Promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e sobre o mote “A agudização da guerra no Médio Oriente, realizou-se hoje, cerca das 21h30, no Café Santa Cruz um debate com Batista Alves e Ilda Figueiredo, respectivamente responsáveis pelo CPPC e ex-eurodeputada comunista no Parlamento Europeu.
Perante uma sala do vetusto café meia cheia, com cerca de 25 atentos assistentes, sem um único comunista notável local –sem desrespeito para os presentes-, e também sem qualquer membro da comunicação social da cidade, Ilda Figueiredo fez uma esclarecida exposição sobretudo sobre as guerras na Síria, no Líbano e no Iraque.
Fiquemos com um cheirinho, em notas esparsas, do que foi dito pela economista do Porto e membro activo do PCP:
-“O nosso povo está a ser sacrificado numa guerra. Tivemos em Portugal, só em duas semanas, mais de 6000 mortos. Porque é que só este ano o frio atacou assim? São as dificuldades de acesso aos cuidados de saúde.”
-“Temos mais de 2,5 milhões de pobres. Estamos a ser vítimas de uma guerra económica.”
-“Temos de estar a ser sujeitos à União Europeia, à Troika.”
-“O Banco Central Europeu emprestou aos bancos europeus milhões e milhões a uma taxa de 1% e sem condições. Aos outros países empresta a 4% e com condições.”
-“É evidente que se cortam nos apoios sociais, naturalmente que estão a destruir o país.”
-“Encerram e acabam com tudo em Portugal -referindo-se a outros parceiros europeus-, se tiverem em excesso e precisarem de enviar para aqui os excedentes deles. Foi a indústria pesada, foi a agricultura, foi as pescas. É uma guerra económica, grave, que está destruir a soberania do país.”
-“O novo tratado, que já está assinado, embora tenha de ser ratificado, vai dos 3 por cento do PIB para os zero, vírgula oito.
O povo não aguenta esta violência. Estamos a viver um tempo muito complicado. Não queremos a paz dos cemitérios, queremos uma paz para uma partilha justa para todos os trabalhadores.”
E A ASSISTÊNCIA? PORTOU-SE BEM?
Foi bastante interventiva a assistência no velho Café Santa Cruz. As perguntas à ex-eurodeputada giraram em torno da guerra no Médio Oriente e, sobretudo, no fomento pelo imperialismo americano.
Fica aqui um ou outro extracto que considerei de maior interesse:
-“Há 66 milhões de americanos a trabalhar na indústria de armamento.”
-“O Capitalismo vive de crise em crise até ao desastre final.”
CURIOSIDADES:
-“Tenho de terminar mais cedo. Vou apanhar um comboio para o Porto.” -Ilda Figueiredo
-“O único país que tem uma bomba nuclear, neste momento, é Israel.” -Ilda Figueiredo
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