quinta-feira, 10 de setembro de 2009
O MANTO DIÁFANO
São 19 horas,
a cidade está a fechar,
já não se vêem pessoas,
nem um grito a invadir,
é agora de ninguém,
só almas a querem sentir;
A noite cai lentamente,
sobre as pedras da calçada,
não há gemidos de gente
só um cão vai de abalada,
um bêbado cai insolente,
ninguém se apercebe de nada;
No largo da boa esperança,
o silêncio é ruidoso,
um par de anjos balança,
entre um tango mentiroso
e um passo de boa dança,
tudo é silencioso;
Só o lixo mostra o viver,
de alguém que por cá passou,
talvez não se chegue a saber,
quem foi que por aqui andou,
sabe-se que tinha de ter
um coração e amou;
Mas a cidade está a penar,
como espírito a padecer,
talvez esteja a pagar,
neste manto anoitecer,
nos pecados, a lembrar,
de quem andou a entreter.
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2 comentários:
Belo poema Amigo!
Obrigado, amigo, pela genorosidade.
Um abraço e volte sempre.
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