(Imagem de Leonardo Braga Pinheiro)
"Bom dia, senhor Luís. Como você
sabe encerrei a loja. Não dava. Estive lá cerca de quatro anos. Você
lembra-se?! Até escreveu no blogue a abertura da loja! Comecei a pagar 1500
euros. Depois, arrendei outra por metade, ali, você conhece. Peguei no recibo
da renda deste novo estabelecimento, fui mostrá-lo ao proprietário e disse-lhe:
olhe para esta renda que estou a pagar numa rua melhor do que a do seu prédio.
É metade, já viu? Respondeu o senhorio: “olhe lá, o senhor está a ofender-me,
percebe? Acha que vou baixar para metade? Nem pense!”
Passados uns meses, ameacei
entregar-lhe a loja, e depois de muita discussão, baixou a renda para 1000
euros. Agora entreguei-lha. Nem que ela me reduzisse para 500 euros a queria.
Esta gente, que se trata de ex-comerciantes, sabe muito bem como estão as
coisas, mas mesmo assim querem esmifrar-nos
até ao tutano. Diga-me, não deveriam ter outra responsabilidade social perante
os mais fracos? Perante a cidade? Pode crer, hão-de querer arrendá-las por meia
dúzia de patacos e ninguém lhes dá nada por elas!”
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