No Sábado o temporal que se
abateu sobre a cidade deixou marcas de destruição por onde passou. Uma rajada
de vento escaqueirou o órgão do Luís Cortês, um reconhecido músico de rua que
costuma estar a tocar junto à Loja do Cidadão e faz parte da recente denominada
“Orquestra de Músicos de Rua de Coimbra”.
O Luís, para quem não souber, é
invisual e só tem um braço. O que quer dizer que se, por um lado, a música
constitui o seu único meio de angariar fundos para pagar a renda da sua casa,
no Largo do Poço, por outro, o órgão é o instrumento que lhe permite mostrar o
seu dom –é “cantautor”, autor de muitas músicas que canta- e prestar um serviço
diário de animação.
Acontece que o Luís não tem
dinheiro para poder adquirir um outro órgão, cujo preço, pelo mais barato,
ronda os 200 euros. Assim sendo, por que não se antevê outra possibilidade,
amanhã, se o tempo o permitir, durante uma hora, entre as 13h30 e as 14h30, a “Orquestra
de Músicos de Rua de Coimbra” estará a actuar na Rua Ferreira Borges, ao cimo
das Escadas de São Tiago, com o intuito de angariar dinheiro para que o Luís
possa continuar a trabalhar e a alegrar a zona do Largo das Olarias.
Aproveito para deixar três
pedidos: o primeiro, se você é músico e quer juntar-se a nós para dar andamento
a esta ideia teríamos muito gosto em contar consigo. Não se sinta inibido; o
segundo, quem sabe você não tenha arrumado lá no sótão um teclado que foi do
seu filho e agora está para lá abandonado. Será que não o quer oferecer ao
Cortês? Ou, sei lá, leve-o amanhã e, no local, negociamo-lo?; e o terceiro, se
puder, passe lá e deixe uma moeda.
Acredite que é para uma boa causa. Bem sei que é triste ter de recorrer a este
meio, mas não há mesmo outra hipótese. Compareça amanhã. PODE AJUDAR O LUÍS
CORTÊS?
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