sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O RUI NÓBREGA RECEBEU UM CHEQUE






 No dia 8 de Agosto escrevi aqui que, um escultor que, embora esteja radicado no Largo da Conchada, é muito acarinhado por todos os residentes e comerciantes da Baixa, o Rui Nóbrega tinha sido convidado para participar na Exposição Internacional das Artes, entre 20 de Setembro e 20 de Outubro, na Corunha, em Espanha, para representar a nossa região centro.
O problema é que, como artista ganha pouco e não tem dinheiro, o Rui, no bom “desenrascar português”, em Julho passado, montou estaleiro na Rua Ferreira Borges, e a trabalhar ao vivo, foi angariando uns trocos. Devido à crise “a coisa tem sido muito complicada. Embora, diga-se em abono da verdade, desde que saiu a notícia no Diário de Coimbra, passei a ser mais reconhecido, e até veio aqui ter comigo um comerciante a oferecer-se para o que eu precisasse. Isto, no caso, se me faltasse algum dinheiro”, dizia-me há uma semana o Nóbrega.
Hoje o Rui estava muito feliz. Então a que se deve essa alegria toda? Interroguei. “Sabes lá! Na Quarta-feira, o presidente da Associação dos Moradores do Bairro da Rosa (AMBR), José Braga e um amigo, o Manuel Moreira, vieram aqui entregar-me pessoalmente um cheque de 500 euros. Parece-me que esta verba tinha sido oferecida à AMBR, pelo pelouro da cultura da Câmara Municipal de Coimbra, para a associação comprar equipamentos mas como ficava muito aquém do necessário, entenderam que podiam esperar mais algum tempo e, como leram a notícia, foram ter com o Mário Nunes, vereador da cultura da autarquia, e, como este ficasse radiante e até sensibilizado com a ideia, vieram então entregar-me o cheque. Estou muito contente, pá! Não tenho palavras para este gesto. Na Quarta-feira vou partir para Espanha. Já me sinto muito mais aconchegado”, diz-me o Rui Nóbrega, ao mesmo tempo que me embrulha num abraço efusivo.
Ficava bem ouvir o Vereador da Cultura, Mário Nunes, e foi o que fiz: “eles, direcção da AMBR, previamente, vieram ter comigo a dar-me conhecimento. Eu achei uma acção sublime. Felizmente que ainda há bons samaritanos. Mas, pelo altruísmo, pelo desprendimento, como ainda me sobram uns “eurinhos”, vou compensá-los. Foi um gesto sublime. Ai isso foi!”, repete, com ênfase, Mário Nunes.

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