terça-feira, 14 de julho de 2009

O HINO DO CANDIDATO





Falar de Luís Cortês, para mim, é fácil. É um artista na verdadeira acepção da palavra. Compõe um poema e musica-o com a mesma facilidade com que eu bebo um café. Faz-nos pensar a todos, e basta ver o recente programa da TVI, com Herman José, “Nasci P'ra Cantar”, como este país, de uma ponta à outra, está cheio de talentos. É uma displicência atroz, uma dor de alma, ver pessoas como o Luís Cortês que, tanto poderiam dar à sociedade, perdidos nas grandes cidades, num qualquer canto obscuro, a mendigar uma moeda, dando-nos em troca rios de talento, mas que, a maioria de nós, presos nas entrelinhas das preocupações, e habituados a só dar valor ao que vem embrulhado em laços de marketing, pura e simplesmente, a raiar o escândalo, não ligamos e desperdiçamos estas pessoas de elevado valor artístico.
Hoje, ao passar no Largo das Olarias, tendo ao lado a banca de recolha de assinaturas do candidato à Câmara Municipal de Coimbra, Horácio Pina Prata, fui surpreendido pela música e letra do Luís Cortês. Não fui o único a ficar embasbacado. Para além de outras pessoas que pararam, fotografaram e gravaram, através do telemóvel, também Pina Prata ficou estático perante o espectáculo do músico.
Segundo declarações de Luís Cortês, “como tenho facilidade em compor, fiz esta composição mesmo agora”, enfatiza o músico com a maior das naturalidades. Infelizmente para ele, por ser invisual, não viu a cara de “basbaque” que era transversal a todos os presentes.

“Vamos lá ó minha gente,
ajudar o Pina Prata,
se assim não for, não fico contente,
assinem que ele não vos mata;

Candidato independente,
homem de grande valor,
assinem ó minha gente,
façam lá esse favor;

Engenheiro Pina Prata,
homem de bom coração,
se ele vos pedir assinem,
ó povo, não digam não!

Eu prometi que deixava
a minha assinatura consigo,
Pina Prata, obrigado,
para mudar Coimbra, acho, chegou a altura.”

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