segunda-feira, 20 de julho de 2009
O BAPTISMO DE JOANA
Era um dia de Julho acalentador,
em que até um anjo se protegia,
ai Joana, que se sentia, tanto calor,
na Igreja dos Olivais, tanta alegria,
nos teus protectores, tanto amor;
Teu pai, João, ria, estava contente,
Graça, tua mãe, sorria, esfuziante,
teus avós, ternos, a alma não mente,
vaidosos, achavam tudo interessante,
dia especial para o mais novo parente;
Tu, Joana, estavas alheia, sem sentir,
ora, calma, parecias não te importar,
displicentemente, continuavas a dormir,
sem música, sem necessidade de embalar,
gozando, em sono profundo, parecias sorrir;
O Padre, em sinal na testa, bem te acordava,
convidava a oração, em gesto, na pia baptismal,
teu tio “Manel”, no silêncio do templo, pensava,
voltar um dia, de vez, a esta terra, a este Portugal;
A festa foi no subúrbio, naquela casa velhinha,
em terra de Santo, homem paciente, Martinho,
agora, depois de uma plástica, está toda pintadinha,
em tão boa companhia, bem regada com tintinho,
ai que bonito que foi, Joana, foi mesmo uma gracinha;
Agora, espero outra festa, que não seja o teu casamento,
já tenho saudades de ontem, da chanfana e do leitão,
faz depressa anos, Joana, para viveres a mocidade,
e obrigar o teu pai pagar qualquer coisa, pois então,
caso contrário, “coça para dentro”, com grande vontade.
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