(Foto retirada da página da APBC)
Hoje, durante metade da manhã e
parte da tarde, a denominada “Orquestra de Músicos de Rua de Coimbra” actuou na
Baixa. Inserido no “dia dos namorados”, e num convite da Agência para a
Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), que muito nos honrou, penso que o Centro
Histórico não perdeu por ter estes músicos a tocar em várias ruas. Enquanto
mentor deste projecto, estou muito grato à direcção da APBC por se ter lembrado
de nós. Um agradecimento aos elementos que compõem esta banda, à Celeste, ao
Emanuel, à Fátima, ao Luís, ao Paolo, ao Xavier e ao Lourenço. Cá ao rapaz,
como devem calcular, são desnecessárias as vénias.
Igualmente, como em vezes
anteriores em que nos mostrámos nesta zona, foi um prazer muito grande. Pude
verificar o quanto importante foi para estes músicos que tocam na rua poderem
estar juntos. Sentem-se mais fortes, mais apoiados, e, em boa verdade, posso
confirmar que os resultados estão a aparecer. Pelo que se apresenta, ainda que
estejamos muito longe da perfeição, já não sentimos vergonha de mostrar o fruto
do esforço de todos. O que tocamos é tudo original, o que quer dizer que é mais
difícil no sentido de que se começa do zero, mas, penso, estamos a caminhar
para o futuro. Bem-haja a todos quantos nos têm apoiado, e aqui incluo
naturalmente Emília Martins, presidente da direcção da Orquestra Clássica do
Centro.
Como curiosidade, e apenas para
registo, como estivemos a oferecer uns pequenos corações a casais de namorados
que passavam, infelizmente, pude constatar que na Baixa passeiam poucos casais
de apaixonados. Não é a primeira vez que escrevo sobre o facto de o transeunte desta zona velha ser maioritariamente envelhecido. Deixo esta
chamada de atenção para que se tome nota desta disfunção social. Dá a parecer
que sendo o edificado muito antigo e até decrépito, só os mais velhos por cá
permanecem, talvez porque presos a memórias. Ou, se calhar, esta área já não é
muito atraente para os jovens. É uma questão que é preciso analisar. Como moço
de cego, sempre a repetir a mesma lengalenga, continuo a apelar para que, quem
manda nesta cidade, debata este problema com quem cá está e outros que vêm de
fora. Que, de uma vez por todas, se tome em mãos a recuperação da Baixa antes
que desapareça e não seja possível, mesmo juntando os cacos, recuperar seja o
que for.
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