terça-feira, 29 de setembro de 2009

O QUE É QUE OS PORTUGUESES ESPERAM DO GOVERNO?



Quem viu ontem os “Prós e Contras” na RTP1, certamente, como eu, ficou abismado com a postura dos quatro candidatos possíveis a uma coligação com o governo. Escrevo, obviamente, dos membros no painel, do CDS/PP, do PSD, do Bloco de Esquerda, e da CDU.
Perante a arrogância dos vencidos, sobretudo de Nuno Melo do CDS, no programa, deu para questionar o que pode o país esperar destes quatro partidos.
Em determinada altura parecia que quem tinha sido o vencedor deste pleito eleitoral teria sido uma destas quatro formações partidárias, que, como se sabe, ficaram atrás do PS. Augusto Santos Silva, representante do Partido Socialista, com grande assertividade, e classe, perante o auto-convencimento dos membros do debate, lá ia desvalorizando a ofensiva dos senhores aspirantes ao poder através da negociata de gabinete.
Com toda a franqueza, espero que José Sócrates saiba mesmo o que o país, num momento grave em que vivemos, espera dele. Era bom que, a bem do superior interesse da Nação, o PS se entenda com o PSD, que, no meu modesto entendimento, será o partido que mais se aproxima do programa do Partido Socialista.
Deu para ver, ontem, sobretudo nos pequenos partidos, CDS/PP, Bloco de Esquerda e CDU, que estas pequenas formações querem o poder a qualquer preço, ainda que queiram fazer entender o contrário. A prestação de Nuno Melo, no programa, foi simplesmente deprimente. Passando a metáfora um pouco infeliz, o homem parecia uma “prostituta” perante o adolescente cheio de apetite sexual a fazer render os seus atributos físicos. Não sei se quem me lê –se viu o programa- se se questionou o que queria este senhor representante de um partido que pode ser –ou não- uma hipótese de coligação.
Li em qualquer lado um articulista afirmar que os nossos partidos políticos, em Portugal, ainda estão na idade da pedra. Estão na política para se servirem e não para servirem o país. Ontem, ao assistir ao debate, senti isso exactamente. Faço votos que todos os partidos entendam a quota-parte de responsabilidade que lhes cabe num momento tão grave como vivemos.
Se se pensa que o povo é apenas uma massa abstracta que não pensa, não vê, não sente, que serve apenas para colocar o voto na urna, estão muito enganados. Ainda que pensem que não, apesar de já se saber o resultado eleitoral, todos os partidos continuam sobre observação. E da sua prestação no momento actual, no entendimento entre todos, sairá o seu futuro como dignos representantes do voto popular.
O país precisa de um entendimento parlamentar como de pão para a boca.
Que impere o bom senso, é o que se espera, em nome do povo…que somos todos.

1 comentário:

jorge neves disse...

Muito sinceramente se voltar a existir mais uma coligação PS / CDS-PP, ate meio do ano 2011 voltaremos a ter novas eleições.Vamos ter um Governo de comissionistas.