segunda-feira, 20 de agosto de 2012

OS VENDILHÕES DO TEMPLO... QUE, AFINAL, SOMOS TODOS...



 Assim, às primeiras impressões, até parece um ditador da América Latina de passagem pela cidade… pois, mas não é! É certo que pelas suas constantes promessas, a prometer uma vida melhor, até parece um político… mas não é! Mas se um vendedor de lotaria tem sempre que fazer uso, e abuso, de uma certa expectativa projectada na fé e na esperança que habita dentro de cada um de nós, e até aceitamos tacitamente que estaremos perante um acto de publicidade enganosa, é, não é? Mas se é assim, no caso do jogo de sorte e azar,  por que raio continuamos a exigir que os políticos sejam pragmáticos e nos anunciem apenas o que podem cumprir? Mas como? Se os prognósticos apenas são possíveis depois de andar à roda? Por outro lado, tendo em conta que a tômbola da realidade é constituída por uma infinitésima série de combinações matemáticas locais e mundiais, como queremos nós que eles, antecipadamente, nos prenunciem os números da sorte grande? Não será o mesmo que exigir que toda a publicidade passe a ser verdadeira? E, já agora, para complicar onde está a verdade neste mundo de sombras em que vivemos? E se de repente passássemos todos a poder dizer apenas a verdade? Já se imaginou tal aberração? Seria assim o mesmo que termos as moedas só com uma face única dos dois lados. Há quem diga que a verdade é apenas e só a continuação da mentira, embora aceite comummente… como verdade.
Continuando a escrever no vazio, isto é, sem qualquer interesse, ainda mais esta: algum de nós, no dia-a-dia, constitui o paradigma da verdade imaculada? Excepto você, que me lê agora, todos os restantes, incluindo eu, nas questões do rigor, individualmente, somos um resultado possível numa adição em que as premissas são falseadas pela vontade do colectivo -sem esquecer o medo. Bem sei que você desmente completamente o que estou a "escrevinhar", afirmando que nunca é influenciado pelo meio em que está inserido e jamais foi tomado pelo receio. Pode ser… pode ser…
... Mas, esperem lá… eu estava a escrever sobre o Eduardo Martins, não era?


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