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Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem ""ENTÃO COMO É QUE É?" -INTERROGAÇÃO EM FORMA DE CO...":
Este é um comentário anónimo, e como tal, se assim o entender, pelas regras do blogue, não o publique. Mas senti necessidade de o escrever e saber que alguém o lia. E principalmente, queria que alguém pudesse apontar soluções. Hoje, venho falar da ACIC.
Não gosto de apenas ler que irão vender património, ou arrendar, mas deviam-se apontar verdadeiras soluções para a continuidade da ACIC. Falta estratégia, e queria pensar que não é tarde de mais. Serviços dirigidos aos Associados. Afinal o básico é saber o que os empresários esperam de uma associação e o que estão dispostos a pagar por esses serviços. É altura da Associação reencontrar as suas origens num associativismo consideravelmente diferente do que tem sido praticado. O associativismo não é apresentar cursos de formação aos associados para obter uma percentagem de adesão elevada que proporcione a execução dos projectos e recebimentos dos subsídios. Não é ter um CNO –Centro de Novas Oportunidades. Não é ter 30 pessoas a trabalhar a tempo inteiro (há uns meses, claro), a maior parte sem nunca terem tido contacto com associados, e nem se aperceberem que trabalhavam numa associação empresarial. Os associados são a sua razão primordial de existência, deveriam ser acarinhados. São eles que irão garantir o futuro. E afinal o que tem feito a ACIC pelo tecido empresarial? Apenas iniciativas que lhe permitiram utilizar dinheiro público durante anos, sem se saber quais os resultados para o comércio, para a indústria.
Contudo, a ACIC também teve uma importante função na região centro. Desenvolveu projectos interessantes, talvez não aproveitados completamente. O URBCOM resultou muito bem em vilas de menor dimensão do que Coimbra. Na Baixa, infelizmente, não correu tão bem. Mas aí, também existe uma certa cultura de individualismo e do parecer acima do ser.
Já se escreveu sobre a incapacidade financeira da ACIC em assumir os seus compromissos, escreveu-se repetidamente que os funcionários têm salários em atraso (neste momento desde Janeiro). Escreveu-se que saíram diversos funcionários por rescisão ou suspensão. Como se depreende, se existem salários em atraso, o valor das dívidas a instituições de crédito, fornecedores, formadores é neste momento considerável. Por outro lado, não é habitual uma associação ter um nível tão elevado de recursos humanos. Associações sem o peso histórico da ACIC sobrevivem com meia dúzia de funcionários. E as que tinham de mais, como a AEP –Associação Empresarial de Portugal- também reduziram para metade.
A situação financeira resulta de uma incapacidade da ACIC em gerar receitas suficientes para suportar os seus elevados custos. Infelizmente, a ACIC comportou-se ao longo dos últimos 15 anos como o Estado português: gastou acima do que podia e foi acumulando dívida para a geração futura pagar. Enquanto existiram fundos comunitários foi possível utilizar essas verbas, quando faltou esse encaixe financeiro constatou-se o que há muito tempo se sabia.
As dívidas existem e têm de ser pagas. Mais do que apontar responsabilidades, que toda a gente sabe de quem são (ou pelo menos quem começou, porque a partir daí também ninguém fez nada – excepto o seu blogue onde vi referência a um determinado processo no ministério público que foi encerrado), interessa apontar um caminho a seguir. Mas o tempo poderá estar a esgotar-se para a ACIC.
Não gosto de apenas ler que irão vender património, ou arrendar, mas deviam-se apontar verdadeiras soluções para a continuidade da ACIC. Falta estratégia, e queria pensar que não é tarde de mais. Serviços dirigidos aos Associados. Afinal o básico é saber o que os empresários esperam de uma associação e o que estão dispostos a pagar por esses serviços. É altura da Associação reencontrar as suas origens num associativismo consideravelmente diferente do que tem sido praticado. O associativismo não é apresentar cursos de formação aos associados para obter uma percentagem de adesão elevada que proporcione a execução dos projectos e recebimentos dos subsídios. Não é ter um CNO –Centro de Novas Oportunidades. Não é ter 30 pessoas a trabalhar a tempo inteiro (há uns meses, claro), a maior parte sem nunca terem tido contacto com associados, e nem se aperceberem que trabalhavam numa associação empresarial. Os associados são a sua razão primordial de existência, deveriam ser acarinhados. São eles que irão garantir o futuro. E afinal o que tem feito a ACIC pelo tecido empresarial? Apenas iniciativas que lhe permitiram utilizar dinheiro público durante anos, sem se saber quais os resultados para o comércio, para a indústria.
Contudo, a ACIC também teve uma importante função na região centro. Desenvolveu projectos interessantes, talvez não aproveitados completamente. O URBCOM resultou muito bem em vilas de menor dimensão do que Coimbra. Na Baixa, infelizmente, não correu tão bem. Mas aí, também existe uma certa cultura de individualismo e do parecer acima do ser.
Já se escreveu sobre a incapacidade financeira da ACIC em assumir os seus compromissos, escreveu-se repetidamente que os funcionários têm salários em atraso (neste momento desde Janeiro). Escreveu-se que saíram diversos funcionários por rescisão ou suspensão. Como se depreende, se existem salários em atraso, o valor das dívidas a instituições de crédito, fornecedores, formadores é neste momento considerável. Por outro lado, não é habitual uma associação ter um nível tão elevado de recursos humanos. Associações sem o peso histórico da ACIC sobrevivem com meia dúzia de funcionários. E as que tinham de mais, como a AEP –Associação Empresarial de Portugal- também reduziram para metade.
A situação financeira resulta de uma incapacidade da ACIC em gerar receitas suficientes para suportar os seus elevados custos. Infelizmente, a ACIC comportou-se ao longo dos últimos 15 anos como o Estado português: gastou acima do que podia e foi acumulando dívida para a geração futura pagar. Enquanto existiram fundos comunitários foi possível utilizar essas verbas, quando faltou esse encaixe financeiro constatou-se o que há muito tempo se sabia.
As dívidas existem e têm de ser pagas. Mais do que apontar responsabilidades, que toda a gente sabe de quem são (ou pelo menos quem começou, porque a partir daí também ninguém fez nada – excepto o seu blogue onde vi referência a um determinado processo no ministério público que foi encerrado), interessa apontar um caminho a seguir. Mas o tempo poderá estar a esgotar-se para a ACIC.
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NOTA DO EDITOR:
Muito obrigado por ter comentado este assunto. Aliás, comentado não, sobretudo, apontado caminhos. Estou completamente de acordo com o que escreve.
Não preciso de o dizer, não risco nada e, actualmente e desde há cerca de três anos que não sou associado. Porém, tal como o que pensa, creio, se preciso for, para ajudar, e dentro das minhas poucas possibilidades, contribuirei. Claro que, a meu ver, é imperioso que esta direcção se demita e permita criar uma gerência de salvação -sufragada pelos associados, este acto é fundamental- para a ACIC.
A ser feito assim, e no caso de uma nova direcção, é urgente uma auditoria às contas. Mas, atenção, não no sentido de "caça às bruxas" para queimar pessoas no pelourinho, mas no sentido de apurar responsabilidades e tendo sempre por objecto a salvação da associação. Volto a repetir, porque a tentação é grande, é preciso ter em conta o retirar a ACIC do charco em que se encontra e menos a vingança contra pessoas.
Volto a agradecer-lhe ter escrito o seu texto. Vamos a ver o que dizem os associados.
TEXTOS RELACIONADOS:
"Comércio: O alho e o reviralho"
"Baixa: Utilidade pública"
"Uma cara sem vergonha"
"O Abrolhos e os títulos..."
"Carta aberta ao presidente da ACIC"
"O presidente da ACIC na telefonia"
"ACIC: Tudo serve para usar..."
"ACIC: Funcionário ameaça suicídio"
"Comércio tradicional: uns esforçam-se..."
"Coimbra: Sair antes do tempo"
"Carta Aberta a um anónimo conhecido"
"ACIC: Uma eleição e um tiro no pé"
"Um comentário recebido..."
"ACIC: Hoje estou Zen..."
"Baixa: O julgamento sumário..."
"Editorial: Estrelas cintilantes..."
"Editorial: Os últimos fingidores"
"De quem tem medo a ACIC"
"Comércio: os últimos resistentes"
"O nervosismo dos comerciantes"
"Baixa: Uma história de insegurança"
"Editorial: A CIC faz sentido?"
"Editorial: O estado da Baixa"
"A ACIC e a aprovação..."
"Os comerciantes e a ACI(R)C(O)"
"Até onde vai a teia?"
"Editorial: Cartão vermelho para a ACIC"
"Pensar pequenino como "coimbrinha"
"Comércio: A indigência em marcha"
"A insustentável leveza de ser comerciante"
"Coimbra: Os homens do gelo"
"O que tornará a ACIC tão apetecível?
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