quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

BOM ANO NOVO, GENTE DE ESPERANÇA....



BOM ANO NOVO? COMO?

 Ora cá está o Novo Ano. Espero que gostem dele, sinceramente. Aviso já que, contrariamente a todos os bens novos, não tem garantia bi-anual, nem sequer de um ano. Não podem reclamar. É comer e calar! Juro-vos pela minha mãezinha -que Deus tenha em boa guarda e me dizia tanta vez: “ai Toino, Toino, és um tolo, rapaz!”- que se não ficarem contentes não tenho nenhuma responsabilidade neste produto enganador. Bem sei que estamos perante uma enormíssima iniquidade. Então não sei? Claro que sei! Admite-se termos de gramar uma coisa contra a nossa vontade, neste caso um ano, se não gostarmos dela? É um escândalo, diria eu completamente fora de mim e já a deitar fumo pelas narinas e ouvidos. Já basta uma pessoa estar agarrada a um "anus" que só dá porcaria e, como se fosse pouco, temos de aguentar outro? Fosca-se para a nossa sorte! Olhando para a sua cara, acredito que está descontente. Pudera! Deixe lá, não está só. Cá o “Je” também! E depois, quer saber minha alma gémea sofredora, ainda vem a maioria, assim numa espécie de disco riscado e em presente repetido, desejar "bom Ano Novo"? Bom ano, como? Se todos sabem que é um raio de um conjunto de doze meses que não interessa nem ao Menino Jesus? Isto é a endémica hipocrisia nacional a funcionar! É ou não é? Pois é!
Mas já agora, ficando a dançar na esperança de ser, e se não for? Como é que é? Sim, como é que é? Vamos pedir responsabilidades a quem? Ao Totta? Claro que não. Já nem existe! Tem outro apelido qualquer, que já nem lembro. Mudam tudo nesta terra. Quer dizer, mudam só o nome, porque fica tudo na mesma. É assim uma espécie de mexer a massa com os mesmos ingredientes. O que é muda no sabor? Ora, está de ver: nada! É como esta agora de passarem o nome ao Instituto Meteorológico para Instituto de qualquer coisa que tem a ver com a atmosfera e o mar. Isto interessa para alguma coisa? Sei lá, é assim o mesmo que mudarem o nome à Ponte Salazar para 25 de Abril. Ganhou-se alguma coisa com isto? Nada, a não ser gastar dinheiro em água-benta para o baptismo, papelada e nada mais. Até aposto que lá no Inferno –é para aqui que vão os ditadores, não é?- o homem até ficou aliviado com a retirada do seu nome.
Não pense que me desviei do essencial deste Novo Ano, que pode até ser para todos horrível, intencionalmente e passei para o acessório. Nada disso. Quero deixar aqui gravado nestas pedras virtuais que estou profundamente descontente. Bem sei que ninguém me liga, mas também não me importa nada. Já estou habituado!

2 comentários:

Conversas... disse...

Mesmo assim..., desejo-lhe um bom ano 2013, com boa escrita, boas ideias e bons alertas!

LUIS FERNANDES disse...

Muito obrigado, companheiro de luta. Cá vamos caminhando nesta vereda sinuosa, que é o comércio.
Um grande abraço.
Luís.