Segundo uma testemunha, que pediu para não ser identificada, vou apenas citar as suas iniciais VF, por volta das 10 horas de hoje, sábado, na Avenida Fernão de Magalhães, em frente à 2ª Repartição de Finanças, gerou-se uma confusão pelo facto de estarem duas máquinas avariadas de emissão de talões de estacionamento. Segundo VF, a minha fonte, “era um alvoroço, um desassossego. As pessoas que tinham estacionado os seus veículos, tinham inserido moedas em duas máquinas e estas não emitiram os respectivos recibos, reclamavam a três agentes femininas da Polícia Municipal (PM)”. Continua VF, “algumas pessoas, dirigindo-se às agentes diziam: “eu não tenho talão porque a máquina não dá, a culpa não é minha!”. “Outro automobilista interrogou uma das agentes: “então mas hoje sendo sábado, paga-se? Li no jornal que era gratuito!”
“Responde uma das três agentes da PM: não temos nada com aquilo que a comunicação social põe nos jornais, porque ainda não recebemos ordens superiores”, este depoimento foi recolhido da testemunha VF que se encontrava no local. Afirmou também este depoente que viu uma das agentes a "tirar" as matrículas dos carros e a escrever num bloco.
A verdade é que não consegui confirmar esta história. Fui ao local, e falando com alguns comerciantes, estes retorquiram não saber nada do que se passou. Ao pedir a mesma informação, uma funcionária da Pastelaria Camões afirmou: “de facto andou aqui hoje a PM mas a informar os donos dos veículos que hoje, sábado, não se pagava estacionamento”.
Cerca das 11H30, em frente ao Tribunal de Menores, junto à loja de artigos chineses, dois técnicos dos SMTUC, reparavam a máquina com algumas peças no chão. Interroguei-os se sabiam se a PM tinha andado ali hoje a multar veículos. Responderam não saber. Apenas tinham sido chamados para fazer a reparação do espécime controlador de tempo de estacionamento. Ao interrogá-los se sabiam que ao sábado não se pagava, responderam não saber. “O sistema electrónico está preparado para cobrar aos sábados. Nada foi alterado. E para ser, não é fácil. Era preciso mudar os “eprons”, as memórias, de todas as máquinas”, enfatizaram os dois funcionários da assistência técnica.
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