terça-feira, 14 de julho de 2009
A NOVA MODA DOS MEDIADORES MUNICIPAIS
A notícia vinha num cantinho, bem arrumadinho, no Diário as Beiras de hoje: “Coimbra vai ser o primeiro município a dispor de um Mediador Municipal para as comunidades ciganas. O anúncio foi feito pelo vereador Gouveia Monteiro e resulta da aprovação de uma candidatura por parte do Alto Comissariado para a Migração e Minorias Étnicas”.
Sinceramente, quanto a mim, esta medida é tão disparatada que se só pode entender mesmo em tempo de eleições para mostrar que se gosta muito dos ciganos.
Num país como Portugal, sem grandes conflitos regionais, em que as minorias são minudências no universo nacional, e em que naturalmente se deve continuar a defender a unicidade em torno do cumprimento da Constituição, uma medida destas é criar pequenas pontes de desvalorização no obrigatório preenchimento legal, através da mediação “ad infinitum” dos seus agora “Mediadores Municipais”. É resvalar para a descriminação positiva numa forma escandalosa e “trambiqueira”. Aliás, um precedente perigoso. Quais serão os que virão a seguir? Os dos chineses? Dos Russos? De todos os países Lusófonos, para mostrar que se gosta muito dos pretinhos, coitadinhos?
Há uma parte bastante significativa da nossa classe política partidária que delira em apresentar pequenas medidas que, na prática, não resolvem nada, antes pelo contrário. Muito gostam eles de se armarem em protectores das minorias desvalorizadas e ofendidas. Deveriam saber que uma das formas mais indignas de descriminação, se se pretender avocar a irresponsabilidade de uma etnia ou povo, é utilizar a descriminação positiva, como uma espécie de “caridadezinha” na compreensão da sua cultura. Aliás, embrulhada em complexo de superioridade para disfarçar a culpa passada ou presente pela incapacidade em conseguir gerir os conflitos.
Enfim, uma tristeza, digo eu!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário