(IMAGEM DA WEB)
A esta hora o nosso menino vai a voar,
ansioso, embrulhado nos braços de um avião,
ansioso, embrulhado nos braços de um avião,
vai a correr, em apelo, para a América Latina,
respondendo aos estímulos de um coração;
Partiu, como Colombo, em busca de aventura,
quem sabe este amor não seja o timoneiro,
faça dele, aos seus olhos, herói de bravura,
lutador de esperança em terra de estrangeiro;
Deixou tudo para trás, em troca de um sonhar,
a oportunidade de um novo mundo conhecer,
levantou voo, saiu do ninho, nele a acreditar
que é possível ser feliz desde que seja a amar;
Não sei se sabe o quanto estamos a sofrer,
o seu pai, a sua mãe, cheios de preocupação,
embalámo-lo, vimo-lo nascer, vimo-lo crescer,
tantas vezes olhámos o seu futuro com apreensão;
Queremos para os filhos o melhor do mundo,
mas nem sempre o nosso melhor é o seu querer,
sabemos, aqueles que os amamentaram, bem no fundo,
tentamos apenas evitar que se magoem no viver;
Mas a vida é uma roda, nós também fizemos igual,
contrariámos os conselhos dos nossos progenitores,
acreditávamos saber tudo, que ninguém levasse a mal
Não os ouvíamos, acusámo-los de serem ditadores;
Há diferenças substanciais, tantas que são demais,
a mesma água não passa duas vezes no mesmo rio,
no entanto, às vezes, as semelhanças são tão brutais,
que parece que nada mudou, tudo tem o mesmo feitio;
Tanta agressão, conflitos escusados entre gerações,
desencontros de afectos, frieza, tanta discussão,
regras não cumpridas, catarse de emoções,
inflexibilidades, de lado a lado, que nada adiantarão;
É então na partida, na angústia, na hora da separação
tomamos fé de que como vivemos a vida é um horror
é vazia, criamos fantasmas, tudo não passa de ilusão,
felicidades, filho, podes sempre contar com o nosso amor.
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