Há quanto tempo é que você, calmamente, não passa na Estação-Nova? Venha comigo, vamos fazer uma visita guiada a este espectacular exemplo de arquitectura do Estado Novo. Estou a escrever de cor. Provavelmente teria sido construído muito antes. Talvez no virar do século XIX para XX. Tem uma imanente influência neoclássica. Este tipo de construção foi regular no princípio do século XX. Temos os exemplos do Hotel Astória e do Banco de Portugal.
Mas, deixemo-nos de intrigas arquitectónicas –que, aliás, eu não percebo nada- e vamos então visitar a Estação-Nova. Suba as escadas. Devagar…não há pressa. Isso faz você todos os dias, quando, em magote, sai e entra a correr do comboio.
Entremos então no hall de entrada. Está admirado? Ai alma de Deus, a passar aqui todos os dias! Olhe ali em frente, por cima da porta de acesso à gare. Pois é, é isso mesmo, é o brasão da cidade. Agora repare nos tectos. Feche essa boca! Você está espantado. Pois é, é o eterno problema das pressas, e nem nos apercebemos das coisas belas que estão à nossa frente.
Não precisa de me agradecer. Agradeça antes à CP pela forma como conserva esta beleza arquitectónica. Normalmente dizemos sempre mal. Aqui, é o contrário. Está tudo muito bem cuidado. Esperemos que esta (nossa) estação nunca deixe de o ser. A bem da Baixa e de uma Coimbra que todos temos na memória…
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