terça-feira, 6 de março de 2012

ACEITA UM ABRAÇO?



“POSSO DAR-LHE UM ABRAÇO?”


 No próximo dia 8, deste mês de Março, mais propriamente quinta-feira, a Equipa de Intervenção Social ERGUE-TE, tendo em conta a celebração do Dia da Mulher, a partir das 14h30, andará na Baixa a distribuir abraços.
Em grupo constituído por técnicos e voluntários, esta altruísta associação de bem-fazer e de inter-ajuda ao próximo e com sede no Largo das Olarias, identificadas por t-shirts brancas e com o logótipo, nesta tarde, dirigindo-se aos transeuntes interrogará: “já lhe deram um abraço, hoje? Posso dar-lhe um abraço?”

DAR UM ABRAÇO? MAS… O QUE É ISSO?

 Num tempo em que, por vários motivos, poucos riem, logo, se não têm, não podem dar. Numa época em que o dar os bons dias saiu de vez da nossa agenda colectiva, afinal, o que é isto de dar um abraço a um desconhecido na rua? Interroga o Questões Nacionais (QN).
Responde Maria Martinha (MM), responsável pela “ERGUE-TE”:

MM -Uma vez que neste 8 de Março celebramos o Dia da Mulher quisemos fazer algo diferente. Então pensámos num acto simbólico, que custa tão pouco a quem o dá, mas tem uma carga tão elevada de carinho e de apreço pelo próximo, como é, de facto, um abraço.
QN -Mas acha que todos vão aceitar, sabendo nós o quanto se fecharam corações nos tempos que correm?
MM -Tenho a certeza de que as mensagens que queremos transmitir serão aceites por toda a gente, independentemente da sua classe social, profissão, credo, ou ideologia política. Repare, trata-se de um gesto de paz. Sem o dizermos claramente, estamos a sensibilizar todos para a inclusão. É um acto de carinho e contra todos os tipos de violência, exploração e indiferença sofrida por muitas mulheres.
QN -Que eu saiba, pelo menos aqui em Coimbra, esta ideia é original. A Equipa ERGUE-TE pensa em organizar outras acções futuras, assim neste género?
MM -É assim, com franqueza, pensámos nesta acção muito em cima da comemoração do Dia da Mulher, mas, tenho de lhe confessar, é verdade que já pensei em outras futuras. Se esta correr bem…
QN –Como, por exemplo? Pode dar-me um pouco da sua luz?
MM –Gostava de fazer o mesmo com o sorriso. É um desafio interessante. Ver alguém imensamente preocupado e, por um momento, mesmo que fugaz, através da simpatia, fazer com que ria.

Muito obrigada, Martinha, e muitos parabéns pela iniciativa. Às vezes é preciso tão pouco para fazer alguém feliz. Olhe, vou maravilhado… “POSSO DAR-LHE UM ABRAÇO?”



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