sexta-feira, 20 de março de 2009

EM NOME DO PAI...




A carta deu à luz com um dia de atraso. Se foi ontem o dia do pai, a meu ver, deveria ter saído ontem no jornal. Mas pronto, saiu hoje no Diário de Coimbra com o título “Três em um”. Refiro-me ao texto de Nuno Encarnação, vice-presidente da Distrital do PSD de Coimbra. Mas, acima de tudo, e quanto a mim, esta carta a atacar e direccionada sobre o actual Governador Civil, Henrique Fernandes (HF), é como se fosse o pai a escrevê-la, o actual presidente da autarquia, Carlos da Encarnação.
Bom, poderá dizer-se, mas o benjamim Encarnação está a fazer o trabalho que lhe compete, enquanto vice da Distrital de Coimbra, na luta política. Será? Seria se Henrique Fernandes fosse já candidato anunciado pelo Partido Socialista. Acontece que (ainda) não é. Segundo o “Campeão das Províncias” –de candeias às avessas com o presidente da Câmara-, diz que camaradas do actual representante do governo no Distrito disseram que ele disse que não era candidato ao paço da 8 de Maio. Mas diz também que Henrique, actual líder concelhio do PS/Coimbra, disse ter negado a hipótese de não ser o candidato do partido rosa à autarquia. “a seu tempo, a seu tempo, desde que cada dirigente partidário faça aquilo que lhe compete”, afirma Henrique ao “Campeão”.
Ora, a ser assim, Fernandes –que não é da minha família, mas poderia ser, tenho de confessar que tenho alguma estima por ele- é candidato a candidato. Logo, este ataque cerrado do filho do pai Encarnação é, quanto a mim, desproporcionado.
Aquela analogia a “O estranho caso de Benjamim Button” –um bom filme, que aconselho a todos, muito bem interpretado por Brad Pitt-, penso que também não foi feliz. Quando diz que, tal como Pitt, o personagem HF nasce velho e ao longo da vida se torna um bebé. O Governador Civil tem o aspecto da idade que tem mesmo. Cara de bebé? Não. Nem de imaturo. Posso afirmá-lo, pois ainda hoje nos encontrámos no mesmo café a tomar a bica. Está até muito bem. Um cinquentão todo bem parecido. Como estava acompanhado da mulher, reparei como ela, vigilante como farol, mirava tudo em redor, não fosse alguma garina mais atrevida fazer-lhe olhinhos.
Portanto, e ainda rebatendo a carta do jovem Encarnação, se HF estivesse um bebé, como afirma, estaria acompanhado pela mãe e não pela esposa.

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