Anónimo deixou um novo comentário
na sua mensagem "HOJE O DIA MUNDIAL DO ORGASMO":
A diferença entre o orgasmo e tudo isso que disseste é o facto de que o Orgasmo é um dos pontos mais altos do que se pode atingir numa relação. Digam o que disserem, é ou não mais fácil que uma relação seja quase perfeita se existirem orgasmos, se existir prazer? Para além do mais, esta foi uma reivindicação das mulheres, porque o seu prazer, o facto de atingirem o orgasmo foi durante muito tempo oprimido. E lembro-te que em várias culturas continua a sê-lo e continuamos a assistir a testemunhas de mulheres que foram mutiladas, só porque não devem ter um órgão que só sirva para sentir prazer. Mais triste que isso, há aquelas que nem chegam a poder testemunhar porque não sobrevivem. Há lugares neste mundo onde as mulheres são apêndices dos homens, onde não podem mostrar o seu corpo, o seu rosto. Este dia só por si não é suficiente, mas, se juntarmos todas estas coisas, talvez se mudem umas quantas. Agora do pedinte? Do cravanço? Lol.
NOTA DO EDITOR
Calma, amiga que já foste! (Estou
de braços no ar, rendido completamente à tua argumentação). Eu só quis fazer um
pouco de humor, mais nada! Como tu, nos últimos tempos, parece-me, andas um
bocado desprovida dele, toca de me bater –é certo que foi ao de leve e, tenho
de te confessar, até gostei. Será que estou a ficar masoquista?
Apesar de estar aqui com um ombro
todo negro por causa da tua pancada, concordo inteiramente contigo. Aliás, vou
até mais longe, não é só em “outras” culturas que o orgasmo continua a ser
tabu. É também aqui na nossa. E não é só o orgasmo, é tudo o que diga respeito
a sexo. Nesta sociedade moderna e aberta pode falar-se de tudo, de economia,
futebol, política e religião, mas quando chega ao sexo, alto e pára o baile!, “isso
não, que é da minha intimidade!”
Vivemos em uma sociedade de
aparências, onde tudo “aparude”. Parece que somos doutorados em sociologia
geral. Para além disso, somos todos muito abertos e aceitamos todas as
correntes de opinião… menos discutir sexo. “Isso não! Que é da minha
intimidade!”. Um século de escuridão é muito tempo –não são apenas 48 anos conforme
se diz- e, inevitavelmente, gera cromossomas na genética. Mais grave do que
isto é não se discutirem os afectos. Tudo começa e acaba aqui. É certo também
que praticamente o estudo deles, enquanto ramo da psicanálise, tem menos de cem
anos e, portanto, ainda está numa fase embrionária. Mas não deixa de ser
paradoxal, hoje, neste tempo de emoções de viajantes intercontinentais sem sair
do mesmo lugar, qualquer um de nós, sabendo tudo o que se passa em todo o
globo, intuindo facilmente o pensamento do outro, pasme-se: não nos conhecemos
ou pouco sabemos de nós próprios.
Muito obrigado por teres comentado.
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