Veio da Estónia e chama-se Rain (chuva). Toca clarinete como ninguém. Exibia-se na Rua Visconde da Luz hoje às 14,30. É um passageiro da chuva (fazendo analogia com o nome), e anda por toda a Europa. Passou por Itália, por Espanha e chegou há pouco a Portugal. Ainda não conhece bem, diz-me, mas parece ser gente simpática e generosa –pela quantidade de moedas que tem na caixa, devem ser mesmo, embora a razão principal desta generosidade é a sua arte de exímio executante.
Num sábado à tarde de sol radioso, em que se contam pelos dedos das mãos as lojas abertas, o Rain, para ganhar uns cobres, espalha a sua música pela Baixa, mesmo que os comerciantes, de lojas encerradas, se marimbem e alhêem para a sua arte.
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