(Foto de Paulo Abrantes)
O Lobo é um simpático, humilde e
introspecto artista plástico que, com muito calor humano de todos nós,
calcorreia estes becos e ruelas da Baixa e nos faz companhia diariamente. Há
pouco tempo deu-lhe para decorar com pinturas suas umas janelas de um prédio
abandonado no início das Escadas de Quebra-Costas e junto ao Arco de Almedina.
A verdade é que, segundo se consta lá na zona, parece que o local se transformou
em “ex libris” para turista ver e recordar através de fotografia.
Até há pouco tempo era costume
encontrar o Lobo a pintar e expor nas Ruas Ferreira Borges e Visconde da Luz.
Segundo conta, há poucos dias, cerca das 21h00, ficou espantado e indignado com
a actuação de dois agentes da PSP. “Eu estava a pintar e tinha alguns trabalhos
expostos na parede. Vieram dois polícias e interpelaram-me dizendo que eu não
podia estar ali. Interroguei se estava a incomodar alguém –até porque se fosse
mais cedo, até poderia entender, sei lá, que fossem os comerciantes que não
gostassem de me ver ali. Um deles disse para eu sair dali depressa e antes
que me pedisse a identificação. Bolas!, senti-me humilhado, entende senhor
Luís? Você conhece-me. Sabe muito bem que sou educado e não atrapalho a vida de
ninguém. Enxotaram-me como se eu fosse um cão, ou um qualquer criminoso,
entende? Ora, você sabe, eu sou um artista modesto mas com obra feita. Tenho
vários livros de poesia publicados. Já fiz várias exposições de pintura. Sabe o
que é? Acho que estes profissionais de segurança medem todos por igual e sem
levar em conta o desempenho e o valor cultural de cada um. Como tenho este aspecto simples… só pode ter
sido por isso, senhor Luís. Não vou voltar mais a expor na rua!”
Há cerca de um mês o Lobo expôs
na galeria “Arte à parte”, na Rua Fernandes Tomás, e vendeu tudo, como tão bem conta
aqui o Paulo Abrantes, no seu blogue “Denúncia Coimbrã”.
PODE VER AQUI A PÁGINA DO LOBO NO FACEBOOK
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