sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

COIMBRA NO THE NEW YORK TIMES



Esta reportagem tem um ano. É de Janeiro de 2012. Muita água correu de baixo da ponte de Santa Clara. Muita coisa se passou, muita coisa mudou. Atentem que nesta crónica fala do restaurante "A Democrática", um dos mais importantes símbolos e pilares gastronómicos da Baixa e da cidade Por força da futura (será que será?) Avenida Central e para um metro fantasma, encerrou durante este último ano. Alguém se importou? Alguém lhe encomendou a alma? Alguém lhe colocou flores junto à porta agora cerrada? Para quem cá vive, foi apenas mais um guerreiro morto em combate igual a outro qualquer. Porém, casas como esta e outras que por aqui , na sua morte, vou falando não terão continuação. Jamais serão substituídas. Resultado desta apatia, deste extermínio? É a cidade ficar cada vez mais vazia de referências. Neste esvaziamento contínuo da nossa identidade empreendedora, é o sentimos que cada vez mais estamos transformados em fantasmas, espíritos errantes, perdulários e destruidores do esforço hercúleo dos nossos antepassados. Sem história viva, estamos transformados em almas penadas neste cemitério de mortos-vivos. 
É criminoso o que está acontecer? Não tenho a mínima dúvida.
Talvez valha a pena pensar nisto.

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