Nesta última noite, de sábado para domingo, com uma pedra de relativa dimensão, energúmenos, partiram um vidro na porta principal da “Casa Confiança”, na Praça do Comércio, mesmo em frente à Igreja de São Tiago, e, à vontade, entraram no estabelecimento de artigos para o lar.
Segundo a Dona "São", proprietária do estabelecimento, para além dos danos materiais, que são avultados, foram roubados 4 rolos de alcatifa, com valor aproximado de cerca de 1500 euros.
Este estabelecimento com várias décadas, a raiar quase um século de existência, como outros, sem quaisquer grades de protecção, continua a desafiar uma lei de segurança que não se compadece com estas vulnerabilidades. É preciso, de uma vez por todas, os comerciantes tomarem consciência de que estão entregues à sua sorte. O tempo de ter as montras resplandecentes, descurando a segurança, passou à história. Os tempos do senhor Abílio, o velho fundador da “Casa Confiança”, tal como ele, que já não está entre nós, passaram. Se não se levar em conta esta premissa, os larápios estarão à vontade e, para além da crise económica, sem grande esforço, contribuirão para o desaparecimento, a falência e a penúria, destas velhas lojas do comércio tradicional.
O problema é, igualmente, tal como também neste caso em concreto, a insuficiência financeira dos pequenos comerciantes. Quando falo na necessidade de serem colocadas grades de protecção, com ar de desânimo, numa voz carregada de frustração mas firme, replica dona "São". "não vamos fazer isso. Não temos dinheiro para estas obras. Tomáramos arranjar para pagar aos funcionários. A polícia é que tem obrigação de zelar pela segurança -disseram-me que ao fim-de-semana há apenas quatro agentes de serviço para toda a cidade. Temos de nos juntar todos e ir à câmara municipal exigir a segurança a que temos direito", enfatiza a proprietária do estabelecimento assaltado.
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