(OS NOVOS CANDIDATOS DO PARTIDO SOCIALISTA À CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA, RESPECTIVAMENTE, ÁLVARO MAIA SÊCO E HELENA FREITAS -as fotos foram surripiadas aqui ao lado, no blogue "O sexo e a cidade")
Ontem de manhã, eram p’ra aí sete e picos, tocou o meu telemóvel. Eu, que até me tinha deitado tarde, não gostei nada da brincadeira, meio ensonado, a praguejar, mal carreguei na tecla verde do meu instrumento, passei logo ao ataque: olhe lá, ó seu mostrengo, são horas para telefonar ao domingo?
Do outro lado, era um a voz já minha conhecida. “ó pá, desculpa lá, acordar-te tão cedo, mas é uma questão de Estado. Hoje, como sabes vai haver uma reunião no Hotel D. Luís, e esta rambóia tem de ficar resolvida. Como falámos há dias, e tu declinaste o convite, queria-te pedir um grande favor, ó Luís. Quem é que tu achas que devem ser os candidato à câmara e à assembleia municipal?”
Bolas, até fiquei sem ar, palavra de honra, era o “meu-primeiro” a pedir-me um conselho. Claro que já devia estar habituado. Ultimamente não faz outra vida. A verdade, tenho de confessar, é que fico nervoso, fico assim com uma espécie de nervoso miudinho, não sei se estão a ver a coisa. Pronto!, mas, passados segundos, já depois de refeito. Disse: ó “Zé”, tens razão, tens de pôr ordem nisto. Começa a ser uma vergonha. Isto é uma bagunça. Ora bem, deixa-me pensar!...Já sei! Para o executivo, convidas o Maia Seco e para a assembleia convidas a Helena Freitas.
-O Coronel, o velhote? –interroga-me o “Zé.
-Não, pá, o filho, o presidente da Metro Mondego. É um gajo novo, desempenado, seco de carnes –a legitimar o sobrenome-, bem parecido. Se reparares, tem ares do “Boss”, o Springsten. O maralhal feminino, vai gostar dele…
-Achas que o pessoal aí da Baixa vai gostar dele?
-ó pá, eu acho que sim. Para já não tem mácula. No Metro Mondego, até agora, não fez grande coisa, mas gosto dele…se é isso que queres saber. Gosto daquele ar que ele tem de desenrascado. Parece um canalizador…”tás” a ver?...
-Ó pá…mas isso é mau! Não o poderão ligar ao canalizador polaco…das terras do Asterix?
-Não. Nada disso. Tem ares de canalizador, mas português, aquele dos mil-e-um-serviços, que põe a mão a tudo…
-Ah…ainda bem…que alívio! E a Helena, por que a referiste?
-olha, meu, é aquele arzinho de Santa Maria Adelaide. Gosto dela, pronto. Tem ar de boazinha…
-Ó pá, mas nós precisamos de alguém que dê ideia de aguerrido…achas mesmo que a Helena?...
-Claro, pá! Não esqueças que ela saiu em ruptura com o Encarnação…por causa do ambiente…
-O que é que tinha o ambiente na câmara? Não era bom?...
-Não é isso, Zé, ela era a provedora. Debaixo daquele arzinho de santidade, que parece que não faz mal a uma mosca, está uma lutadora. Vai por mim…
-Ó pá, a falares assim, até parece que os conheces. Nesse caso, não vou hesitar. Vou já telefonar ao Baptista…já devia ter falado há mais tempo contigo. Ó pá, já agora, pedia-te um favor, não faças uso desta conversa, pelo menos hoje. Se escreveres qualquer coisa lá no teu blogue –como é que se chama?...ah…já sei!...Ilusões Nacionais-, fá-lo só amanhã, depois de ser anunciado na imprensa.
-Fica descansado, ó Zé, assim farei. Cumprimentos à Fernanda…abraço.
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