terça-feira, 1 de setembro de 2009
VAIS-TE EMBORA, Ó MÊS DE AGOSTO?
Encontrei o mês de Agosto,
malas-aviadas, ia de partida,
parecia um vinho mosto,
numa adega esquecida;
Tive pena do pobre mês,
naquela expressão de dor,
questionei-me quem lhe fez,
um tão grande mal de amor;
Era noite de Segunda-feira,
a lua iluminava com luar,
esperava Setembro, na eira,
vindimas que vão chegar;
Perguntei ao mês de Agosto,
porque estava em solidão,
disse que era um desgosto,
que levava para o caixão;
A pensar, intrigado fiquei,
sem encontrar explicação
qual seria a causa não sei,
Agosto era uma desolação;
Perguntei ao mês vizinho
o porquê de tal tensão,
disse muito devagarinho,
que era mal do coração;
E eu continuava na mesma,
na mesma interrogação,
quase parecia uma lesma
no “couval” do Zé João;
Este ano me despedi,
deste mês me recordei,
um amor que já esqueci,
e na areia-praia enterrei;
Mas afinal o que tem
o Agosto a lamentar,
a culpa a ser de alguém,
não vale a pena chorar;
Meses são ternos amores,
em esperança são amados,
são pavios em estertores,
sempre com fim anunciado.
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