quinta-feira, 18 de junho de 2009

E DEUS MALHOU-A TANTO, TANTO...


(FOTO DA WEB)



 Gosto desta mulher. Pudera!, pensa você. Mal –ou nem tanto, tudo depende da perpestiva- se assim não fosse. Sei que a Ana Malhoa tem tudo para um humilde chefe de família como eu gostar.
Para começar, tem um ar tímido, humilde, assim de menina colegial bem comportada. E, só por isso, qualquer homem gosta. Depois, vem aquela aparência de índia da amazónia, o que lhe confere um aspecto exótico, e faz despertar os sonhos de aventura de um pouco viajado suburbano como eu.
Continuando a analisar a obra-prima que Deus "botou" no mundo, usando e abusando de discriminação, sem se preocupar com as outras mulheres –por exemplo a minha Maria-, quase a parecer que recebeu uma cunha de alguém, e aqui, nesta escultura, empregou toda a sua omnipotência. Mas isto está certo? Claro que não! E ainda quer que eu acredite Nele? É o acreditas! Ainda digo mais: Ele deveria ser obrigado a ter livro de reclamações. Ele não é um prestador de serviços? Claro que é. E porque está desonerado dessa obrigação? Aqui há coisa... ai, há de certeza!
Mas continuando a olhar esta mulher, a Ana Malhoa, vejo a foto com pouca roupa. Deve ser uma menina muito poupadinha –coisa rara em qualquer senhora que adora comprar uns trapinhos novos. Só por isso, é o sonho de qualquer homem prezado. A seguir olho para aquelas tatuagens todas nos membros superiores e faz-me ver que deve ser muito patriota. Vem-me logo à memória a guerra nas ex-colónias e o costume de tatuar os braços com frases do género: “Angola, rainha de Portugal”. Esta mulher deve ser senhora de grandes convicções. Ai, isso deve!
Olho aqueles dedos longos de artista e penso logo como ela deve tocar piano e flauta. Não é o sonho de qualquer homem que a sua mulher goste de música? Claro que é!
Como sociológo/psicólogo -como quem diz- continuo a olhar o corpo da minha diva Malhoa. Tomando atenção àquele bigodinho bem aparadinho –diga-se a propósito- que embeleza o triângulo sem bermudas, a fazer lembrar o bigodinho do meu avô Crispim, assim mesmo, por baixo das narinas e daqueles incomodativos pêlos que saíam do cheira-tudo, tenho a certeza que deve ser uma rapariga muito bem prendada e cuidada.
Depois -ai, meu Deus, que emoção!- quando vejo esta rapariga sem cuecas, coitadinha, de certeza que ela -como eu, lembrando-me da minha avó Angélica- também teve uma avozinha que também não as usava por dificuldades de dinheiro para as adquirir. Isto é de uma sensibilidade a toda a prova. Só uma mulher especial faria um sacrifício destes em memória de um ente querido. Ai!, que até quase esquecia, aquela rosa tatuada junto à entrada da “criação do mundo”, tão bonita! –olhe a foto, outra vez. Eu sei que você, tal como eu, está tão enternecido, quase a derreter-se como chocolate ao sol, com esta rapariga, e que só a mirou uma vez. Vá lá. Outra vez. Faça lá esse sacrifício! Pela avozinha que você teve e que também não usava cuecas.
Para terminar vem a pose junto à janela. Como se esta abertura fosse a entrada para o mundo. Como se esta formosa mulher dissesse “vem amor, vem comigo. Juntos vamos conquistar o planeta!”. Que homem não gostaria de ter uma mulher assim? Ai você não? Ah… está bem! Já percebi! Tem medo de ser “enfeitado”. Homem, você conhece o aforismo “mulher boa e melancia nenhum homem sozinho a consegue comer”? De repente, assim a frio, agora vejo porque é Deus concentrou nesta mulher todo seu imenso poder. Você não está a ver? Pense, homem, pense… (e deixe de olhar para a fotografia, fogo! Já chega! Porra!)…

2 comentários:

Unknown disse...

Essa capacidade de escrever sobre política, desporto, economia, história(s), família e anas malhoas duma forma tão simples e interessante é realmente impressionante...

Como leitor diário das suas divagações sobre esta república das bananas dou-lhe, mais uma vez, os meus parabéns!

Pedro

LUIS FERNANDES disse...

Obrigado, Pedro. É muito generoso. Obrigado mesmo.
Um grande abraço.
Luis