No próximo dia 2 de Março, pelas
15h00, estaremos na Praça da República para acompanhar a manifestação “Que se
lixe a Troika. O povo é quem mais ordena.”. Enquanto representação de classe profissional,
marcaremos presença e engrossaremos as fileiras de descontentamento popular em
Coimbra.
Ao longo da nossa existência de
mais de meio-século, porque provimos de origens humildes e o trabalho foi a
nossa escada para alcançar um legítimo bem-estar, nunca fomos muito de andar em
arruadas e manifestações. Chegados até aqui, ao ano de 2013, cansados de tanto
lutar, jamais imaginámos que iríamos mudar o nosso procedimento depois de
velhos e já no epílogo da nossa vida. Infelizmente, pelas políticas continuadas
de insensibilidade social onde o cidadão é cada vez mais um número de
contribuinte e menos pessoa de regalias, onde o seu passado de criador de
riqueza não conta, vemo-nos obrigados a isso mesmo, a ir para a rua gritar bem
alto contra este Estado de confisco, e a mudar o nosso comportamento anterior.
Tal como em 15 de Setembro, partilhamos este acto de cidadania com a convicção
de que estamos a fazer o que devemos; pelos nossos filhos, pelos nossos netos;
pelo Joaquim, pelo Simão, pelo Luís, pelo Henrique, pelo João, todos
comerciantes tradicionais e que estamos a viver um momento conturbado da nossa
história de trabalhadores que começaram a cortar trigo e joio desde crianças e
ainda de cueiros.
No Sábado, dia 2 de Março, iremos
à manifestação pelo Fernando, pelo Armando, pelo “Manel”, pelo Jorge, que
enquanto proprietários de pequenos cafés nestes becos e ruelas, pelo aumento
desmesurado do IVA e em completo sufoco financeiro, estão na iminência de
cerrar portas nesta Baixa de Coimbra e engrossar a coluna do desemprego… sem
subsídio. Se pensar do mesmo modo que nós, abaixo assinados, compareça e
junte-se ao grupo. Somos poucos? Somos, de facto. Mas temos a convicção de que
fazemos o que devemos. O espelho onde nos mirarmos amanhã, temos a certeza, não
nos repugnará. Preferimos a luta à rendição pura e simples de braços caídos.
Sem querer dar conselhos a
ninguém, temos de fazer alguma coisa. Chegou a hora de agir. Não podemos
deixar-nos atropelar e sermos trucidados por este comboio onde viajam os eleitos
prosélitos de uma classe que está a afundar este país quase milenar.
Luís Fernandes Quintans
(Comerciante)
Sérgio Assunção Ferreira
(Hoteleiro)
Armindo Gaspar (Comerciante)
José Reis (Hoteleiro)
Arménio Pratas (Comerciante)
Francisco Veiga (Comerciante)
Eduardo Carvalho (Comerciante)
1 comentário:
E eu terei todo o prazer em vos acompanhar novamente como em 15 de Setembro de 2012.
Jorge Neves
Vogal Independente na Assembleia de Freguesia de São Bartolomeu
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