É o Adelino Paixão, uma figura típica da nossa cidade. Já aqui falei dele. Vagueia pelas ruas da Baixa. Não faz mal a ninguém. Hoje, à hora do almoço, quando me avistou, como é costume, roga: “ó dotór…dás-me uma moeda?” Coloco-lhe na mão cinquenta cêntimos. Ele olha, e “oh…não chega! É para comprar uma sandes!”. Retiro outra moeda, agora de 1 euro. Coloco-lha na mão e tento retirar a de cinquenta cêntimos, mas, como mola automática, a mão fecha-se rapidamente e lá ficam as duas. Por entre um sorriso matreiro, o Adelino deve estar a pensar: “este gajo é mesmo parvo. Esta coisa de lhe chamar “dotór” funciona sempre”.
Ainda não satisfeito, o Paixão agora pede uma foto. “Dás-ma amanhã?”.
Ainda não satisfeito, o Paixão agora pede uma foto. “Dás-ma amanhã?”.
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