segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A BAIXA A CAIR AOS BOCADOS



Ontem à tarde, na Rua da Moeda, num prédio decrépito, lá caiu um ferro de suporte das caleiras. Segundo Paulo Alexandre, um morador da rua, “no estado em que está o edifício, há muito que era previsível. Foi uma sorte ser Domingo, com pouca gente a passar na rua. Se caísse em cima de alguém, de certeza absoluta, se lhe acertasse na cabeça, mandava-a para os anjinhos. Deve ser a Rainha Santa que anda a velar por nós. Só pode!”. Enfatiza aquele morador.
Segundo consegui saber, o edifício é de um conceituado comerciante aqui da Baixa. Sei também que as rendas praticadas no edifício são muito baixas. Uma delas, num andar em que a inquilina faleceu há pouco tempo, é de 3 euros. Eu repito, por extenso, para o caso de não ter percebido: TRÊS EUROS.

1 comentário:

Jorge Neves disse...

Em mais uma das minhas reflexões de fim do dia enquanto desfruto da paisagem em frente a janela da minha casa e me refresco com um sumo de laranja natural, penso e repenso como melhorar a qualidade de vida das pessoas e potenciar todos os recursos humanos e materiais que a Baixinha de Coimbra tem e concluí que para atrair pessoas ao centro histórico da cidade, passará por preparar um conjunto de actividades de animação, apelando à cooperação da sociedade civil. Os estudantes universitários têm de ser um alvo da atenção dos autarcas, para que vejam nas praças do município e principalmente das da Baixa um ponto de encontro.
E porque não aproveitar os meses de calor para recriar, entre outros eventos, algumas festas e feiras na cidade ou mesmo um desfile de oferendas, criando diversos cartazes turísticos que, a prazo, possam ajudar à projecção das zonas históricas, do ponto de vista de realizações com um grau de popularidade acentuado.
Mas, com o objectivo de criar uma forte dinâmica de eventos, é necessário recuperar o conceito de comissão de festas, apelando a que a sociedade participe em massa na organização de uma ampla programação.
Convite aos universitários.
Seria uma excelente ideia tornar as praças do centro histórico da Baixinha no ponto de encontro dos milhares de estudantes universitários que dão vida à nossa cidade e que actualmente se dispersam e não se vêem. Nesse sentido, seria de bom aprazimento convidar os estudantes a virem até ao centro da cidade, para associarem-se com os colegas e a população, de modo a que se crie o hábito de frequentar as zonas da Baixa da cidade.
Contudo, para que esta animação do centro histórico seja possível o comércio terá que adquirir novos hábitos e adaptar-se à realidade actual. O comércio da Baixa da cidade pratica os mesmos horários de há 50 anos, mas tem que se habituar que quem manda é o consumidor, e que não se pode continuar a fechar às 19 horas.
Jorge Neves
Candidato Bloco Esquerda
Freguesia São Bartolomeu