terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A COLUNA DO JORGE...




As injustiças da vida


Será que temos que pagar pelos erros dos outros?
Vamos ter de passar a vida numa injustiça, tentando ser alguém e lutando para ter uma vida digna e depois vir uma pessoa que não conhecemos de lado nenhum e estraga-nos tudo, empurrando-nos para o fundo, fazem-nos pagar pelos erros dos outros e fazem com que esses nos olhem de lado, falem pelas costas e quando mais precisamos de uma ajuda até os que se dizem nossos amigos e os de família nos viram as costas.
O que se passa com esta gente, o que se passa com as pessoas? Perderam o bom senso, perderam a razão?
Parece que agora só pensam nelas e fazem de tudo para que ninguém lhes roube o emprego, os companheiros. Já lá vai o tempo em que todos confiavam uns nos outros; já foi a altura em que se dava uma mão amiga e se ajudava um desconhecido na rua.
Até as próprias entidades de ajuda humanitária, algumas, são associações com fins lucrativos, só ajudam quem conhecem, e, às vezes, ajudam mesmo sem essas pessoas terem necessidade, mas os que realmente precisam, e que todos sabem, ninguém diz nada, ninguém fala. As pessoas continuam a precisar de ajuda e são obrigadas a roubar para sobreviverem, pois ninguém as ajudou a arranjar trabalho e nem tiveram um pingo de pena para, de entre um pequeno grupo, dar algo que esses indivíduos mais precisassem.
Mas para nossa infelicidade sempre tivemos, e vamos continuar a ter, um governo que só se importa em ganhar dinheiro, para poder receber os seus luxuosos ordenados e continuar a ter férias pagas pelo povo a lugares paradisíacos, onde por dia se paga exorbitantes quantias de dinheiro e aquele que mais precisa continua a precisar. E, para piorar, todos o olham de lado e falam pelas costas.
Merda de sociedade, esta, onde sou obrigado a viver.

Jorge Neves
jmfncriativo@gmail.com

1 comentário:

LUIS FERNANDES disse...

O individualismo, enquanto premissa absolutista, está aí. Convive connosco diariamente. Faz muito bem em chamar a atenção para a necessidade intrínseca de solidariedade. Nunca é demais lembrar. Este texto não influenciará um milhão de pessoas -nem essa é a intenção-, mas se tocar no íntimo de uma dúzia, tenho a certeza, já se ganhou o dia.
Um abraço.