sexta-feira, 31 de julho de 2009

UMA NOITE BRANCA




É uma cálida noite de verão,
no centro da cidade comercial,
“Noite Branca”, pois então,
ratificou a APBC no jornal,
os comerciantes disseram não,
já é hábito, nem parece mal,
nem se sabe porquê a admiração;
Houve marchas e gente a cantar,
a rasgar o silêncio da rua vazia,
tantos citadinos vieram apreciar,
um deles, disse, nem sequer sabia,
que o centro histórico era de sonhar,
esta noite branca, ou negra, sentia,
que à Baixa esquecida é preciso voltar;
“Que pena as lojas estarem fechadas”,
clama triste, o passante, a enfatizar,
“sem adesão, são pérolas a porcos destinadas,
tanto esforço, um presente, que se está a dar
a quem pouco merece, mal-empregadas,
já se entende porque está a Baixa ao deus-calhar”,
lamenta triste o homem em frases desbragadas.

1 comentário:

Vítor Ramalho disse...

Tanto quando me apercebi, até não correu nada mal.
Mudar de mentalidades e continuar a lutar é de certeza correcto.