Em Agosto do ano passado falei dele aqui no blogue. Chama-se Luís Cortês, mas eu “baptizei-o” de “Romântico rouxinol cantante”. Costuma estar ao lado da Loja do Cidadão.
De voz forte, sempre acompanhado com o seu pequeno órgão, o Luís, que é invisual, para além de cantar êxitos de Tony Carreira, Roberto Carlos, Jorge Palma, ou as canções brejeiras de Quim Barreiros, têm um cardápio enorme de canções, letradas e musicadas, saídas da sua criação de artista autodidacta.
O Cortês, infelizmente, para além da sua enorme limitação visual, tem o antebraço esquerdo decepado, “resultado de uma queda de um andar com a altura de 18 metros. Foi por causa de uma mulher. Andava muito deprimido”, explica-me no intervalo de um solo de Jorge Palma, no “Encosta-te a mim”.
Já o ouviu? Se não, quando passar no Largo das Olarias, páre um pouco e ouça os sons de harmonia entre a música e a voz do Luís Cortês.
…Ah!, é verdade! Já agora, seja generoso, dê uma moeda ao artista. Ele, através deste trabalho, vive disto. Pode crer que, pela sua infelicidade, a sorte é nossa em termos um artista assim a praticamente custo zero.
2 comentários:
Boa noite
Já tenho reparado no rapaz que canta e toca órgão, não sabia que era invisual, só me tinha apercebido que não tinha um braço. No último dia que fui à baixa,sexta feira ,ele estava no largo do Saul Morgado, mas normalmente está junto à Loja do Cidadão. Nesse dia fui de propósito dar uma volta pela Calçada ver se via a Patrícia com o acordeão mas não estava, mas reparei na tremoceira sentada no muro no inicio da Rua Visconde da Luz, quando à noite me sentei ao meu computador e fiz uma visita ao seu Blogs dei de caras com o texto que escreveu sobre essa senhora.
Continuação
A Casa das Bonecas, fui lá nesse mesmo dia mandar afiar uma tesoura.
Depois que leio os seus textos tenho ido mais vezes à Baixa e procuro reparar em coisas que me passavam despercebidas, deixo o carro no estacionamento da Loja do Cidadão e dou uma volta, apesar de estar a par mais ou menos de tudo que se passa na nossa cidade, porque sou assinante de o jornal" AS BEIRAS", à sempre situações que só tomamos consciência delas quando as vemos de perto.Por hoje fico por aqui, mas volto quando for oportuno.
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