quinta-feira, 19 de março de 2009
O ARTISTA DE HOJE...NA BAIXA
A Patrícia hoje à hora do almoço tocava animadamente em frente ao Chiado. Já o escrevi aqui, e não me canso, é um gosto ouvi-la. Com as suas valsas francesas bem “esticadas” até ao infinito, ficamos para ali, como hipnotizados, a olhar a sua performance. Parece que as melodias saídas da sua concertina entram directamente na nossa alma. Quando nos afastamos, porque a nossa vida não é só feita destas pequenas paragens, aquela música encantada, como ressaca, continua na nossa mente e damos por nós a trauteá-la ou a assobiá-la durante largos minutos. Acreditem que estou a ser sincero.
Hoje a Patrícia estava muito contente. Com aquela carinha doce, de santa –ou de diabinha-, foi-me dizendo que, como já não tocava na calçada há vários dias, as pessoas dirigiam-se-lhe e, em palavras de saudade, perguntavam-lhe como estava. “Está bem? Por onde tem andado? Faz muita falta aqui”, repetia-me a Patrícia envolvida na descrição do calor humano emanado das pessoas que passavam na rua. Para além disso, continua, “são excepcionalmente generosas. Que bom! Que bem me sinto aqui. Parece que estou entre família”…
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