terça-feira, 23 de junho de 2009

NAQUELE SOL DISTANTE

(FOTO DE LEONARDO BRAGA PINHEIRO)



Hoje passei na tua rua,
olhei a tua florida janela,
esperava uma imagem tua,
mas de ti só a sombra nela;
Lembrei-me da minha promessa,
de um dia te ver, te encontrar,
não sei por que prometi, homessa!,
talvez te quisesse enganar;
Seria? Talvez não. No fundo eu queria,
mas não devo, amarrado ao que prometi,
no fundo, bem no fundo, eu sabia,
que se te visse, talvez me prendesse a ti;
Eu não quero. Ou quero? Nem eu sei,
neste conflito, entre querer e não querer,
apenas penso, inseguro, tanta coisa que não dei,
dividido entre o que fui, o que sou neste meu ser;
Sou tão complicado, nem me consigo entender,
umas vezes sou um rei, outras um sofredor,
Ora conquisto a lua, ora me apetece morrer,
ando por aqui, perdido, como vagabundo de amor.

Sem comentários: