sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CAVACO SILVA, O "AGITADOR" DE TODOS OS PORTUGUESES




Depois de ler no “Sol online” de que Cavaco Silva mantém Fernando Lima a trabalhar em Belém, e depois da polémica à volta do seu nome em torno das escutas, pelos vistos, mantendo o presidente da República a confiança no seu ex-responsável pela comunicação, pergunto-me, para que serviu a sua transferência de serviço?
Depois da comunicação ao país, há cerca de um ano atrás, aquando do Estatuto dos Açores, e agora com esta destituição a escassos dias das eleições legislativas, bem pode o presidente ficar conhecido como o “agitador”. Para além de criar instabilidade num processo que se queria assertivo, com esta “mise en cene”, afinal o que quer o mais alto responsável pela nação?
Esta sua acção, inconcebível em período eleitoral, traz-me à memória, há poucos anos, quando fazia um exame na Faculdade de Direito, uma professora nomeada para fiscalizar a prova no auditório, antes de dar inicio ao teste, e durante meia-hora, criou um tal clima de instabilidade, com ameaças de expulsão a quem copiasse, que foi simplesmente indescritível. A mulher parecia histérica a verberar contra quem o viesse a fazer. Criou uma tal onda de estupefacção que só o silêncio caído naquele anfiteatro poderia tentar explicar, sem decifrar, o que pretenderia a fulana com aquele espectáculo surreal.
Ora, em analogia, é o que vejo nesta acção da Cavaco Silva. Não quero ser tão radical como Garcia Pereira que, perante este incompreensível acto, pede a demissão do Presidente da República, mas é gravíssimo. É de uma inabilidade que nem eu –que sou um nabo- faria tal atentado ao respeito e à assertividade que os eleitores merecem. Talvez esta acção nunca venha a ser completamente explicada, pelo menos, de modo a que os cidadãos entendam, mas esta intempestiva demissão do assessor gera muitas interrogações.
Afinal o que quereria o presidente? Beneficiar o Governo? Prejudicar Ferreira Leite? Ou o contrário? Ou estaria apenas interessado em recolher as suas mantas de uns pingos de chuva que, perante as nuvens negras que se aproximavam, lhe poderiam vir a cair em cima? São exactamente estas dúvidas que, como estigma, caem em cima do mais alto magistrado da nação, que embora não seja neutro (porque ninguém é), pelo menos, constitucionalmente, deveria manter uma equidistância necessária a todas as forças a sufrágio eleitoral.

1 comentário:

Jorge neves disse...

Vamos mudar o rumo da nossa história
Vamos apenas sonhar
Os dias felizes que poderemos vir a viver
E esquecer de vez o sofrimento que ainda aflora...

Vamos juntar os nossos votos
Vamos sair da solidão madrasta
Vamos seguir em frente
Caminhar pela mesma estrada...

Vamos driblar o nosso destino
Que teima em não nos deixar ser felizes
Vamos lutar contra tudo e contra todos
Vamos em frente, sem nunca desistir...

O destino fez nascer o Bloco de Esquerda
Chegou a hora da decisão
Já tanto tempo perdemos
Vamos definitivamente mudar o rumo de Portugal.

Ninguém pode roubar
O nosso direito de viver
A vida foi feita para o Homem
O Homem feito para a vida
Não adianta alguém querer impedir...

Já percebemos que não podemos ficar quietos
De que adianta querer contra a nossa força relutar?
Dá o teu voto . Vamos todos juntos mudar o rumo
Está na hora.