A MINHA RUA SOLITÁRIA
Se eu fosse a minha vazia rua
estaria com uma depressão,
talvez me virasse para a Lua,
apertando o meu coração,
na dor que me conflitua,
como crente em oração,
mostrando a alma nua,
rogando a Deus perdão
pelo vazio que desvirtua,
pelo silêncio da solidão,
de humanos em míngua,
que negam calcar este chão,
sagrado para quem recua,
foram homens de muita acção,
onde a esperança foi capicua,
não retrocederam na adversão,
fizeram-se às pedras da rua
como marinheiros de arrastão,
acreditando que alma que sua
encontra sempre a salvação,
onde está a fé que tumultua
e nos problemas sem solução
aparece uma luz que flutua
na noite escura de aflição?
Que se passa com a minha rua?
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