quarta-feira, 16 de junho de 2010

UM ESCLARECIMENTO DE JOAQUIM CORREIA

(IMAGEM DA WEB) 













 Fazendo um acto de contrição, pensei seriamente em não publicar este comentário. Acho, e tenho a certeza, que as pessoas devem dar a cara. Pessoalmente abomino a queixa anónima, e, sobretudo, quando, a coberto dessa opacidade, se fazem acusações.

No entanto, neste caso, entendi que quem comenta anonimamente pode ter necessidade de o fazer. Isto é, por exemplo, ser funcionário público. E, assim sendo, ainda que condenável do ponto de vista moral, no limite, até aceito.
Foi em nome de um esclarecimento público que publiquei este comentário anónimo. Naturalmente, por direito legítimo de defesa e até de bom senso, logo depois, liguei, telefonicamente, para a Casa Municipal da Cultura para obter um esclarecimento do funcionário municipal Joaquim Correia.
Depois de lhe ler o texto subscrito por um anónimo –o que à  partida, tendo em conta a sua desvantagem, até se poderia ter recusado a comentar-, aceitou dar a sua versão dos factos:

Acho que isto está a ser demasiadamente empolado. Nem sei porque me visam pessoalmente. Eu sou técnico desta casa há 25 anos. Desde sempre trabalhei com a cultura, com todos os grupos. Sempre dei o meu melhor. Não consigo entender este ataque cerrado ao departamento municipal da cultura.
 Foi o grupo de Cordas e Cantares que veio pedir apoio à câmara e não o contrário.
O senhor Vilas, membro do grupo, foi antecipadamente informado de que não era possível colocar lá no Pátio da Inquisição mais pontos de luz. Tratámos de tudo o que foi acordado. Colocámos o palco. havia duas tomadas como pontos de luz. Providenciámos no sentido de a Polícia Municipal estar presente.
Ninguém se preocupou em verificar se os ponto de luz que havia seriam suficientes.
Pediram para estarmos no pátio às 19H30 e estava lá uma funcionária camarária. A essa hora ninguém reclamou da falta de luz. Só às 21H45 é que se aperceberam da lacuna.
Porém, é preciso entender que a câmara não tem técnicos para poder responder às solicitações em cima da hora. Além disso, a autarquia já lá realizou vários espectáculos e nunca houve problema.
Houve má vontade de mais de metade do agrupamento de cordas e cantares. Até porque, segundo a funcionária presente no local, quando me ligou às 21H45, a decisão de não tocar não era consensual. Metade queriam actuar e outra metade não.
Como estava fora de Coimbra, naturalmente, não podia estar presente. Mas também não tinha que estar, estava lá uma funcionária para tratar de tudo.
 Através do telefone, com a funcionária municipal, tentei tudo para que se ultrapassasse aquele caso pontual de não haver luz para iluminar as pautas. Tentámos que mudassem o palco para onde havia mais luz. Mas houve má vontade. A única falha, se posso falar assim, foi a falta de luz para as pautas. Houve má vontade, posso garantir!" –extracto do depoimento que pedi a Joaquim Correia, técnico da Casa Municipal da Cultura, da Câmara Municipal de Coimbra, e visado num texto aqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

NEM QUERO ACREDITAR NO QUE ACABO DE LER.
O ESCLARECIMENTO DO DR. JOAQUIM CORREIA, É DE FACTO ALGO CONTRADITÓRIO. ENTÃO VEJAMOS:
O DR. JOAQUIM CORREIA, TEM DIFICULDADE EM PERCEBER QUE O PROBLEMA NÃO SE RESOLVIA COM O AFASTAMENTO DO PALCO.ISTO PORQUE,NÃO ERA ESSE O PROBLEMA.O PROBLEMA ERA E FOI A FALTA DE LIGAÇÃO EM SE OBTER ENERGIA ELÉCTRICA PARA AS PAUTAS E SOM. ORA PENSAVA EU QUE O DR. TERIA PERCEBIDO A QUESTÃO, MAS LAMENTÁ-VELMENTE VERIFICA-SE QUE NÃO.
DIGA-NOS A RAZÃO PELA QUAL, A SUA COLEGA LHE TELEFONOU E QUAL A RESPOSTA QUE O DR.LHE DEU PELO CELULAR?
SABE, EU SEI A RESPOSTA.
O PROBLEMA AQUI, NÃO É CONTRA NINGUÉM, O PROBLEMA É,NEM O DR. NEM A SRª VEREADORA ASSUMIREM QUE DE FACTO EXISTIU ERRO.
SE EXISTIA PONTOS COM ENERGIA ELÉCTRICA, A SUA COLEGA NÃO O DEVERIA SABER,OU MESMO O DR.APÓS O CONTACTO. SE SABIA PORQUE NÃO A INFORMOU?
MAIS. NA PUBLICIDADE DISTRIBUIDA PELOS HOTÉIS O UNICO LOGOTIPO EXISTENTE É DA C.M.C..LOGO A ORGANIZAÇÃO FOI DA C.M.C. (Cultura) E NÃO DO GRUPO DE CORDAS.
OLHE DR.ISTO SE FOSSE A SÉRIO E PARA ESCLARECER A OPINIÃO PÚBLICA, DADAS AS NOTICIAS, DEVERIA A SRªVEREADORA MANDAR INSTAURAR UM INQUÉRITO E RESPONSABILIZAR QUEM DE DIREITO. COM ISTO SÓ PERDE COIMBRA O QUE SE LAMENTA.
ACABO COM ESTA QUESTÃO DE UMA VEZ POR TODAS, MAS GOSTARIA TAMBÉM DE SABER O QUE O GRUPO DE CORDAS TEM A DIZER, PORQUE TAMBÉM É VISADO.
O ESCLARECIMENTO DO DR. É UM AUTÊNTICO "COZIDO Á PORTUGUESA".
AO ADMINISTRADOR DESTE BLOG,TEMOS AGRADECER O SEU EMPENHAMENTO SOBRE ESTA QUESTÃO.
Alex Frota...

Paulo Jorge disse...

Gostei muito do post “HÁ COISAS DO CAMANO...” do dia 14 de Junho, cheio de humor e crítica a uma notícia do Diário de Coimbra. É uma situação embaraçosa, e que não devia ter ocorrido.

O que me leva a comentar essa notícia foi o conjunto de comentários fora de proporção, desencadeados entretanto, que pelo que me parece, cheios de segundas intenções.

Eu não sei se o Sr. Anónimo pertence ao Grupo de Cordas, se pertence à câmara, ou a algum partido político, ou se é um simples cidadão que está por dentro dos meandros da cultura em Coimbra, visto saber tantos pormenores e conversas particulares entre telemóveis (a não ser que tenha colocado umas escutas, tão em moda ultimamente :) ).

Pelo que me parece ambos os lados serão culpados da situação. Por um lado a câmara apenas providenciou dois pontos de electricidade, para todo o grupo. (Acho que depois o resto da instalação eléctrica teria de ser complementada usando a tecnologias de ponta como triplas e extensões) Quanto à mudança do palco, segundo entendi, seria para uma zona com mais luz, de modo a que conseguissem ver as pautas. (Que ao fim ao cabo seria o problema)

Por outro lado o próprio grupo também teve culpa, visto que não preparou a sua actuação devidamente. Segundo li, não é o primeiro grupo que actua no mesmo espaço, e nunca houve problemas. Se eles tivessem ido ao local antecipadamente e indagado das condições eléctricas, poderiam preparar a melhor solução para que a actuação corresse sem problemas. (nem que para isso tivessem de usar as lanternas frontais dos mineiros). Em relação à mudança do palco, não sei se resolveria ou não, mas acho que valeria a pena tentar…

Acho também que o Sr. Anónimo se deve esquecer que o técnico deve ter família, e ao domingo é muito natural que queira estar no Sofá, visto que o acompanhamento do evento estava a ser feito por outro funcionário da câmara. Senão todos os funcionários da cultura da câmara teriam estar presentes.

Finalmente, concordo com o Sr. Anónimo quando diz duas coisas:
- Que a Sra. Vereadora deverá instaurar um inquérito para apurar os factos não para apurar um responsável, mas sim para que esta situação não volte a acontecer. Até porque o responsável máximo por esta situação é a própria Sra. Vereadora.
- Que gostaria de saber a opinião dos responsáveis do Grupo de Cordas.

Marta Teixeira disse...

Tenho frequentado bastantes eventos patrocinados pela CMC. Em quase todos está presente o Dr. Joaquim Correia que revela sempre grande profissionalismo e correcção. Espanta-me este ataque pessoal de alguém que nem a honradez tem de se apresentar com o próprio nome. É fácil e cobarde denegrir alguém anonimamente e à distância. Pena é que o façam com alguém que é competente e um dinamizador da cultura na cidade de Coimbra...