É Sábado, dia 19 de Janeiro do ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. São 18h00. Depois de há cerca de um mês ter escrito n'O Despertar que a zona convergente pelas Ruas Eduardo Coelho, Padeiras e Almoxarife deve ter uma avaria no relógio controlador e os candeeiros acendem com uma hora de atraso, tudo continua como dantes.
Esta semana, a Dona Julieta, uma simpática velhinha da Rua Eduardo Coelho, pensando que eu riscava alguma coisinha, amparou-se no meu ombro e retorquiu: "ó senhor Luís precisava que me ajudasse. Quando saio para o médico às 6h45 da manhã tenho muito medo. Está muito escuro. Pode fazer alguma coisa?"
Lá lhe prometi que ligava para a EDP -e liguei em apelo urgente- e contei à senhora que já tinha escrito muito sobre este assunto. Até enfatizei que, se calhar, faltam entidades que se ocupem da Baixa. Sei lá, dizia eu, provavelmente, o haver uma junta de freguesia adstrita à área; um Gabinete para o Centro Histórico; uma Sociedade de Reabilitação Urbana; um Departamento de Habitação; uma Câmara Municipal; uma Universidade que se ocupa da candidatura a Património Mundial da Unesco; umas tertúlias interessadas do Lions sobre a vivência da Baixa; uma Agência de Promoção; uma Associação empresarial, certamente, serão insuficientes . São poucas, não são, Dona Julieta? Vamos mas é virar-nos para Deus! Vou rezar, minha senhora. Talvez para a semana. Sabe-se lá? Tudo é possível nesta zona abandonada!
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