Na edição desta semana do Campeão das Províncias escrevo uma crónica sobre o escândalo das
comissões praticadas por alguns guias turísticos para levarem os grupos de excursionistas
a comprarem em lojas de artesanato, entre os Largos da Portagem e da Sé Velha e
passando pelas Escadas de Quebra-Costas. Alegadamente, a comissão praticada é
de 20 por cento sobre as vendas e pago em dinheiro vivo e por debaixo da mesa. Por
que os ofendidos na concorrência desleal continuem a calar e as entidades
competentes, talvez com o argumento de que o vício ofende apenas a ética e se
trata de um contrato entre particulares, fechem os olhos, a situação arrasta-se
há vários anos numa vergonha inqualificável.
Promovida pela ADDAC, Associação de Defesa e
Desenvolvimento da Alta de Coimbra, e por três comerciantes, neste último
Sábado, realizou-se uma feira de artesanato urbano para tentar reanimar a zona do Arco de Almedina.
Segundo declarações de um dos promotores, um dos lojistas implantados, para
além de, no dia, se opor à fixação de uma banca à sua porta argumentou que não
quer a feira e que ia fazer tudo para que certames futuros não se efectuem. Este
é o modelo de alguns comerciantes que estão entre nós. Se pudessem até
retiravam o ar que respiramos só para eles. Falar-lhes que o Sol quando nasce é
para todos é pura perda de tempo. É triste, não é?
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