sexta-feira, 13 de março de 2009
HOJE É SEXTA-FEIRA TREZE
Eu não sou supersticioso,
nem sequer vou em cantigas,
chego a ser muito amoroso,
trabalho como as formigas,
às vezes sou meio manhoso;
Já li o livro de São Cipriano,
de trás para a frente e de lado,
preguei dez ferraduras num ano,
continuo liso e desajeitado,
a minha sorte é o desengano;
Dizem que quem não tem amor,
no jogo consegue ganhar,
mas se eu não sou jogador,
nem na mesa nem a amar,
como vou ser ganhador?;
Já comprei uma galinha,
de cor preta tão retinta,
só me falta uma santinha,
uma oração, uma finta,
para ter uma queridinha;
Já mandei ler o cobranto,
numa velha com ventura,
disse que não sou santo,
que isto era uma tortura,
o que me falta é encanto;
Já fui a uma bruxa marada,
para me tirar o encosto,
disse que não era nada,
eu precisava de um posto,
ou então de uma fada;
Encontrei uma cigana,
parecia uma guitarra,
pedi para me ler a sina,
era meia desajeitada,
como era linda a menina;
A sorte é como o destino,
dois pratos, uma balança,
a pender para o desatino,
à procura duma esperança,
num sorriso de menino.
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