quinta-feira, 23 de julho de 2009

SOLIDARIEDADE PARA UM CANDIDATO PRETERIDO






Segundo o Diário de Coimbra (DC) de hoje, em título, “Castanheira Barros exige ser deputado por Coimbra”.
Continuando a citar o DC, “Castanheira Barros manifestou ontem publicamente “desagrado” por não fazer parte da lista de 25 elementos candidatos a deputados pelo distrito de Coimbra. “Foi com surpresa que verifiquei que a lista não incluía o meu nome, pois sempre esperei que o doutor Pedro Machado o propusesse”.
“O advogado exige mesmo “o 2º lugar na lista de candidatos”. A reivindicação não chega ao lugar de cabeça-de-lista apenas porque Paulo Mota Pinto “é vice-presidente e é tradição ser a Comissão Política Nacional a indicar todos os cabeça-de-lista”. “Não reconheço que o doutor Paulo Mota Pinto tenha feito mais pelo partido que eu”, acrescentou.”
“Castanheira Barros considera que merecia um lugar de destaque na lista, uma vez que desenvolveu “larga acção” ao longo da legislatura que agora termina. O advogado fez-se acompanhar por seis dossiers que ilustram alguns dos temas quentes onde teve uma palavra a dizer, como, por exemplo, a luta contra a co-incineração de resíduos perigosos, o caso Freeport, Metro do Mondego, encerramentos de maternidades, “as contradições do Governo Sócrates e respectiva política ambiental”, entre outros.”
Continuando a citar o DC, “Desafio os 25 candidatos meus companheiros de partido, e pessoas que muito prezo, a demonstrarem que superaram a oposição que exerci a José Sócrates, ao seu Governo e ao Partido Socialista”, incitou o advogado de 57 anos, que considera que “não faz sentido esperar até aos 61 para ser deputado”, extracto retirado do DC de hoje.
Antes de mais, colega –permita-me tratá-lo assim, porque estamos imbuídos da mesma infelicidade-, só não estou siderado pelo abandono a que foi votado pelo partido porque eu, palavra de honra, estou pior. Acredite o colega que eu, que já dei porrada em todos os partidos, desde a direita à esquerda, já me envolvi –como quem diz, eu a falar sozinho- em lutas várias, cá na terrinha, contra todas as cores políticas. E, veja lá! Nenhum dos partidos me convidou para deputado. Já viu esta falta de reconhecimento? Como vê, o colega, só tem a dizer mal do PSD, eu, pelo abandono de todas as cores partidárias, estou muito pior.
Mas há mais: o colega é advogado, que, mesmo com a grande concorrência que atravessa a sua classe, apesar de tudo, calculo, lá vai vivendo. Agora, repare em mim, eu sou um pobre comerciante, quase falido. Desses de rua, que já merecem menos respeito que os indigentes. Sim! É verdade. Menos respeito, saberá o colega porquê? Porque aos olhos da maioria qualquer comerciante, que depois de virado ao contrário não deixa cair uma moedita de um euro, continua a ser acompanhado do anátema de “grande capitalista”, está a ver o colega? Vale mais desistir da actividade e ir para a rua pedir! Estou certo ou estou errado? Somos uma espécie de viscondes na transição da monarquia para a República, em 1910. Está ver, o colega? “Viviam” apenas do título e do estatuto.
Numa coisa estamos quase iguais: eu tenho 52 anos. Diga-me, não é a idade ideal para ir para o Parlamento defender a Nação? Claro que é. Mas esta gente dos partidos, que só querem para eles, não querem dividir connosco umas migalhitas. Egoístas de uma figa! É o que eles são. Palavra, pela alminha da minha avozinha que me dá cá uma gana…ai se os apanho!...
Como eu o compreendo, colega. Olhe lá, e se nós fundássemos um partido político? Poderia ser, por exemplo, o PDDB, Partido dos Descontentes com a Distribuição de Benesses. O colega seria o secretário-geral, por inerência, o futuro primeiro-ministro da nação, eu o presidente do partido. Tratava dos “negócios” com a classe económica…está ver?

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