na Mealhada, é recorrente. A bilheteira abre tarde e é só um funcionário. Basta alguém pretender carregar um passe e mais alguém pagar com Multibanco e está tudo estragado. Pergunta como resolvemos uma situação destas?” E encolheu os ombros. Antigamente era tudo resolvido através do bom-senso. Hoje ninguém se importa com as causas. A falta de bilhete, obrigatório para viajar, sem ele, a sanção é de 125 euros. Para além disso, acrescentou o fiscal, é obrigação do funcionário, que está na bilheteira, sempre que não consiga emitir o bilhete a tempo e horas, vir falar com o revisor e dar conta da sua impossibilidade. Mas este senhor não fez nada disso.”


(TEXTO A ENVIAR PARA A CP COMO RECLAMAÇÃO E PARA CONHECIMENTO DO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA MEALHADA)


ÁGUEDA, UMA CIDADE MODELO QUE FAZ SONHAR

(Imagens retiradas, com a devida vénia, da página MCultura, no Facebook)



No último Domingo, solarengo, com temperatura amena de Outono, e convidativo a passear, eu e a minha mulher, como fazemos nos últimos anos nesta altura às portas do Natal, fomos a Águeda ver as ornamentações. Era também o segundo Domingo do mês, dia em que se realiza a Feira de Velharias, junto à Câmara Municipal.

Fomos à hora do almoço, reparámos que tudo quanto era café e restaurante na baixa da cidade estava repleto. Famílias completas, desde a avózinha mais idosa até ao netinho mais novo da prole, todos faziam fila à espera de chegar a sua vez. Nas ruas o movimento de velhos e novos era constante.

Os largos, as ruas e as fachadas dos edifícios ornamentados na cota superior do edificado essencialmente com guarda-chuvas de várias cores e vários feitios e o chão atapetado com alcatifa de cor avermelhada, parecem constituir um cenário das mil e uma noites.

À entrada da cidade um Pai Natal em versão colossal, com ar bonacheirão, apresenta as boas-vindas aos visitantes. Com réplicas em tamanho grande de um trenó puxado por duas renas, um automóvel desportivo em tamanho real construído em madeira, a família natal repicada em esferovite junto à Câmara Municipal, os degraus das escadas e bancos em madeira pintados em cores vivas e alegres, as diversas pinturas murais ao logo de becos e travessas, uma bicicleta gigante, tudo servia para tirar fotografias em grupo e isoladamente.

No meio da estupefacção e com os olhos perdidos em tanta criatividade projectada em arte de rua, misturado entre a inveja e a tristeza, sou invadido por um pensamento: bolas, por que não acontece o mesmo na minha cidade? Faltam ideias? Provavelmente! Mas se faltam, que o novo executivo esteja aberto, para ouvir, anteprojectos dos cidadãos.

É certo que estamos perante um elevado investimento por parte da autarquia, mas vale a pena. Águeda, durante estes meses mais cinzentos, é o espelho de uma cidade mediana, periférica, cheia de luz e cor, que nos faz sonhar.

Demos também um saltinho à Feira de Velharias. Ainda me lembro aquando da sua inauguração em 1995. Penso para com os meus botões, se calhar, com todo o efeito destrutivo pandémico, como aconteceu em outros lugares de maior projecção mediática onde minguou ou desapareceu, será de prever que o certame encolheu. Surpresa das surpresas, esta alegoria de adelo, coisas usadas e antigas, com uma enorme ocupação de espaço em torno da edilidade, com largas dezenas de expositores e milhares de interessados, está transformada numa das melhores feiras da zona Centro.

Que raio de luz divina mereceu Águeda para dar lições a todos nós?


 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

MEALHADA: HOJE HOUVE REUNIÃO DE CÂMARA

 





Conforme o plasmado no Despacho da Ordem de Trabalho, cerca das 9h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Mealhada, sob a batuta do presidente da Câmara Municipal, António Jorge Franco, deu-se início aos pontos enunciados na Ordem do Dia.

Por volta das 10h00, ao abrigo do Regimento, foi interrompida a sessão para o período consignado ao público. Nas cadeiras reservadas à assistência, para além da comunicação social, estavam presentes dois munícipes para intervir.

O primeiro a usar da palavra foi uma senhora, queixando-se das consequências que uma obra pública, promovida pela autarquia, traz ao seu dia-a-dia e em frente a sua habitação na cidade. O presidente do Executivo, com amabilidade, prometeu inteirar-se dos trabalhos em curso e dar uma resposta com brevidade.

O segundo munícipe, morador em Barrô, depois de explanar o elevado trânsito que, diariamente, atravessa a aldeia através da sua Rua Principal, que é uma via estreita que não comporta dois automóveis ao mesmo tempo, levando a constantes manobras de marcha-atrás e, em consequência, ao longo dos últimos anos, ter originado vários acidentes, apresentou uma recomendação para que fossem ali colocados semáforos temporizadores. A esta moção do cidadão, o presidente Jorge Franco respondeu que está a par do problema, já levantado por outros moradores da localidade, e que aquando da campanha eleitoral teve ocasião de verificar a razoabilidade da medida proposta.


E CONTINUAMOS PARA BINGO


Depois de reiniciados os trabalhos parlamentares, a primeira “quezília” surgiu por parte de Rui Marqueiro, ex-presidente da autarquia, em torno da nomeação do ponto 4, proposta ao executivo para designação de um representante do município na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Mealhada, a revelar-se contra o texto do documento.

E veio o ponto referente ao aumento dos tarifários de recolha de resíduos sólidos por parte da ERSUC. Segundo a comunicação do presidente da mesa, Jorge Franco, devido ao aumento dos combustíveis, com um acréscimo proposto de dois por cento, esta aparente pequena percentagem vai repercutir-se em cerca de 80 a 100 mil euros anuais a pagar pela Câmara Municipal, logo, por inerência, a ser subcarregado pelos munícipes.

Nenhum dos presentes quis aflorar directamente a questão da recolha selectiva porta-a-porta, imposta por Marqueiro no anterior mandato, em que para adquirir os recipientes a distribuir pelas casas do Concelho foi elencado cerca de um milhão de euros, mas a alusão ao errático investimento esteve implícito.

Relembra-se que a Câmara Municipal da Mealhada detém uma participação no capital desta Sociedade Anónima. Foi dito por Hugo Alves Silva nesta apresentação que em 2015 a edilidade investiu um milhão e meio de euros nesta empresa, retirou 800 mil euros nos anos seguintes e hoje a comparticipação vale zero.

Inopinadamente, Marqueiro insurgiu-se contra Hugo Silva, por este ter afirmado que a comparticipação na ERSUC valia zero.

O presidente, com paciência de Job, tentando manter o debate com alguma urbanidade perceptível numa tensão indescritível, fez tudo para contemporizar a “fúria” do ex-comandante. António Franco chegou a pedir que no final da reunião se falasse mais abertamente com todos, incluindo o vereador Hugo Silva. A esta proposta, Marqueiro respondeu: “eu só converso com quem gosto!

Finda a reunião, o agora vereador e ex-presidente, abruptamente, levantou-se e, sem um cumprimento de bom dia ou boa noite, como tocado pelo vento, saiu disparado.



UM CASO BICUDO CHAMADO RUI MARQUEIRO


Começo com uma ressalva, sem ter confiança alguma com Rui Marqueiro, confesso que aquando da sua decisão de manter o seu lugar de eleito no executivo depois de ter perdido o cadeirão maior ganhei uma certa admiração por este político. Entendi ser uma medida muito digna, que, com todo o seu conhecimento e saber empírico, adquirido, viria engrandecer um relacionamento que se queria profícuo entre vencedores e oposição. Pensei para comigo que só um homem humilde e corajoso tomaria esta decisão a favor do serviço público.

Hoje, depois de ter assistido à reunião e ao desempenho de Marqueiro, não tenho dúvida alguma em afirmar que foi um erro crasso esta tomada de posse como vereador.

O ex-presidente não disfarça o não conseguir deixar de transparecer um certo ressabiamento. É um elemento desestabilizador. As suas intervenções são feitas com arrogância e “mal-dizer”, no sentido de questionar o inquestionável. As suas palavras vão sempre no sentido de dar lições. Os outros não sabem nada. O que vai à discussão está tudo mal feito. Parece é que está ali apenas para diminuir o actual presidente, sobretudo a “pôr o pau na roda”.

É minha intuição que o agora vereador Marqueiro, pela pressão de auto-embargo que não consegue ultrapassar, não vai aguentar os quatro anos de mandato.

Ficou bem sublinhada por parte de António Franco uma elevada calma para com o “enfant-terrible”. É de supor que, a continuar este situacionismo, este polimento forçado não vá durar muito.

Sem pretender dar lições, pelo capital político acumulado, pela saúde mental de todos, o melhor que Marqueiro fazia a si mesmo e a outros que o rodeiam era pedir a resignação/substituição.


AS MELHORAS PARA AS REUNIÕES


Como recomendação, sugiro que seja disponibilizado uma cadeira para o publico intervir. Esta cadeira deve estar separada da assistência, por exemplo, atrás do executivo, e virado para todos. O que acontece actualmente é que os intervenientes, das duas uma, ou permanecem sentados junto de outra assistência – o que não fica muito bem -, ou levantam-se e fazem a sua intervenção de pé – o que também não me parece muito correcto, sobretudo se forem seniores. Bem sei que a ideia de manter o publico sentado é para dar uma ideia de familiaridade, de proximidade, porém, a meu ver, falta solenidade ao acto.

Outro assunto que me chamou a atenção é o facto de as sessões não serem gravadas em audio para memória futura. Embora a lei não obrigue, é um passo que deveria ser levado em conta. É certo que estão funcionários a tomar notas para as actas, mas não é a mesma coisa.

Vale a pena pensar nisto?


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

EDUCAÇÃO: TEMPOS PASSADOS, TRABALHOS DOBRADOS (4)

  



Poderemos considerar que a Revolução de Abril de 1974, como qualquer insurreição política, operou na sociedade portuguesa, na sua organização, um corte horizontal com o passado em cinco pilares fundamentais, nomeadamente, a Segurança, a Saúde, a Educação, a Economia e o Conhecimento.

Contrariamente, já a História é um “continuum”, uma série de acontecimentos sequenciais e ininterruptos, e não pode ser apresentada de outro modo. Da História intrinsecamente, fazem parte, em sentido literal, o Homem com “H” grande, notável por feitos heróicos, e o homem com “h” pequeno, responsável por atrocidades e grandes genocídios mundiais. Por mais que não se queira atribuir relevância à cronologia, não é possível amputar, apagar do rol de ocorrências, o pretérito, que não mais não é do que o sustentáculo do presente e a semente do futuro.

No caso, tratarei apenas de ligações que, com encadeamento e na maior ligeireza e subjectividade, tentem explicar a Educação que marca os nossos dias.

Em anteriores apontamentos aludi que a geração de 1950/60 – a denominada geração “Baby Boomers”, assim classificada por ser responsável pela alta fecundação de recém-nascidos e ter contribuído para o aumento da Demografia -, sendo uma criação muito sacrificada, numa mudança digna de admiração, veio a proporcionar tudo o que não teve aos seus filhos,

Havia, porventura, três classes na pirâmide social: a rica a remediada e a pobre.

A rica, maioritariamente, estava concentrada na cidade onde imperavam os grandes grupos económicos e as corporações, como exemplo, os comerciantes e os industriais. A classe remediada era constituída por funcionários públicos, lojistas com pequenos estabelecimentos de mercearias, tabernas, drogarias e ferragens e outros ramos. A classe pobre, totalmente analfabeta, mais de metade da população portuguesa, era constituída por todos os assalariados por conta de outrem no sector privado.

Relembra-se que a Emissora Nacional começou as suas emissões regulares de Radiodifusão em 1935. A televisão, com emissão em Portugal, nasceu em Março de 1957. De salientar que, sobretudo na classe pobre, pelo elevado preço, estes instrumentos de comunicação eram inacessíveis a muitas famílias. Assim como o frigorífico, hoje um instrumento essencial comum a qualquer lar, era um bem escasso.

Claro que a razão desta estirpe societária ter dado tudo aos filhos, essencialmente, germinou na mudança abrupta, em incisão, do sistema político. Com a passagem de estado autoritário, ou ditatorial, para democrático, esta alteração, na noite para o dia, mudou completamente a economia e, na subsequência, o viver social.

De repente, o ordenado “mínimo” - este conceito viria a surgir muito mais tarde – passa de pouco mais de mil escudos mensais (5 euros, hoje) para 3,300$00 (16,50 Euros, hoje). Este reforço salarial inopinado, entre outros fenómenos, como uma inflação galopante, levou a um aumento desmesurado na Procura e com a Oferta a não corresponder à ansiedade da população. Assistiu-se a um esgotamento pleno de produtos não perecíveis para venda, com entrega dos bens ao consumidor a prazo de mais de três meses.

Estavam lançadas as bases para uma classe-média, agregando os remediados e parte da parte dos mais pobres.

(CONTINUA)


domingo, 7 de novembro de 2021

CARTA AOS MEMBROS DO GRUPO CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA (NÃO OFICIAL), NO FACEBOOK

  

(Imagem do jornal online Notícias de Coimbra)




Conforme já foi notado pela maioria, no mesmo formato e do mesmo modo simples desde há quatro anos em que se tornou agregado da página da Câmara Municipal de Coimbra (não oficial), no Facebook, num informalismo digno de nota, temos a interagir com outros membros o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.

É um privilégio termos no nosso seio um político local eleito para comandar a cidade que, pela descentralização do trato com a comunidade, está a revolucionar a comparticipação cívica individual e colectiva nacional.

É uma honra sabermos que, responda ele ou não a alguém, está entre nós, e que, no mínimo, lerá os apelos que cada um entenda plasmar neste sítio da Internet e, fazendo o julgamento que lhe aprouver, estou certo, os encaminhará para os departamentos camarários que possam dar resposta.

Com isto não estou a querer dizer que este alojamento se pretende substituir aos serviços da autarquia. Nada disso, o que pretendo mostrar é que, neste tempo em que ninguém tem tempo para ouvir lamentos, esta nossa “casa”, ou “muro da lamentação”, se preferirem, se bem utilizada, com respeito e assertividade, é mais um instrumento de suporte para resolução de problemas. A sua convivência entre nós é de interesse geral.

Quando refiro “respeito e assertividade” tenho por intenção esclarecer duas premissas. Uma delas é que quanto mais conseguimos polir a relação com o nosso “mayor”, mais profícua será a sua participação de continuidade por aqui. Saibamos estar à altura desta nova forma política de comunicar com os munícipes. Se formos indignos desta prova de vida além do situacionismo, nomeadamente recorrendo a insultos em vez de um saudável contraditório em debate de ideias, o mais certo é o presidente se resguardar, recolhendo à sua concha hermética, e fazer o mesmo que os seus antecessores.

A segunda premissa, conforme deixei plasmado hoje num comentário, é que, na qualidade de administrador, para assegurar a tranquilidade necessária, serei implacável e recorrerei a todos os meios ao meu alcance para impor o acatamento das normas societárias.

Com isto não estou a criar prerrogativas dessemelhantes do que tenho defendido e agido em conformidade para defesa da hombridade de todos. Mas, concordemos ou não, estamos perante uma comparticipação especial. Ora, sem medo de utilizar as palavras, devemos tratar de modo desigual o que é diferente.

Com tudo isto, esclareço, não estou a pugnar por uma reverência exacerbada, um servilismo hipócrita de dobrar a espinha. O que me move, e não abdico, é que, abertamente com honestidade intelectual, se discuta a discordância desligados de recalcados odiozinhos de estimação, sem conflito verbal a cair no vulgo arruaceiro.

O que solicito a todos os membros, sem excepção, é a protecção legítima de uma cortesia para alguém que foi eleito por uma maioria e nos representa a todos e, por obrigação estatutária, deve estar ao nosso lado. Ora, se o está a fazer, sem desconfiança bacoca, dêmos-lhe espaço e crédito.

Não é pedir muito, pois não?

terça-feira, 2 de novembro de 2021

CÂMARA MUNICIPAL DE MEALHADA: PUBLICITAÇÃO DOS ACTOS - RECTIFICAÇÃO

  




Ontem, por volta das 18h00, escrevi uma crónica com o título “Câmara Municipal de Mealhada: Publicitação dos actos”. Afirmei que, por se ter realizado uma reunião de Câmara Municipal nesta Terça-feira, não tinham sido cumpridos os requisitos regulamentares, ou seja, por não aparecer no site oficial da autarquia a convocatória onde constava a Ordem de Trabalhos.

Em boa verdade, antes de ontem, Segunda, e ontem, Terça-feira, levei mais de uma hora à procura do Despacho presidencial. Não o encontrei no sítio institucional. Na Segunda-feira ainda coloquei aqui, no Mealhadenses que amam a sua Terra, um “post” a interrogar se, de facto, iria haver mesmo reunião nesta Terça-feira e se algum membro sabia onde poderia encontrar a convocatória/Edital. Ninguém respondeu.

Corri tudo quanto era publicação informativa a ver se obtinha algum dado sobre a possível reunião. Debalde! Nada!

Foi então que, cerca de quatro horas depois, me avisaram de que os procedimentos tinham sido cumpridos por parte da edilidade. O despacho presidencial estava lá. Numa adenda inacessível, mas estava lá. Eu é que não dei por ele.

Para todos os efeitos, sem desculpas bacocas, o erro foi meu. E como tal, como é minha obrigação, peço desculpa pelo lapso involuntário. O que me levou a escrever foi pensar que estava certo. Mas não estava, por isso, estas minhas explicações.

Antes de terminar, gostava de apelar ao Senhor vereador da Comunicação e Imagem, Gil Ferreira, que, quanto antes, para evitar estas confusões, mande publicitar antecipadamente todas as sessões da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal na página do município no Facebook. A bem do interesse público não se pode continuar com o mesmo procedimento seguido até há pouco, pelo anterior executivo. E várias vezes fiz este apelo, sem nunca ter sido atendido.

Sem uma comunicação clara, esclarecedora, acessível ao munícipe médio, a mensagem nunca chegará aos destinatários.

Mais uma vez, as minhas desculpas aos membros da página e à Câmara Municipal.