Segundo o Diário de Notícias, “O Parlamento Europeu reconduziu hoje, em Estrasburgo, José Manuel Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia por mais cinco anos, numa votação em que o ex-primeiro-ministro português teve 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções”.
Num momento tão feliz para os portugueses, em vez de eu responder como habitualmente, armado em comentador tipo “sabe tudo”, fui para a rua entrevistar alguns transeuntes conhecidos, e outros que nunca vi mais gordos, aqui na Baixa.
A todos formulei a mesma pergunta: Como português, como se sente neste momento de tão grande elevação histórica, em que mais uma vez Durão Barroso foi eleito presidente da Comissão Europeia?
A primeira pessoa que encontrei na rua, respondeu-me sob condição de anonimato: “estou muito feliz. Deus é grande –elevando as mãos em riste ao céu-, que o conserve lá em “Estrabucho”, ou lá como se diz, durante os próximos vinte anos”.
A segunda pessoa que tentei interrogar foi um maluquinho barbudo, com ar de sem abrigo, que andou hoje a dançar à volta de Paulo Portas na Rua Visconde da Luz. Quando lhe disse que dançava bem a “Valsa do Rendimento Social de Inserção”, ficou logo de pé atrás. “O que é que quer dizer com isso?”. Ao mesmo tempo que começava a crescer para mim. Eu, um bocado a titubear, com o nó da garganta a andar para cima e para baixo, lá lhe fui dizendo que nada…apenas dançava bem. Pareceu ficar convencido. “Pensava que me estava a ligar ao Paulo Portas. Eu com esse gajo não quero nada…ouviu?! Esse tipo, quer acabar com os pobres como eu…percebe? Quer acabar com o nosso “rendimentozinho”…percebe? Esse jumento de quatro patas…ai, se o visse, nem sei o que lhe fazia…percebe?”.
Fiquei-me por aqui. Fosca-se. Ser repórter de rua é complicado.
A terceira que encontrei e interroguei foi o Carlitos “popó”: “estou muito feliz por ele, sim. Escrevi-lhe há tempos para ver se me arranjava lá um lugarzito. Estou convencido que me vai responder. É muito amigo dos portugueses. Ai isso é! Portugal deve-lhe muito. Coitado, abandonar o governo por uns míseros 25 mil euros por mês. Já viu?! Só um estóico, com grande amor à Pátria, fazia um gesto destes. Se não fosse ele retirar-se, com grande sacrifício pessoal para Barcelos (Bruxelas), diga-se a propósito, estávamos muito pior. Ai isso estávamos. É um grande político…
Num momento tão feliz para os portugueses, em vez de eu responder como habitualmente, armado em comentador tipo “sabe tudo”, fui para a rua entrevistar alguns transeuntes conhecidos, e outros que nunca vi mais gordos, aqui na Baixa.
A todos formulei a mesma pergunta: Como português, como se sente neste momento de tão grande elevação histórica, em que mais uma vez Durão Barroso foi eleito presidente da Comissão Europeia?
A primeira pessoa que encontrei na rua, respondeu-me sob condição de anonimato: “estou muito feliz. Deus é grande –elevando as mãos em riste ao céu-, que o conserve lá em “Estrabucho”, ou lá como se diz, durante os próximos vinte anos”.
A segunda pessoa que tentei interrogar foi um maluquinho barbudo, com ar de sem abrigo, que andou hoje a dançar à volta de Paulo Portas na Rua Visconde da Luz. Quando lhe disse que dançava bem a “Valsa do Rendimento Social de Inserção”, ficou logo de pé atrás. “O que é que quer dizer com isso?”. Ao mesmo tempo que começava a crescer para mim. Eu, um bocado a titubear, com o nó da garganta a andar para cima e para baixo, lá lhe fui dizendo que nada…apenas dançava bem. Pareceu ficar convencido. “Pensava que me estava a ligar ao Paulo Portas. Eu com esse gajo não quero nada…ouviu?! Esse tipo, quer acabar com os pobres como eu…percebe? Quer acabar com o nosso “rendimentozinho”…percebe? Esse jumento de quatro patas…ai, se o visse, nem sei o que lhe fazia…percebe?”.
Fiquei-me por aqui. Fosca-se. Ser repórter de rua é complicado.
A terceira que encontrei e interroguei foi o Carlitos “popó”: “estou muito feliz por ele, sim. Escrevi-lhe há tempos para ver se me arranjava lá um lugarzito. Estou convencido que me vai responder. É muito amigo dos portugueses. Ai isso é! Portugal deve-lhe muito. Coitado, abandonar o governo por uns míseros 25 mil euros por mês. Já viu?! Só um estóico, com grande amor à Pátria, fazia um gesto destes. Se não fosse ele retirar-se, com grande sacrifício pessoal para Barcelos (Bruxelas), diga-se a propósito, estávamos muito pior. Ai isso estávamos. É um grande político…
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