terça-feira, 16 de junho de 2009

OBRIGADO FILHOS





Eu tenho dois filhos encantadores,
uma rapariga extrovertida,
são os dois grandes amores,
ele é muito mais introvertido;
Ela é simpática, aglutinadora,
ele é sincero, talentoso e pensador,
ela é um sol, é uma vencedora,
ele é a lua, inseguro, até no amor;
Ambos são importantes no meu universo,
uma, faz-me sonhar onde não cheguei,
outro, mostra-me o que fui, tão diverso,
são como o meu lado verso/frente/, eu sei;
São tão diferentes no olhar, na certeza,
uma olha, aceita, sorri, a caminhar,
outro questiona, quer entender a natureza,
decompõe, compõe, sempre a perscrutar;
Ele é um artista, um escritor em formação,
à procura do rumo, dum farol condutor,
ela, uma luz que emerge na noite escura,
ambos cumprem no mundo uma missão;
Ela não faz esforço nenhum para ser,
o destino, o karma, o acaso, a conclusão,
ele, luta em conflito, diário, quer saber,
o porquê, o sofrer, o motivo de tanta aflição;
Parece um exame divino à paternidade,
testando o nosso talento ambivalente,
para ver até onde vai a nossa capacidade,
aceitá-los, igualmente, como são, docemente.

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