quinta-feira, 18 de junho de 2009

UMA LUTA DE GLÓRIA POR UMA VIDA QUE SE FOI





Cerca das 15 horas, no Adro de Cima, ao fundo da Praça do Comércio, encostado à Igreja de São Bartolomeu, um senhor, de aproximadamente seis décadas, caminhava ao longo da calçada quando, certamente acometido de doença súbita, começou por encostar-se à montra do estabelecimento “Adro Luz”, e, a seguir, embora ainda amparado por um transeunte, veio a estatelar-se nas pedras do chão.
A mesma pessoa que o amparou, imediatamente, ligou para o 112. Segundo as suas palavras, “passados poucos minutos, estavam a tentar reanimar a vítima”. Durante mais de meia-hora, três homens, presumivelmente enfermeiros, e uma médica, num esforço sem igual, tentaram tudo para o fazer voltar à vida.
Quem presenciou este triste espectáculo pode ver “in loco” como se trabalha no Serviço de Emergência Médica para salvar uma vida. Foi um trabalho digno, de extraordinário empenho, que pelo esforço transpirado, nada fica a dever a outros congéneres europeus ou americanos. Foi utilizado o desfribilhador cardíaco várias vezes. O recurso a sondas gástricas, reanimadores endovenosos, massagens cardíacas manuais, oxigénio, tudo, mas mesmo tudo, foi feito para que esta vida não se perdesse.
Infelizmente, para esta vida que se finou, má sorte para os familiares que não conheço, o elevado e estóico esforço deste qualificado pessoal de saúde foi em vão.

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