(IMAGEM RETIRADA, COM A DEVIDA VÉNIA, DO PORTAL DE CARLOS CIDADE)
Nesta última quinta-feira realizou-se mais uma sessão da Assembleia Municipal. Cerca das 18h00, a bancada onde, para além do Presidente da Câmara municipal, Barbosa de Melo, está representado o executivo, apresentava a imagem que se mostra em cima.
Certamente, por ser dia da inauguração de “A Brasileira”, na Rua Ferreira Borges, a razão está explicada. Porém, a meu ver, esta e outras ausências podem ser sempre justificadas por mil motivos, mas jamais entendíveis para o cidadão. Não é admissível que um qualquer deputado coloque uma ou várias questões ao presidente e este, tendo a cadeira vazia, não esteja presente para responder. Ou por outra, compreende-se porque estamos perante um órgão completamente descaracterizado, sem dignidade e sem prestígio. Não escrevo agora por escrever, e muito menos ao serviço de alguém. Já fui várias vezes a este plenário e, para não dizer pior, é simplesmente deprimente o que um qualquer cidadão comum, que ouse ali defender os seus pontos de vista, sente. Está para ali a papaguear para ninguém ouvir. O que ali está à nossa frente, não é mais do que uma extensão da Assembleia da República. Uns falam ao telemóvel, outros conversam com o vizinho do lado, outros lêem o jornal. E o pobre munícipe, como ave de arribação, caída em campo sem alma e sem brio, sente-se nada, ou melhor, insignificante. Numa intervenção, lembro-me, tive mesmo de me calar, até ter o legítimo reparo que julgava merecer. Já para não descrever os caminhos de pedras pontiagudas que se tem de calcar para conseguir chegar até à intervenção pública. Não os vou repetir, porque já os descrevi com pormenores aqui. Se tiver pachorra, leia que vale a pena. E, já agora, leia este texto também.
Em nome da cidadania participativa –uma frase gasta até ao tutano e que tanto é usada pelos políticos da nossa praça, mas só proferida como bandeira panfletária, porque na prática, nenhum deles está interessado em ouvir o cidadão-, respeite-se esta e outras assembleias –porque esta desconsideração é extensível a muitas outras.
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"Repórter Estrábico: uma assembleia frustrada"
"Levem a Assembleia à bruxa"
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"Crónica da semana passada"
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